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BIANCA POV

— Fala, minha parceira! — PH diz assim que atendo sua ligação — Vem cá, tu já tá indo 'pra casa do Thurzin?

— Fala, patrão — cumprimento — To sim, aniversáriozin insano.

— Mas vai ser agora já ou...? — ele pergunta.

— Não, não — me apresso em dizer — Vou enrolar o Thur enquanto os homens vão lá montar o presente.

— O brabo? — ele pergunta e eu dou risada confirmando enquanto tranco a porta da casa.

— O brabo dos brabos — falo e entro no carro.

Aproveito para mostrar aos meus pais o contato de Ph, deixando eles cientes de que eu estou falando com o chefe e não quero ser demitida.

— Ia ser muito daora 'tá aí, mano — ele fala animado, mas aparentemente estava lamentando.

— Eu vou gravar, aí quando sair no canal da Loud você faz o reactzin insano de sempre — sugiro.

— Só mais uma coisa, vocês vem amanhã né? — ele pergunta.

— Vamos sim, mas não comenta com ele, o coitado acha que vai ser só depois de amanhã — peço.

— Tadinho, por isso que ele diz que qualquer dia morre do coração com seus surtos — Ph diz com voz de pena.

— E ele diz isso é? — Pergunto arqueando a sobrancelha, fingindo estar estressada.

— Ih meu parceiro, arrumei confusão pro Thurzin — Bruno brinca — Vai lá então, boa viagem.

— Valeu, patrão, vou lembrar dessa história de morte do coração — agradeço, piscando um dos olhos como se ele pudesse ver.

— DR em dia de aniversário não pode não ein? — ele pergunta rindo e eu dou uma risadinha sem graça apenas para ele não ficar no vácuo — Tchau — ele se despede por fim, sem me dar ao menos a chance de responder antes de desligar.

Não julgo, faria o mesmo.

Aproveito o silêncio do carro para tirar um cochilo e recuperar minhas energias, porque quando eu chegar na casa do Thur vou dormir de novo e preciso estar bem disposta para isso.

Enfim, a rotina.

Encosto minha cabeça na janela e coloco uma música, mandando minha localização para o meu namorado antes de bloquear o aparelho e fechar meus olhos para conseguir criar minhas histórias pré-sono com mais facilidade.

[...]

— Acorda pelo amor de Deus, mulher! Será que morreu? — Consigo escutar Thur como uma voz de fundo.

— Aham — murmuro confirmando.

Confirmando o que? Eu não sei, mas apenas confirmei em uma tentativa de voltar a dormir.

— "Aham" o que, sua louca? — ele pergunta — Esquece, vem logo, eu te levo direto pra cama, só sai do carro porque aqui já tá quente — ele implora e só aí entendo o que estava acontecendo.

— To acordada — falo abrindo os olhos com dificuldade por causa da luz — Eu acho — completo a frase.

Só tínhamos eu e o Thur no carro, meus pais provavelmente tinham desistido de me acordar e deixaram essa função com o coitado.

— PARABÉNS — Grito me jogando em cima dele para um abraço.

— Obrigada, chatinha — ele agradece enquanto corresponde o meu abraço.

— Sem paciência pra texto, mas imagina que eu fiz quase uma Bíblia pra tu, tá bom? — pergunto soltando o menino e abrindo a porta do carro para descer.

— Tá bom, tá bom — ele diz, saindo do veículo também.

— Vamos fazer o que agora? — pergunto.

— Sonin muito? — ele responde com uma pergunta.

— Meu filho, hoje é seu fucking aniversário — falo indignada — Você quer passar o seu aniversário dormindo? — pergunto dando ênfase no 'dormindo' enquanto faço minha maior cara de indignação.

— Mãe me fez ir dormir tarde arrumando mala, sua miserinha — ele diz me empurrando enquanto ri — E eu tenho certeza que você veio pensando em dormir também.

— Vim mesmo — falo dando de ombros e segurando sua mão para entrarmos em casa.

— Oi oi — falo cumprimentando meus sogros que estavam no sofá conversando com os meus pais.

— Indo pro quarto — Arthur fala, me puxando.

— Pouco apressado você — falo, entrando no quarto do menino — Ainda não desmontou o setup, Thur?

— Tem live amanhã ainda, minha filha  — ele diz.

— Ah, verdade, então.. — começo a falar dando um sorrisinho fraco e o menino faz cara de tacho.

— 'Naquedito' — ele fala com os olhos arregalados — Você não foi convencer a minha mãe a viajar antes não, né?

— Então.. — falo rindo e o menino sorri de canto, cruzando os braços.

— Eu sabia que você ia aprontar alguma coisa, tinha aceitado fácil demais o fato da gente não poder ir hoje — ele diz balançando a cabeça em negação.

— Quem amou? — pergunto.

— A gente vai quando agora? — ele pergunta.

— Amanhã depois do almoço — respondo.

— Perder mais um dia de aula?

— Só mais unzinho — falo piscando o olho — Vou lá em mãe pegar meu fone, espera um pouco.

Antes mesmo do menino concordar saio do quarto, indo para a sala buscar o objeto.

— Achou? — minha mãe pergunta enquanto eu mexo na sua bolsa.

— Sim sim — falo estendendo para ela ver — Quando o homem que vai montar o presente do PH chegar, me manda mensagem avisando — peço para meu sogro, que apenas concorda.

— Qualquer coisa se ele escutar o barulho diz que deve ser o João que chegou — minha sogra aconselha e dessa vez sou eu quem apenas concorda.

— To voltando — falo, caminhando de novo até o quarto do meu menino.

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volto só domingo com capituloS nas duas fics pq vou pra minha outra casa q não tem internet:)

o thur falando "festa em Ipanema, meu amor" acabou comigo de todas as formas possíveis e imagináveis

vcs já pensaram em fazer intercâmbio? se sim, pra onde?

| socorro sim tava indo em agências e tudo, mas a pandemia atrapalhou as minhas graças de pesquisar preços —

A nova contratada| Loud Thurzin Onde histórias criam vida. Descubra agora