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POV BIANCA
— Tu enrola demais, sabia? — pergunto para meu namorado, que penteava o cabelo pela décima oitava vez.
Mais uma vez viemos para a mansão, só que dessa vez com um propósito especial.
Ano novo.
Ou uma tentativa disso, se Arthur conseguir terminar de se arrumar antes de bater meia noite.
— O pai tem que ficar bonito, tá achando que eu nasci perfeito igual você? — ele pergunta e eu dou risada, revirando os olhos.
— Você é muito bobo — falo — Tu fica lindo de qualquer jeito, meu amor.
— Pode entrar? — Bak pergunta após dar três batidas na porta.
— PODE — Thur grita em resposta.
— E aí, vocês vão comemorar o ano novo ou a Páscoa? — ele pergunta — Falta só vocês.
— Pergunta para ele — respondo.
— A pressa é inimiga da perfeição — Thur se defende — To pronto, vamos?
— Ainda pergunta — Bak ironiza, saindo do quarto.
Pego a mão de Thur e o puxo até o andar de baixo.
— Tá São Paulo todinho aqui, certeza — brinco.
Tínhamos reunido os pais e os irmãos dos pro player's e influencers apenas. Mas isso era o suficiente para termos que fechar uma pousada e fazer caber todo mundo.
Ainda bem que esse povo é tudo rico.
— O Uber chegou? — pergunto para minha mãe, que conversava com a mãe de alguém que no momento eu não reconhecia.
— Acho que não — ela responde.
— Vendo, nem atrasado eu tava, sua apressada — Thur fala no meu ouvido, me puxando para um abraço.
— Não vou te falar nada — respondo rindo e me soltando do garoto.
Cumprimento quem estava na sala e eu ainda não conhecia, parando só quando o meu Uber chega.
Arthur veio para São Paulo de carro com os pais e já tinha ido para a festa na frente junto com os outros. Sobrando na mansão só quem não tinha carro próprio.
A gente realmente devia ter saído mais cedo.
O trânsito estava um completo caos e se eu tivesse ido a pé provavelmente teria demorado menos.
E, para melhorar, quando cheguei no hotel meu nome não estava na lista.
Maldita hora que eu fui zoar o Coringa falando que isso aconteceria com ele.
Felizmente PH também tinha se atrasado e liberou minha entrada, porque quando entrei e vi meu namorado discutindo com o Lzinn sem se quer lembrar da minha existência, percebi que se dependesse dele minha virada de ano ia ser junto com os seguranças.
— Bak, não é justo ele tá com a edição da loud e eu tô com o normal — Thur reclama, apontando para a bebida na mão de Lzinn
— É só uma lata de fusion, criança — Bak responde sem dar muita importância.
— PH — Thur apela para o patrão.
— Na cozinha deve ter mais, Thurzin, vou pedir pra te entregarem — Bruno fala, achando graça.
— Dar energético para a criança conseguir ficar acordada até meia noite — Lzinn perturba e nós rimos.
— Aqui tem comida? — pergunto baixinho para Voltan, que aponta para uma enorme mesa.
Nossa, eu devo ser cega.
— Já pode comer? — pergunto de novo, só que dessa vez para todos da roda ouvirem.
— Sei não, mas eu já tô com fome — Mob diz.
— Vamos colocar comida e qualquer coisa a gente diz que foram a Bibi e o Thur — Coringa sugere animado.
— Falta pouco para meia noite, eu vou para a mesa dos meus pais, isso sim — Mii fala.
— Eita verdade, tem minha família — Gs fala saindo do local e indo em direção a sua mesa.
Encaro os meus amigos e seguro a mão do Thur, já sabendo que iríamos todos nós sentar também.
— Ficar esperando dar a hora é muito chato, por isso tô sempre atrasado — Arthur fala emburrado e eu dou risada, sentando na cadeira ao lado dos meus pais.
Minha família e a do Thur estão em uma mesa só porque "nós somos uma família", palavras de Arthur.
Me distraio mexendo no celular por uns minutos, o largando apenas quando começa a passar o vídeo de retrospectiva que PH tinha comentado a uns dias atrás.
— Meu Deus eu vou chorar, tô até vendo — falo, me levantando da mesa e caminhando para o espaço mais aberto junto da minha família.
Vejo uma Voltan com a maquiagem toda borrada chegando abraçada com Babi e rio fraco quando vejo as duas soluçando de tanto chorar.
— DEZ — PH grita, iniciando a contagem regressiva.
Aperto a mão de Thur, contando enquanto o olho.
— Eu te amo até depois do caixão, garota que não sabe o nome das comidas — ele sussurra e eu rio fraco, revirando os olhos.
— Eu te amo até depois do caixão, garoto que não tem noção culinária — respondo, o abraçando assim que a contagem acaba.
Beijo o menino, morrendo de vergonha por saber que nossos pais e nossos amigos estavam ali, mas me contento em fingir que eles estão ocupados demais para perceber.
Nem acredito que dessa vez não passei o ano novo vendo os outros casais se beijarem.
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A nova contratada| Loud Thurzin
FanfictionOnde Thurzin se apaixona pela nova integrante, a primeira menina da idade dele contratada pela Loud. início: 15 de junho de 2020