capítulo 42

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Dois dias. Dois dias sem notícias da minha filha ou do irresponsável do Tomás. Ele não atendia minhas ligações de jeito nenhum, ignorou todas minhas mensagens.
Não tive outra alternativa a não ser ir até a casa de Leila buscar a Cat e tentar convencer meu marido a perdoar o meu erro. Mesmo que eu não sentisse que estava errada, meus sentimentos são incontroláveis! Quero Michelle e aceitei isso, mas podia conviver com a culpa de engana-lo, espero poder consertar a burrada que fiz ao contar tão de repente e então recomeçar do zero ou torcer para termos pelo menos um divórcio amigável.

Uma certeza eu tenho: É possível viver sem Tomás, mas não sem Catarina. Ele não tem direito de tentar tirá-la de mim desse jeito. Não tem!

Estacionei o carro na entrada do Elite way, era estranho voltar ali depois de tanto tempo sem sentir um aperto no peito. Tudo começou aqui e ao que parece tudo terminará aqui também.
Caminhei com as pernas bambas até o escritório da minha possível ex sogra.
Bati na porta, com mãos meio trêmulas.
- Carlinha, minha querida! A que devo a honra dessa visita? Trouxe a minha netinha pra eu ver? Estou morrendo de saudade dela e do meu filho também, por onde tem andado? - Puxou-me para um abraço.

Fiquei totalmente sem fala, se ele não estava aqui onde estaria? Pensei em voltar para casa e ligar para a polícia e colocá-los atrás deles agora, eu temia pelo pior, que ele tivesse fugido com ela ou tivesse ocorrido algum acidente no caminho para cá e por isso não estão aqui, não quero preocupar Leila atoa, porém, preciso de ajuda e foi o filho dele quem desapareceu, ou seja, precisa saber de um jeito ou de outro.
- Hum não! Na verdade, eu esperava que Tomás estivesse aqui! Nós meio que discutimos e ele saiu de casa dizendo que vinha até aqui, já há uns dois dias. Não sei mais o que fazer....
- Não se preocupe, meu bem! Eu dou um jeito nisso! Só vá para casa e tente descansar. Você está com uma carinha péssima. Seja o que for, sei que vão se resolver. Aquele menino teimoso te ama muito.

Um nó se formou na minha garganta e eu estava prestes a cair no choro. Apenas assenti, dei um último abraço nela e me levantei.

Já dentro do carro, enviei mensagens privadas para o twitter de Michelle, ela me colocou naquela confusão e é madrinha de Cat, obrigação duplicada de me socorrer e encontrar minha pequeninha. Enviei também algumas mensagens para Tomás, com um fiapo de esperança que respondesse e eu tivesse uma pista de onde está.

Sabendo que não conseguiria ficar sozinha em casa sem ter uma crise de nervos, ansiedade etc, liguei para minha irmã e entre soluços contei tudo.

Todo restante do dia passa como um borrão em minha mente,a última coisa que eu me lembro é de mim mesma enrolada da cabeça aos pés com uma das mantas fofinhas que Becky coleciona, Isabella fazendo carinho nos meus cabelos enquanto eu tentava ser forte para não assustá-la. E de ter recebido uma mensagem de Malu.

Estava tudo bem com Catarina.
Tomás ainda não quer me ver
Temos que continuar organizando o aniversário da bebê.
O efeito do remédio que tomei foi se intensificando e eu adormeci.

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