- Mãe? - chamo e ela me olha com preocupação.
- Tudo bem querida... - ela diz e uma mulher pousa ao lado dela.
- Não se preocupe... - ela diz e me olha com um olhar carinhoso. - Sua mãe ficará bem, apenas preciso te levar para um lugar que vai amar... - nego. Olho para mamãe. Ela tem as asas na colocação café e os olhos também, seus cabelos batem perto do joelho de tão longos e ela parece sair de um livro de fantasia. A mulher que conversa comigo tem as asas brancas. Me afasto dela e abraço mamãe.
- Não quero ir... - ela me coloca no colo e aponta para a rasura dentro da floresta escura.
- Precisa ir... O tempo aqui pode acabar te matando meu amor... E a garota que vai reinar já é nascida... Lá do outro lado estará a salvo de Faruk. - ela diz e faço cara de choro. Ela sorri. - Tudo ficará bem. - ela diz e caminha comigo nos braços. Atravessamos e saímos em uma floresta com árvores bem menores. Mamãe me entrega para a mulher de cabelos brancos. - Vou suprimir os poderes dela, cumpra com sua parte... Arranje uma família para ela. - mamãe pede e a mulher sorri amplamente.
- Recentemente uma família sofreu um acidente, perderam a filha de cinco anos, não se preocupe, ela ficará segura. Realocarei ela nessa família. - mamãe sorri.
- Obrigada por alojar as crianças prodígios aqui... - a mulher de cabelos brancos assente.
- Obrigada por proteger todos ao redor Kaliope. - a mulher de cabelos brancos diz.
- Mamãe... - tento sair do colo da mulher e mamãe segura meu rosto.
- Calma querida... Infelizmente não tenho uma guardiã para proteger, mas preciso proteger você até que seus poderes sejam necessários... - ela diz e olha para a mulher de cabelos brancos. - Cuide bem das crianças, se surgir outras crianças prodígios, mandarei elas para cá. - a mulher sorri.
- Ok... - ela diz e mamãe some. Começo a chorar.
As cenas se confundem e me vejo em uma casa grande com várias crianças. Elas riem sem parar e brincam comigo. A mulher de cabelos brancos ainda está lá.
Me vejo em um hospital e vejo mamãe vestida de enfermeira. Ela sussurra algo e seca as lágrimas, em seguida, apoia a mão aberta sobre meus olhos e tudo se confunde.
Me vejo bebê, vejo uma mulher e um homem estranhos.
Minha cabeça dói.
Eles são meus pais?
Tento tirar as mãos da mulher dos meus olhos e vejo um carro capotando. Som de vidros quebrando e grito.
A mulher tira a mão do meu rosto e encaro a estranha enfermeira. Ela chora e e não entendo.
- Tudo bem tia? - ela sorri.
- Caiu um cisco no meu olho Joyce... - ela diz e franze o cenho. - Esse nome te cai bem querida... - ela diz e seca as lágrimas. - Quer ver seus pais? - Franzo o cenho.
- Onde estou? - ela sorri.
- No hospital. Sua família sofreu um acidente.
Me sento abruptamente na cama e ofego. Levo a mão a testa e seco o suor. "De novo..."
Olho ao redor do meu quarto e me coloco de pé. Meu quarto.
Bem... Ele é uma mistura louca de preto e mais preto.
Minha família achou que era uma fase na minha vida, mas hoje, com vinte e cinco anos, ainda não sai do padrão goticazinha. Me julgue! Alguns dizem que estou velha demais para usar calças leggins pretas, botas de plataforma e corpetes, mas sabe... Não acho a opinião alheia muito importante.
Bem... Não ligo tanto para o que me dizem.
Saio do quarto e sigo para o banheiro no apartamento. Suspiro. Me olho no espelho e dou olá para as olheiras que me seguem desde que me entendo por gente.
- Bom dia reflexo. - digo e olho para a pasta de dentes em seguida, começo a escovar meus dentes e analiso meu cabelo completamente bagunçado. Moro sozinha e trabalho em um Pub todos os dias, toco guitarra desde qie me lembro e terminei o curso de música a um tempo, então meu estilo colabora para meu trabalho. Meus pais costumam me visitar duas vezes ao ano, época que pegam férias, então não me preocupo tanto com meu visual. Gostaria de viver na época vitoriana e andar com aqueles vestidos maravilhosos e chapéus elegantes que marcavam tanto a época, aliás, alguns filmes vampirescos foram baseados na época vitoriana. Acho um luxo.
Termino minha higiene bucal e começo a pentear meus cabelos. Eles crescem muito depressa, realmente depressa.
Cerca de dez centímetros por semana, então acabo cortando eles semanalmente. Não me pergunte o porquê, minha mãe deixava meus cabelos batendo perto dos joelhos quando eu era criança e ela diz que eles pareciam ter vida própria e eu não deveria cortar, pois eram lindos. Cresci e agora deixo eles curtos na maioria do tempo.
Desculpe mãe!
Meu pai ama que eu deixe ele curto e a facilidade para cuidar me deixa mais tranquila.
Minha mãe diz que depois do acidente, meu cabelo começou a crescer rápido, então sempre assimilamos a alguma alteração bizarra que eu tenha sofrido nessa época.
Saio do banheiro e tiro a roupa de dormir, visto uma camiseta com o nome de minha banda favorita. Nightwish. Coloco uma leggin confortavel e tênis. "Hora de caminhar." Saio do apartamento.
Enfim, eu costumo assimilar meu pesadelo costumeiro de todas as manhãs ao acidente, creio que deve ser um tipo de trastorno de estrés postraumático, devo ter quase morrido no acidente, já que sempre vejo anjos em meu sonho maluco.
É o que eu prefiro pensar.
Vai parecer loucura, mas teve uma época que tentei assimilar eles aos alados que Gabriella se envolveu. "É de rir certo..."
Enfim... Creio que sou uma adulta que sonha alto demais, mas algo tenho certeza, o acidente que tivemos na época, me marcou grandemente e por isso, até hoje, tenho sonhos estranhos, essa diferença bizarra envolvendo meu cabelo e alguns parafusos a menos, mas quem não tem?
Somos todos animais birutas soltos dentro dessa jaula chamada planeta Terra.
Começo a correr e ligo "Walking in the air" da tarja, no MP3. Corro na calçada e tento fazer a respiração do modo correto.
Corro durante um tempo e alcanço a praça perto de casa. Ofego. Cansaço me domina e desejo que ele continue vagando por todo meu corpo e roubando o tempo que tenho para pensar.
Tento não focar muito em minha condição suada e começo a sentir um aperto no coração, como se algo estivesse acontecendo nesse exato momento. A angústia cresce e não sei porque me sinto tão apavorada de repente. "Não tenho ataques de pânico!" pelo menos acho que não, mas a angústia crescente me faz duvidar de minha própria saúde. Levo a mão ao peito e olho ao redor na praça, me sento em um dos bancos e abaixo a cabeça, encarando meu colo.
"Tudo bem..."
Afirmo a mim mesma. Fecho os olhos.
Vejo a pedra espelhada na floresta de Norfolk e alguém atravessa. A ruiva. Ada?
Abro os olhos e encaro meu colo.
- Estou delirando... - murmuro.
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RAIDEN - Saga "Pearl" - Livro VII
FantasyJoyce acha que morreu, quando vai parar em Pearl, por literalmente um tropeço. A vantagem disso tudo é finalmente estar perto do alado dos sonhos dela. Mas será que Raiden é realmente esse lorde? ________________________________________ "- Eu farei...