RAIDEN - Saga "Pearl" - Livro VII

Epílogo

Olho para o céu. Ele ainda está escuro, mas a chuva parou, estou sentada na varanda de casa, Raiden foi trabalhar, devem estar se perguntando o que houve.

Sorrio.

Faruk não despertou ainda, mas Ada está de volta, então as coisas estão voltando ao normal, espero ver o sol pela primeira vez em Pearl em algum momento, já que desde que cheguei aqui é frio e sombrio, onde coisas malucas acontecem.

Flora e Heig trabalham o dia todo, então acabei pedindo que Angel fique aqui quando se sentir sozinho, foi difícil trazer ele de volta sem alarmar ninguém, acabamos nos movendo pela noite e até atravessarmos, levamos dois dias, assim, retornamos para casa.

As asas dele finalmente saíram do estado divino e são de um amarelo mesclado a alaranjado como um amanhecer ou entardecer, só que sem brilho, ele mantém os cabelos como os de Alef, trançados como o de um viking. Suas habilidades sociais são mais deterioradas do que a maioria das pessoas que conheci, mas não é só ele que tem esse problema.

Ele tem lapsos de memória e problemas para conseguir entender as coisas, mas está no caminho.

Nesse meio tempo, se passou um mês.

Meu estômago ronca e me levanto, acabo preparando o almoço e enquanto o faço, sinto uma respiração perto da minha nuca, giro e tento acertar um soco, Angel. Ele segura meu pulso e olha as panelas.

- Não queria comer no castelo. - ele diz e solta meu pulso. Relaxo as asas e meu coração pulsa forte.

- Não seja tão silencioso! - digo e ele pisca vezes seguidas.

- A porta estava apenas encostada. - ele diz.

- Deve bater antes de entrar e pelo menos fazer barulho ao abrir ela. - digo e ele assente.

- Ok, Lembrarei. - ele diz e se senta em uma das cadeiras. - Cadê Raiden? - sorrio.

- Ele logo aparece para comer. - digo. Basta eu fechar a boca e ele entra pela porta sorrindo. Me sento e observo ele vir até a cozinha, Angel olha em direção a ele e sorri.

- Chegou. - Raiden assente e se senta.

- Pronto para me ajudar hoje? - olho para Raiden.

- Como assim? - pergunto. Angel faz cara feia e Raiden se cala. - Como assim!? - pergunto novamente e cruzo os braços. - Não deixarei que me toque essa noite mocinho! - ele me olha com os olhos indo ao violeta.

- Estamos ajudando ele a escolher o batalhão, apenas isso. - ele diz e assinto. Olho para Angel.

- Você mal conversa! - gralho. Ele me olha de relance.

- Não se irrite Joyce... - ele pede e nego.

- Não estou! - ele faz uma careta.

- Olhos vermelhos...

- Ok! Pense um pouco, você mal interage de forma normal com os outros e está indo escolher um batalhão, quer viver de trabalho?! Precisa relaxar antes! Não pode querer chegar e já se enfiar em um, esses trabalhos são perigosos e você às vezes, tem que matar! Não gosto da ideia de ter você no batalhão de Aigon torturando ninguém, nem no batalhão de Drake, caçando e destroçando um ser místico, muito menos no de Téo! Sabe matar um gigante!? - ele revira os olhos.

- Respire... - ele pede. - Isso é bom para mim. - nego.

- Uma ova! - Raiden ri.

- Deixe o garoto. - ele pede e olho para Raiden.

- Estou tendo enjoos já sabia?! - digo e soluço. - Vocês dois deveriam pensar um pouquinho!

Suspiro. Saio da cozinha e subo as escadas, sinto as mãos de Raiden em minha cintura.

- Vamos almoçar e te acompanho até a casa de Gabriella. - olho para trás e jogo os braços sobre seus ombros.

- Sério? - ele assente.

- Prometo te dar todo o prazer que quiser durante a noite. - ele diz. - Confie em mim, não estamos estragando Angel, estamos consertando ele. - olho em direção a cozinha e Angel sorri.

- Ainda assim, obrigado por agir como uma mãe preocupada. - Angel diz. Olho para Raiden.

- Vocês homens me confundem. - digo e fungo. Raiden me beija e morde meu lábio, se afasta e sorri.

- Solucionamos nossos problemas do nosso jeito. - ele diz.

Assinto.

- Ok. - ele sorri amplamente.

Almoçamos e passo a tarde na casa de Gabi, tenho apenas um enjoo durante a tarde, mas nada preocupante, volto para casa quando a noite cai e encontro Raiden sentado na varanda.

Ele sorri.

- Tenho uma surpresa. - ele diz e assinto.

Entramos e vejo uma trilha de flores da entrada que segue até o andar de cima.

- Te disse que teria todo o prazer que quisesse durante essa noite, além dele, terá algo especial. - ele diz e me sinto emotiva. Subo as escadas e me derramo em lágrimas ao alcançar o piso de cima.

Na cama tem pétalas de rosas e os seguintes dizeres:

Desejo te segurar para sempre e para isso, preciso que me permita ser suas amarras, aceite meu pedido torto de casamento.

Rio entre as lágrimas e olho para Raiden.

- Quer se casar comigo mesmo eu sendo daqui e sabendo que cerimônias nem sempre são realizadas? - ele assente.

- Foi criada do lado humano... - ele diz. - Quero que seja minha companheira e esposa. - ele diz e assinto.

- Aceito seu pedido torto. - digo rindo e ele segura minha cintura, sou tirada do chão e arqueio as asas. Rio e sou colocada na cama, bagunçando tudo.

Ele se coloca sobre mim.

- Eu te amo Joyce... - sorrio.

- Te amo Raiden, você é uma parte muito importante para minha vida. - ele assente.

- Acho bom delícia. - ele diz e rio.

- Disse que me daria todo o prazer necessário. - ele acaricia meu rosto.

- Peça qualquer coisa. - assinto e sinto minha boca encher de água.

- Quero comer pernil assado. - ele abre a boca abismado e parece decepcionado.

- Caramba Joyce... Agora? - ele pergunta e assinto.

- Nossa filha também quer! - ele suspira e sai da cama.

- Me espere acordada delícia... - ele diz e desce as escadas. Rio.

Sou agraciada horas depois com um banquete na cama e como com vontade, termino de comer e mw sinto realmente saciada, acabo tomando um banho e escovando os dentes. Bocejo.

Me deito e Raiden massageia meu corpo inteiro. Sorrio.

- Tenho o melhor alado de todos. - ele ri.

- Quer dormir? Já fiz tudo o que queria ou deseja algo mais? - Sorrio.

- Levante. - ele pisca vezes seguidas. - Levante. - ele sai da cama e retiro o cobertor, abro as pernas e fico exposta em direção a ele, me sinto realmente relaxada depois da massagem, vejo seus olhos violetas travando na minha virilha. - Sou toda sua agora, então me tome. - ele olha para meu rosto com desejo puro no olhar.

- O que eu quiser? - assinto. Ele sorri com malícia. - Farei bom proveito delícia.