🔸️🔶️Capítulo 5 - Constrangimentos🔶️🔸️

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Eu costumava me segurar
Agora estou me soltando
Eu faço minhas próprias escolhas

Confident - Demi Lovato

Aguardo pacientemente a porta se abrir, tentando imaginar os rumos que essa conversa pode tomar

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Aguardo pacientemente a porta se abrir, tentando imaginar os rumos que essa conversa pode tomar.
Mais uma vez, é o momento de desabafar com Beatrice, mas sinceramente não tenho ideia do que esperar depois da reação de ontem. Não sei se ela vai me apoiar nisso, entretanto, agora, mais que nunca, sei o que quero.

— Luna... — Beatrice exclama ao abrir a porta; não parece que acreditava que eu realmente viria — Entra — pede, abrindo espaço para que eu adentre o pequeno apartamento.

Não digo nada antes de entrar.
Embora sua recepção seja calorosa, sinto o nervosismo emanando de Beatrice; apenas me pergunto se de arrependimento pelo que foi dito ontem ou apreensão antes de expor seu posicionamento contrário.

— Sente-se, por favor. Vou trazer um café. Sem açúcar, como você gosta.  — Beatrice diz e sai apressada da sala, me deixando sozinha.

Corro os olhos pelo apartamento, simples mas muito bem cuidado, me perguntando mais uma vez que rumo essa conversa vai tomar, embora eu saiba que ambos serão extremos. Há duas opções mais óbvias: ela vai se desculpar, ouvir meu lado e me apoiar, ou ela vai manter seu ceticismo e não irá acreditar no lado do Mário, e por conseguinte se posicionar contra minha decisão. Nem preciso pensar para decidir qual rumo prefiro que a conversa tome...

— Aqui está. — Beatrice aparece novamente, com um café em uma mão e algo que parece cappuccino na outra, o que também sei ser a bebida favorita dela.

Ela se senta na outra ponta do sofá, nem perto e nem longe demais de mim.
Beberico meu café, esperando que ela tome a palavra. No entanto, quase um minuto se passa sem que ela diga nada, o que me leva a crer que terei que ser eu a quebrar o silêncio.
Escolho ser tão direta quando ela foi comigo ontem. Coloco a xícara sobre a mesinha de centro e me viro para Beatrice, as mãos sobre os joelhos.

— Não precisa tentar me agradar antes de dizer o que quer, Beatrice.

De imeadiato, ela parece desconcertada. Um pequeno ruído sai de sua garganta quando ela desvia o olhar. Beatrice demora alguns segundos para se decidir antes de finalmente falar.
Ela respira fundo e olha para mim com sinceridade.

— Quero te perdir desculpas por ontem. Eu sequer me lembro muito bem de tudo o que disse... Eu estava descontrolada. — Ela faz uma pausa e beberica o cappuccino, escolhendo as próximas palavras; se inclina um pouco para a frente, a postura levemente mais casual — Me senti péssima hoje. Mas você não me conta mais nada, Luna. Sequer marcamos a noite das mulheres, que já havia se tornado uma tradição nossa e da Isabela. Ela não quis me dizer nada... Quando eu olhei pela janela e vi que você estava chegando com ele... Eu surtei. Da última vez que você havia visto ele tinha sido horrível para você... Eu fiquei confusa, e com raiva porque você não estava atendendo nem à mim, mas estava com ele... Eu lembro de toda a dor que ele fez você passar, Luna...

Lágrimas De Vidro - LIVRO 2 - Duologia Em Busca Da FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora