Cinq.

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Quarta-feira, arc en ciel - 14:22

Ellen estava na recepção do estúdio, ela preenchia algumas listas de presença e verificava os orçamentos para o recital que se aproximava.

- Hm, Ellen! - Jake, um dos meninos que os ajudavam no studio a chamou. - Você não vai gostar muito disso. - virou a tela do computador.

- O que? - se aproximou com a cadeira e começou a ler o e-mail.

De: Robert Ryder
Para: Arc en Ciel

Boa tarde,
Ellen, lhe informo que teremos de cancelar o evento marcado no teatro. Recebemos a visita dos bombeiros para uma inspeção, teremos de fazer algumas reformas e modificações para ficarem dentro dos conformes. O orçamento para isso é alto e creio que não ficará pronto até a data em questão.
Atenciosamente,

Robert Ryder.

- Que filho de uma puta! - exclamou Ellen. - E agora? Faltam 20 dias pro recital, que outro local vai estar disponível? Como se não bastasse a nossa decoradora de sempre furar com a gente. - bufou. - QUE ÓDIO!

- Ellen, calma! - Jake pediu meio assustado. - Vai dar tudo certo, você vai dar um jeito, sempre dá.

- Esse é o problema Jake, eu sempre dou um jeito! - bufou jogando os cabelos para trás.

Ellen ficou com essa questão durante todo o dia em sua cabeça, agradeceu por ser quarta feira e não ter aula alguma depois das 16hs, pelo menos poderia ir cedo para casa e pensar melhor no que faria para resolver o problema.

Apartamento da Ellen - 6:32 p.m

Ellen estava sentada no sofá com o notebook apoiado em seu colo e as pernas em cima da mesinha de centro (off: desculpa mas SEMPRE que eu escrevo mesinha de centro eu lembro do paulo gustavo e quase morro rindo). Desde que chegou ligara para todos os colegas que conhecia tentando encontrar um teatro disponível para o recital. Ela nunca, em 5 anos que os produzia, nunca teve de desmarcar, trocar de local e nem mudar o dia do mesmo. Todo segundo sábado do mês de Julho ela apresentava o recital aos pais.

- Oi. - Lorenzo disse ao entrar no apartamento e trancar a porta como sempre fazia.

- Oi. - Ellen respondeu distraída com o celular no ouvido.

- No telefone? - questionou abrindo a geladeira.

- Não. - suspirou e desistiu da procura. - Acredita que o filho da puta do Robert desmarcou meu recital? - o assistiu senta no sofá com uma garrafa de cerveja na mão.

- Ele deve ter tido seus motivos. - deu de ombros bebendo o liquido engarrafado.

- Ser filho da puta. - bufou - Ele sabia que haviam coisas para fazer naquele teatro, os bombeiros já haviam ido lá há dois meses atrás e ele não fez absolutamente nada em relação a isso.

- E? - Lorenzo questionou a olhando.

-E que ele já deveria ter tomado as providencias Lorenzo! - exclamou brava fechando o notebook e caminhando até a geladeira.

- Ellen, é só um recital.

- Como é que é? - perguntou incrédula o olhando. = Não é só um recital, você sabe disso! Todos os anos, no segundo sábado de Julho eu produzo esse recital, já tradição! E eu não vou abrir mão disso.

- Bom Ellen, de algo você vai ter que abrir mão, do evento ou da data, você não pode ter os dois. - afirmou olhando a tv. - Você já conseguiu o que eu te pedi?

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