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Não sei como reagir. Raiden inspira meu cheiro e sinto sua ereção. Respiro fundo. Seguro o rosto dele e olho para Raiden com cautela.

- Você me machucaria? - ele nega e seus olhos vão do amarelo ao comum prateado.

- Eu não quero te machucar. - ele diz e a voz grave mexe profundamente comigo.

- Mas me machucaria? - ele olha para Téo e volta a olhar para mim.

- Ele não vai mentir... - Téo diz. - Ele não costuma mentir. - Téo complementa e olho para Raiden.

- Quero ouvir de você. - digo. - Eu realmente confio em... - Raiden balança a cabeça.

- Eu não confio em mim, não com você, confio em qualquer alado para dizer o que quer ouvir, que se seguraria, mas não tenho amarras, gosto de colocá-las invés disso. - engulo seco e assinto. Sinto lágrimas em meus olhos.

- Mas você se controla bem... - digo e ele nega.

- Eu fujo bem... - ele diz. - Eu não consigo me conter em certo limite, mas isso não me isenta de culpa, afinal, sou um alado, qualquer vontade que ultrapasse o que considero correto, me consome... - ele suspira. - Se soubesse as perversidades que desejo fazer com você na minha cama, mas não posso tentar, tenho medo. - ele diz e assinto.

- Vou embora então. - seus olhos ficam amarelos e vejo dor pura em seu olhar, seus olhos marejam e ele me olha com o olhar mais triste que já vi. Ele assente.

- Não te proibo. - ele diz com a voz embargada e noto a dimensão do que Raiden sente. Sinto um nó na garganta e me sinto cheia de emoções. É como se eu soubesse que ele vai desmoronar assim que eu sair pela porta, seu olhar é tão desesperado que ele sequer disfarça as lágrimas. Seco elas e ele fecha os olhos e impulsiona o rosto contra minha mão, acabo deixando lágrimas furtivas correrem.

- Me pede para ficar. - digo. - Basta pedir. - ele abre os olhos e nega, é como se implorasse para não torturar ele dessa forma. - Pede Raiden... Confio em você. - digo. - Fico mais alguns dias e depois vou embora. - digo e ele nega.

- Não vou te deixar ir, quanto mais tempo ficar, mais territorialista serei, sinto muito por isso, não é algo dentro de minha vontade total, apenas... Apenas te quero. Te considero minha e sequer te marquei. - suspiro.

Sou madura o suficiente para decidir sobre mim.

- Ficarei. - olho para Téo e ele nega.

- Não pode... Não entende... Você não pode. Se Aigon ou Drake souber que a pessoa que Raiden se interessa está na lista de proibições, então ele estará muito ferrado, não é um medo irracional, Raiden realmente não controla bem. - nego.

- Eu vou provar que estão errados. - digo.

- Joyce... - Raiden tenta e coloco a mão em sua boca.

- Tenho vinte e cinco anos, sei me cuidar, não me importo... Até agora não me machucou, o que são alguns tapas e um sexo selvagem? - ele parece querer rir e sorrio. - Viu? Todos fazem isso. - digo. - E eu posso apenas esperar que se segure, sei que não vai me machucar. - ele parece preocupado. - Confio em você, até agora salvou minha vida, cuidou de mim e quis me proteger de tudo, apesar de ser um medo bobo. - ele assente. - Farei você enxergar que são medos bobos e vai se adaptar, me quer? - ele assente veeemente.

- Com minha vida.

- Então faremos funcionar, não passei três anos pensando em você para te deixar escapar por causa de algo tão mesquinho. - digo e olho para Téo. - Então mantenha segredo por enquanto, me dê alguns dias para testar ele. - Téo suspira e olha para Raiden.

- Quer tentar? - Raiden assente.

- Sabe que sim. - Téo solta um longo suspiro e olha para o teto.

- Não me deixe ter arrependimentos! - ele diz e olha para nós. - Sou o mais flexível, então vou apenas ver como isso acontece, mas ainda assim, ele terá que cobrir os turnos. - ele olha para Raiden. - Compre roupas para ela e vista ela como um ser místico, leve ela nos seus turnos, deixe ela passar o tempo com você para saber se você suporta a pressão. - Raiden assente e saio de seu colo, ele parece mais relaxado.

Bocejo.

Me levanto e sorrio para Téo.

- Vai dar certo. - digo e meu cabelo brilha levemente, Téo me encara chocado, Raiden passa uma mão em minha cintura e vejo o olhar de Téo assombrado para Raiden.

- Então... - Téo inicia.

- Ela é minha. - Raiden diz. - Deixe ela aqui... Ela é minha. - ele repete. - Eu disse que seria permitido. - ele diz e Téo sorri de lado.

- Cuidado... Espere ela despertar... Não a machuque. - ele pede e sinto a respiração de Raiden em meu pescoço, ele me espreme contra seu corpo e sua respiração faz cócegas em meu pescoço, sorrio e me remexo em seus braços, me afasto e saio de perto dele rindo. Lá estão os olhos violetas, Raiden olha para Téo e leva as mãos aos bolsos.

- Vou tomar cuidado. - ele diz e Téo assente.

- Talvez você esteja certo Raiden... - Téo diz e caminha para fora. - Talvez ela seja sua. - ele diz e caminho para a porta. Téo voa e olho para Raiden. Ele me encara de cima em baixo. Sorrio.

- Podemos agora? - pergunto e ele suspira. - Não tenho muito tempo. - ele diz e faço uma careta.

- Devíamos começar os testes. - digo e puxo a camisa para cima, ele me encara e tiro a calça moletom. Olho para ele sorrindo. - É bom saber que não resiste a provocações. - ele me encara e tira a camisa, calça e botas, fica apenas na boxer e encaro o desenho perfeito. Olho ao redor. - Aqui ou lá em cima? - seu olhar se torna profundo e ele abaixa a cabeça. - Vamos... Seja você, preciso saber aonde estou me metendo. - ele fica levemente corado e sorrio.

- Fica de quatro no chão. - pisco vezes seguidas.

- Primeiro vai me deixar pronta? - ele assente.

- Mas te quero de quatro, prometo fazer ser bom, não quero te machucar. - assinto. Faço e ele tira o cinto da calça. Arregalo os olhos.

- Pelo amor de Deus, onde vai usar esse cinto!? - pergunto alarmada e sinto ele de joelhos entre minhas pernas, logo atrás. Meu coração acelera, mas me tranquilizo quando ele coloca o cinto ao meu lado.

- Vou te excitar primeiro, não precisa ter medo.

"Ok... Eu confio em Raiden! Relaxe Joyce."

RAIDEN - Saga "Pearl" - Livro VIIOnde histórias criam vida. Descubra agora