13°

110 14 37
                                    

Matteo narrando.

Sinto um frio imenso pelo meu corpo e abro os olhos. Olho pra baixo e vejo que estou descoberto, puxo a coberta e me cubro. Olho para o lado e vejo um cabelo ruivo de costas, dormindo e junto a mim. Aí, droga. Pego meu celular do lado e vejo que ainda são 02:00 da madrugada.

Coloco meu celular de volta novamente e me sento com cuidado, na cama. Desde quando, eu durmo com mulher? Lembro de ficar bêbado na casa da Hannah e depois parar aqui, na janela da cabelo de fogo.

Passo a mão no rosto, sem acreditar no que eu fiz.

_O que foi?- ouço sua voz rouca e me viro pra ela, que está com os olhos ainda fechados.

_Nada.- respondo.

_Volta a dormir.- ela pede. Não posso, isso está errado, não durmo com garotas, só levo elas pra cama pra transar._Matteo.-ela senta coçando os olhos e os abre.

_Preciso ir, pra casa.- falo me levantando.

_Não.- ela pede._Por quê você quer ir? Ainda tá de madrugada, não é?- ela se levanta e vem até mim.

_Não posso, cabelo de fogo.- me sentei novamente, para calçar minhas botas.

_Mas por quê não? Você quem veio pra cá, e pediu pra mim ficar aqui com você.- ela me olha indignada.

_Já falei, porra. Não posso, que caralho.- me altero e vejo ela se reprimir, assustada.

Quando eu termino de calçar minhas botas, pego minha camisa lado da cama. Enquanto isso, a cabelo de fogo vem até mim.

_Fica.- ela pede baixinho olhando pra cima, temos uma grande diferença na altura.

_Não posso.- cochicho debochado e ela revira os olhos. Faço menção de que vou vestir minha camisa, mas ela segura em meu braço, e o toque dela faz com que meu nervoso me consuma.

_Por favor, fica.- ela chega mais perto e põe a cabeça sobre meu peito.

_Eu não sou assim, cabelo de fogo.- levanto seu olhar pra mim._Não faço essas coisas.

_Por quê não? Só estou pedindo pra você voltar a dormir comigo.

_Isso mesmo, eu não sou costumado a fazer essas coisa. Eu transo com as mulheres, mas não durmo com elas.- falo normalmente e ela levanta uma das sobrancelhas._Depois que eu conheci você, tô fazendo coisas que nunca fiz antes.-  confesso.

_Digo o mesmo.- ela abre um sorriso._Mas por favor, volta pra cama.- ela me encara e eu não consigo dizer não. Por quê? Por quê eu não estou conseguindo rejeitar ela? Que porra tá acontecendo? Esse não sou eu.

_Tá.- murmuro e ela sorri.

Tiro as botas de novo e me deito ao seu lado, mas desta vez, ficamos um de frente para o outro, se encarando por longos minutos.

_Como é seu sobrenome?- ela pergunta, sendo bem aleatória e eu rio.

_Com tanta coisa, pra você me perguntar. Você me pergunta isso?- falo ainda rindo.

_Ué, tô sem idéia. Sobre o que eu deveria perguntar?- ela ajeita o travesseiro debaixo de sua cabeça.

_Qual é o tamanho do meu pau, quantas vezes eu consigo transar numa noite, sei lá, coisas interessantes.- falo dando de ombros e ela cora.

_Nunca, que eu ia perguntar, sobre isso.- ela diz envergonhada.

_Você tá vermelha igual a um tomate.- brinco com ela e ela ri._Mas meu sobrenome é Jones, Matteo Jones.

OPOSTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora