Luna jurou vingança e, apesar dos olhos bondosos, ela é implacável quando está diante de seus cacos.
Após uma descoberta que mudou tudo em que acreditava, essa mulher lutará para fazer com que os responsáveis pelo desastre de sua vida paguem pelos a...
Nós dois éramos jovens quando te vi pela primeira vez Eu fecho meus olhos e o flashback começa Eu estou ali de pé Em uma varanda no ar de verão
Love Story - Taylor Swift
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É impossível não notar a ironia dos acontecimentos. Há alguns meses atrás eu estava nessa mesma sala de jantar, sentada nessa mesma cadeira, mas de frente para o homem que havia conhecido a apenas 2 dias. O homem para quem eu posteriormente abriria as feridas da minha alma, as quais ele iria rasgar ainda mais, sem arrependimento. Agora, estou sentada de frente para o homem que já jantou nessa casa mais vezes do que seria possível contar, mas em um tempo tão emocionalmente distante que poderia ter sido em outra vida.
— Ainda melhor do que eu me lembrava. — Mário murmura quando leva uma colher com risoto à boca.
Nana sorri, mas parece tão desconcertada e sem reação quanto quando o encontrou na sala.
— Muito obrigada... — ela murmura, muito baixo, antes de se retirar da sala de jantar e voltar para a cozinha mais uma vez.
O silêncio volta a reinar, quebrado apenas pelos garfos indiscretos tilintando nos pratos. Isabela está concentrada em sua refeição, mas sua cabeça parece trabalhar com certa urgência em algo. Se bem a conheço, está procurando alguma forma de quebrar o silêncio constrangedor. Já Mário... Por mais que ele tente fingir estar tranquilo, os traços de nervosismo transparecem com facilidade. Mário nunca soube fingir. Mas, antes que meus pensamentos tomem rumos desnecessários e inconvenientes, ele finalmente toma a decisão de falar algo.
— Isabela... — Ele chama a atenção dela, que ergue a cabeça rapidamente, como se estivesse esperando por isso à uma eternidade — Você havia dito que terminou seu curso... Ainda não te dei os parabéns.
Isabela sorri, parecendo feliz por finalmente poder dizer algo; a aura de animação dela nunca permitiu que ela apreciasse o silêncio.
— Ah... Terminei sim. Foi um curso bem simples, na verdade. Tivemos alguns problemas com as aulas durante ele, então decidimos adiantar a formatura para antes das férias de inverno. — Ela comenta, parecendo orgulhosa.
— Lembro bem de quando eu me formei. É uma das melhores sensações do mundo. — Mário abre um sorriso.
Sorrio também, porque o assunto é perfeito até para que eu mesma perca parte do nervosismo.
— A melhor parte é a festa de formatura — comento, e Mário ri.
Ergo o olhar para ele, que ainda me encara, agora exibindo o clássico sorriso de lado. Imediatamente, volto o olhar para o prato. Se eu ao menos pudesse respirar normalmente...
— Sou obrigado a concordar com a sua irmã. — Ele murmura, e ainda posso sentir o sorriso dele.
— A nossa festa de formatura vai ser no dia 30. Já estamos planejando tudo — Isabela diz — Você pode ir. Se quiser, é claro. — acrescenta rapidamente, por educação, assim como o meu convite de jantar para o Mário.
