RAIDEN - Saga "Pearl" - Livro VII

16

Termino de comer e Raiden puxa o cobertor sobre mim, tiro a toalha e entrego a ele. Ele morde o lábio e pega ela se afastando. Ele parece estar se matando para manter a compostura e me pego olhando suas imensas asas quando ele vira as costas, desejo tocar e saber como que são as penas ao toque, mas simplesmente fecho os olhos e deixo meus pensamentos guardados.

Adormeço.

- Sai! - acordo com um grito estrondoso e me sento na cama, meu coração bate forte, o quarto está vazio e saio dela enrolando o cobertor ao meu redor. Caminho para a porta do quarto e vejo um ser de asas e rosto horripilante. Raiden aponta a porta.

- Raiden. - a voz feminina soa e presumo que seja uma mulher. - Se acalme, só quero saber o que tem aqui ok? Flora disse que estaria em casa cuidando de algo e eu estranhei, você não abandona turnos. - ela olha em direção as escadas e me escondo. Meu coração acelera. - Eu te vi. - engulo seco.

- Ela precisa descansar, sai. - Raiden diz com mais calma. - Apenas segure as pontas Maiana, já retorno. - ele diz e ouço um baque. - Eu disse sai! - olho novamente e vejo ele empurrando ela contra a parede. - Não vai subir. - ele diz e ela me olha e abre um sorriso perturbador.

- Desce... Ele não me deixará subir... Seu cabelo está brilhando. - ela diz e noto o brilho fraco em meu cabelo, Raiden olha em minha direção parecendo chocado. Caminho para as escadas e desço mansamente. Ela se aproxima e ele para na frente dela, ela faz uma carranca. - Apenas quero avaliar ela, marcou ela? - ele nega. - Então pare de agir assim, se não se controlar, quando marcar ela, vai acabar sufocando a pobre criatura. - ela diz e as asas de Raiden baixam mais, ele sai da frente e ela me avalia. - Flora disse que estava perdida na floresta enganosa e atravessou o portal sozinha. - assinto.

- Quem é... - ela ri.

- Sou Maiana, uma fada. - "Fadas são ao contrário do que imaginei, jurava que eram lindas." pisco algumas vezes. - É uma alada? - nego.

- Não... - digo e olho para Raiden, ele parece confuso. Seus olhos estão violetas e Maiana o encara.

- Ela não despertou... Seja quem for, manterei minha boca fechada por enquanto, não é um bom momento... Prometo não dizer a ninguém, fique tranquilo. - A fada diz e me olha. - Se ele tentar te pegar, apenas grite e mostre que não quer, ele vai se afastar se ver que você o rejeita. - me sinto confusa sobre o concelho. Ela se vira e sai da casa e encaro Raiden.

- Quero ver Gabi. - peço e ele nega.

- Ela não está, foi ao lado humano te encontrar, prometo te levar quando possível. - ele diz e não acredito, pelo menos, a fada deu a entender que eu deveria ficar aqui em segredo. Acabo me dando conta de que estou com Raiden, quer dizer... O Raiden que eu queria. Engulo seco. Coro.

- Vou subir e descansar. - digo e subo me sentindo estranha, é como se ver ele e me dar conta de que estou em segurança, só eu e ele, despertasse uma vontade absurda de saber como seria permitir seu toque, mesmo que inocente. Lembro de estar em seu colo a horas atrás e foi uma sensação realmente agradável.

Me sento na cama e olho para a porta. Ele não aparece e receio que não vá subir. Suspiro. Me deito e fecho os olhos.

Tento não pensar nele, mesmo sabendo que ele está no andar debaixo e sinto a necessidade de toque. Encaro o teto e mordo o lábio. Sequer posso ouvir a voz dele no momento ou vou realmente pedir que ele me toque. "Pare Joyce!" penso na forma horrível que estou agindo e me sinto péssima. Isso não é coisa que se pense garota. Tome jeito.

- Se precisar de alguma coisa, peça, vou estar na sala de... - me sento e deixo o cobertor cair, ele para de falar e olha para fora. Acabo deixando visível da cintura para cima e não me importo, mas no momento que ele desvia o olhar, vergonha me atravessa e me sinto uma estúpida. Puxo o cobertor tampando meus seios e olho para ele com meu rosto queimando.

- Ok! - digo de forma alarmada e ele simplesmente desce. A voz dele martela na minha mente e lembro de três anos atrás quando ele me instigou. Me jogo na cama. Fecho os olhos.

"Achei que queria me ver tendo um orgasmo!"

Penso e bufo. A três anos, eu realmente jurava que ele me fez ter um e lembro dele dizendo que adoraria ver e me provar. "Falso!"

"Se eu subir não vou apenas te observar Joyce..."

Me sento abruptamente e olho em volta. Realmente ouvi ele falando comigo e respondendo meu pensamento. Não foi de verdade... É um delírio. Me deito e olho para o teto.

Foi um delírio.

"Posso te excitar de longe se quiser... Não quero te tocar agora, serei rude."

Engasgo. A voz dele realmente ecoa em minha mente e sinto um arrepio em meu corpo.

- É mentira. - sussurro. Fecho os olhos e me forço a dormir.

Acabo adormecendo e acordo sentindo uma respiração gentil perto do meu ouvido, abro os olhos e vejo uma asa sobre mim, ela é tão quentinha, acabo sorrindo e me pergunto se Gabriella dorme com Téo assim. Coro. Que fofo! Limpo minha mente. "O que está fazendo Joyce!?" olho para o lado e vejo Raiden dormindo, ele parece exausto.

Observo ele dormir e me movo na cama, quero tocar seu rosto, mas antes que eu sequer levante o braço, ele abre os olhos e passa um braço ao redor da minha cintura, sou impulsionada contra ele e vejo ele olhar ao redor, encaro sua garganta e ofego, o movimento é tão brusco, que sinto meu coração a mil e a proximidade me deixa nervosa. O cheiro dele toma meu nariz e sinto vontade fechar os olhos e ficar sentindo seu cheiro. Ele relaxa e se afasta saindo da cama, me sento me cobrindo e ele joga uma camisa para mim.

- Veste. - assinto. A forma fria que ele fala me aperta o coração. Visto a camisa e olho para ele.

- Tudo bem? - ele nega e seus olhos violetas travam na camisa.

- Estou possessivo demais com você, isso me assusta... Quero muito te foder... - abro a boca em choque.

- O-o quê?! - ele me encara.

- Desejo sentir seu beijo, até salivo de imaginar qual seu gosto, quero poder tocar seus seios e sentir minha pele contra a sua, quero te chupar e sentir meu pau dentro de você, entende? Estou fora de controle... - ele lamenta e se senta no chão amuado levando as mãos a cabeça. Ele não me encara. - O pior é que eu não sabia que era tão grave até lhe ver, me sinto realmente tenso e quero te tocar, minha mente está muito errada, subi porque você não me respondeu e já estava ardendo de prazer só em pensar em te excitar e ouvir você gemendo, mesmo que não pudesse te ver... - ele apoia a cabeça nos joelhos e junta as asas ao redor do corpo. - Não quero te induzir a me querer Joyce... - ele diz e geme baixinho. O gesto é realmente erótico. - Mas só de imaginar você se contorcendo, perco o senso de certo e errado... - ele arqueia as asas e olho para elas, volta a baixar e esparrama pelo chão. - Me diz para sair e me garanta que não quer um alado te tocando... Por favor... Se entender a gravidade do meu desejo, não vai querer minhas mãos em você, apenas... Peça que eu saia.

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Joyce nada santa tbm
Kskskksks
Apenas observo essa deselegância de ambos >.>