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Olho para Joyce e vejo o ferimento do braço curado. Encaro Flora e assinto.

- Ela fica comigo. - digo e Flora assente lentamente, caminho até ela e me sento na cama, toco seu rosto e Flora me tranquiliza.

- Deixe ela pegar só mais um pouco de temperatura e colocamos ela na água, darei banho nela, não quero suas mãos nela, está agindo de forma agressiva. - assinto e continuo encarando o rosto de Joyce. Estendo uma asa sobre ela e Flora sorri. - Isso vai ajudar a aquecer mais depressa, fez bem. - ela diz e olho para Flora.

- Ela vai viver, certo? - Flora assente.

- Vai, relaxe... - ela Franze o cenho. - Estou mais preocupada com você. - ela diz e cruza os braços. - Não assuste ela. - assinto. Olho para Joyce, não quero assustar ela.

Engulo seco.

- Quero tocar ela... - Flora nega.

- Não do jeito que está pensando, ela está ferida. - assinto.

- Não vou tocar ela sem que ela permita. - digo e sinto meu pau latejar. Fecho os olhos. - Céus... Isso está fora do meu controle... - digo e Flora toca minha mão e afasta do rosto de Joyce, abro os olhos e encaro Joyce, acabo salivando com o desejo de tê-la e saio da cama, me escoro do lado contrário. - Tira ela daqui... - peço e Flora me olha com pesar.

- Coloque ela na banheira, preciso banhar ela. - assinto e luto contra a ânsia de parecer um assediador, realmente me sinto no limite de tanta vontade tocar Joyce. Me aproximo e pego ela nos meus braços. Minha. Coloco ela na banheira e me sinto tão possessivo em relação a ela, Flora começa a dar banho nela e me sento na cama, sinto ciúmes das mãos de Flora, adoraria estar fazendo o que ela faz, quero profundamente poder deslizar minha mão sobre Joyce, mas me certifico de permanecer sentado na cama, olhando a distância. Engulo seco. Saio do quarto e caminho escadaria a baixo, abro a porta dianteira e saio da casa. Levo a mão para minha calça e solto um grunhido. Estou agindo como um animal enjaulado e não como um alado racional. Solto um gemido e apoio as mãos no pilar de madeira da varanda. Minha.

Joyce agora está aqui e não tem porquê eu não tê-la, agora ela é minha, para cuidar, proteger e dar prazer. Engulo seco. Proteger. Sorrio amargamente e olho para a neve, sem que eu note, ascendo a forma divina e congelo o pilar, ela cai e me afasto, me sento no chão e tento relaxar, volto ao normal e o fato de não conseguir proteger ela aquelas vezes me consome, a vontade de proteger ela é tão esmagadora que vejo ela ferida no chão várias e várias vezes. "Não vai mais acontecer..." prometo a mim mesmo e abro a boca soltando um gemido, olho para o teto e contraio o abdômen. "Céus..." a ânsia de ter ela aumenta a ponto de me fazer sentir dor em todos os músculos do corpo, a tensão é insuportável demais, quero apenas possuí-la. Saio da varanda e caminho pela floresta verde, sinto o quanto meu corpo pede por ela ao sentir o suor escorrendo, definitivamente, não posso parar.

Me sinto realmente culpado e envergonhado por minha atitude, mas acabo descendo a mão para a calça e abrindo o zíper, esqueço completamente que devo me controlar, apenas não consigo parar de pensar sobre ela e se eu simplesmente não diminuir a tensão, vou enlouquecer.

Apoio a mão em meu pau e cerro os dentes, massageio e solto um gemido profundo. Deixo meu corpo alcançar a liberação necessária vezes seguidas e me sinto realmente digno de pena. Fecho o zíper e caminho em direção a minha casa e vacilo por um momento. Ela não é minha e eu preciso me controlar, de certa forma, me sinto mais aliviado por discernir que ela não me pertence.

Caminho para casa e entro, voo para o andar de cima e vejo Flora com panos na testa dela.

- Ela está com febre. Não sei se ela vai resistir Raiden... - choque me rasga. Se eu chegar a perder algo que sequer tive a oportunidade de conhecer, irei desmoronar, a culpa vai acabar me matando, pois sei que poderia ter ajudado antes de sua condição chegar a esse estado.

- Apenas salve ela. - Flora suspira.

- O que fará? - ela pergunta e sinto meu corpo fraco.

- Vou avisar que ela está aqui quando for necessário, apenas mantenha ela viva e não diga a ninguém que ela está na minha casa. - digo e Flora franze o cenho.

- Por quê? Vai prender ela aqui? - nego.

- Ela é livre para ir quando puder, mas quero garantir a segurança dela. - digo e Flora suspira.

- Ela não é su... - encaro Flora e ela arregala os olhos. - Ok... Raiden, acho melhor ela ficar no curandeiro e depois ir para a casa de Téo. - nego.

- Ela fica aqui. - digo e Flora assente.

- Você tem que ir trabalhar... Cuido dela. - Nego.

- Maiana dá conta, quero apenas garantir que ela vai estar bem se eu sair. - Flora assente e aponta a cama.

- Se aproxime dela, sei que está angustiado, pode tocar ela, apenas não reaja de forma estranha, ou seja, sem buscar pelo cheiro dela, sem tentar sentir o calor do corpo dela em qualquer lugar que não deva. - assinto e tiro as botas, me sento na cama e abro as asas, deixo elas estendidas na cama e puxo Joyce para mim, coloco ela entre minhas coxas de lado, apoio sua lateral em meu peitoral, apoio sua cabeça em meu ombro e junto as pernas criando quase um casulo com ela dentro. Flora sorri gentilmente. - Ela está quente não é? - assinto e afago seus cabelos, inalo o cheiro de seus cabelos e esfrego a ponta do nariz em uma testa.

- Ela tem que viver... - digo em sussurro e Flora me olha com ternura.

- Ela vai... Ela parece forte. - assinto. Sinto minha ereção, mas ignoro qualquer resposta do meu corpo ao ter contato com Joyce, apenas quero segurar ela. Joyce tosse e tensiono. Flora sorri. - Está tudo bem... Ela está resfriada, vai ficar bem, apenas relaxe com ela nos braços. - assinto.

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Curiosidade :
Raiden é um alado prodígio, ou seja, tem habilidades além das comuns para um alado normal, porém nada é perfeito e alados prodígios entendem menos sobre sentimentos, isso os faz mais intensos em alguns aspectos e mais inocentes em outros aspectos.

Outros alados prodígios.

Axe
Gêmeos (Por conta da herança familiar)
Joyce ( Alada protetora)
Angel

RAIDEN - Saga "Pearl" - Livro VIIOnde histórias criam vida. Descubra agora