Luna jurou vingança e, apesar dos olhos bondosos, ela é implacável quando está diante de seus cacos.
Após uma descoberta que mudou tudo em que acreditava, essa mulher lutará para fazer com que os responsáveis pelo desastre de sua vida paguem pelos a...
Então me diga se você quer Porque eu tenho esse sentimento Eu quero ouvir você dizer isso Porque eu não posso acreditar
Breaking Me - Topic (feat. A7S)
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— A Tailândia parece ser extraordinária — Beatrice diz, apontando para um pontinho no mapa com a mão que é coberta pela tatuagem em tribal.
Isabela torce os lábios, indecisa.
— Não sei... — murmura — Há tantos lugares extraordinários.
Com um suspiro ela volta a se recostar na cadeira espaçosa, enquanto eu e Beatrice seguimos com a cabeça apoiada nas mãos, inclinadas para frente ao observar o grande mapa-múndi. O aniversário de Isabela é no dia 27, e de súbito ela decidiu se presentar com uma viagem, fazendo um combo com o presente de formatura que pretendia dar a si mesma.
— Maldivas são incríveis — é a minha vez de dizer. Quando olho para Isabela, sua testa está franzida.
— Muito caro... — Ela murmura, agora se voltando para suas unhas, cutucando as cutículas fingindo distração.
Balanço a cabeça, porque desde que Isabela disse, nessa noite mesmo, que iria viajar no mês que vem com o dinheiro que tem guardado, trocando o filme da Noite Das Mulheres por uma viagem pelo mapa para escolher um destino, eu já sabia o que iria fazer.
— Você sabe que, no final, eu irei pagar para você, não é? — pergunto, tentando fazer minha voz parecer tão distraída quanto o rosto de Isabela, mas a reação dela é imediata.
Isabela arregala seus olhos, se inclinando para frente com a surpresa.
— O quê? Luna... Não... — ela murmura palavras desconexas, mas ergo a mão para que ela se cale.
— Eu não te dei presente de formatura — argumento, mas ela balança a cabeça.
— Não é necessário, Luna. Eu tenho minhas economias... — ela começa a dizer, mais uma vez, mas novamente eu a corto.
— Pois guarde-as para outro momento, ou presenteie-se com roupas — faço um gesto displicente com a mão — Escolha o lugar que quiser. Não se preocupe com o dinheiro.
— Luna... — Ela resmunga, dessa vez sem nem tentar completar a frase.
— Não é todo dia que minha única irmã se forma, e será a única vez que fará 22 anos. — a despreocupação em minha voz some quase por completo quando o tom fraternal toca minhas palavras. Isabela suspira uma última vez.
— Luna... — lanço para ela meu olhar de advertência; ela fecha a boca no mesmo instante, sabendo que é uma luta perdida — Você é incrível... — murmura por fim, um sorriso finalmente em sua boca.
