Gripe

152 24 17
                                    

POV Clarke

Depois que saímos da sala de mãos dadas, eu fiquei inquieta demais, realmente não sei porquê dessa vontade de sair correndo e gritando como louca por aí baixou em mim de um jeito, que eu quase fiz de verdade.

Bom como uma pessoa em sã consciência apenas fiquei na minha, sem falar nada por um tempo, até que chegamos na sala de aula e sentamos nos nossos devidos lugares mas o que eu percebo são sussurros e em nossa direção. Que merda odeio esse tipo de atenção, acabei ficando encolhida na cadeira a aula inteira e o Bellamy parecia que nem estava nesse mundo de tão brisado que ele estava.

No que será que ele tá pensando? Em mim? Em nós?

Um pouco convencida? Talvez, mas eu só queria poder entender tudo aquilo. Parece que alguma coisa mudou nele.

Ele estava sentado olhando para um ponto fixo qualquer na frente dele, parecia está em choque como se algum irreal estivesse acontecido, era nesse nível mais ou menos. Bom eu acabei colocando a minha cabeça encostada na janela e acabei caindo no sono.

Algum tempo depois acordei meio babada e percebi que estava sozinha na sala e uma coisa bem estranha, o quadro não era branco? Fiquei olhando bem para ele, será que é uma trollagem com o professor? Por sério tá muita daora.

Olho de novo para o quadro e tinha alguma coisa escrita nele, mas eu não conseguia ler de jeito algum e quando tentei chegar mais perto forçando a minha visão ficava mais difícil. Comecei a ficar irritada por que realmente queria saber o que estava escrita, mas eu não sei o que eu via eram letras? Borrões?

Sei lá que merda era aquilo, mas eu não conseguia parar de pensar no que tinha no quadro e eu quero saber o que tem escrito nele! Mais que agonia. Foi ai que comecei a prestar mais atenção toda sala estava ficando com um quadro negro, e isso começou a me assustar e fui em direção a saída.

Mas NÃO TINHA SAÍDA, eu estava presa em uma sala com quadro escuros e palavras que eu não consiga ler, sentei no chão e abracei as minhas pernas, minha cabeça estava explodindo. 

Tinha que ser um sonho mas eu não conseguia acordar de jeito algum, levantei e olhei para aqueles quadros com palavras borradas e me fixei em um quadro, cheguei mais perto botando a minha mão no quadro.

Fechei os meus olhos, respirei fundo tentando sentir aquilo e quando eu abri vi o que está escrito.

ELE ESTÁ POR 

Olhei um pouco surpresa e indignada, esperava outra coisa mas isso não tem nenhum fundamento porque “ele está por aí” não me lembra ou não me diz nada; eu estou totalmente perdida, o que diabos isso que dizer?! 

Foi aí que eu senti uma mão no meu ombro, eu olhei para o meu ombro e vi uma mão totalmente desfigurada e ela começou a apertar o meu ombro que começou doer. Então eu seguro essa mão a apertando forte foi quando eu senti que estava literalmente sem chão, comecei cair.

Eu acabo dando um leve pulo e susto ao mesmo tempo, percebendo que eu estava em sala de aula. Olho para os lados e tudo mundo olhando para mim como se eu fosse uma anormal total, dou sorriso constrangida fazendo todos tirem atenção de mim.

— Nossa, tudo bem Clarke? Tá esquisita. — fala uma das garotas do fundão, fazendo eu olhar para trás.

— Tá sim, foi só um pesadelo. — falei virando de frente e percebendo que eu tinha alguma coisa incomodando no meu ombro.

Quando puxo um pouco a gola da minha blusa vejo que tinha uma marca vermelha quase roxa quase como um hematoma, ele tinha o formato de uma mão... Eu fiquei olhando para isso achando que não poderia se real? Como? Como isso poderia acontecer se eu estava apenas sonhando? Espera, será que ainda não estou? Olho para os lados e tudo parece normal como sempre.

— Professor posso ir ao banheiro por favor? — faei levantando a mão.

— Claro Sra. Griffin. — falou simples.

Levantei e sai apressada da sala e corrir até o banheiro, por sorte estava vazio. Eu levantei a cabeça e olhei no espelho, minha respiração estava acelerada eu estou ponto de surtar! Eu tirei a minha blusa com uma certa agressividade e olhei de novo e o hematoma da marca daquela mão ainda estava lá.

Eu o toquei e...

— Ai. — soltei um gemido um pouco alto de dor.

Isso estava dolorido como se tivesse acabado de ser feito. Coloquei as minhas mãos na cabeça e deixando elas seguirem até o meu cabelo eu realmente não quero estar perto de ninguém quando eu explodir de vez, porque eu realmente estou assustada e desesperada porque não sei o que está acontecendo comigo! Será que eu estou enlouquecendo?

Eu consegui ser ferrada até esse ponto? E tudo indica que sim, porém a partir de hoje eu não deixarei que isso me afete mais. Eu vou contar para alguém, alguém que possa me ajudar. Suspirei fundo e pensei para mim mesma na frente do espelho.

— Raven. — balancei a cabeça concordando comigo mesma.

Pegando o meu celular e tirando uma foto daquilo e mandando para ela.

"Ravens

Foto 📷

Raven eu preciso da sua ajuda, eu acho estou ficando louca."

Ajeitei os meus cabelos e coloquei a minha blusa, fui até a cantina e falei com umas das tiazinhas e gelo para colocar em cima do ombro, não queria ir a enfermaria iriam fazer perguntas. 

Fiquei sentada com um pedaço de carne congelada em cima do meu ombro um bom tempo, enquanto via elas prepararem a comida. Até que alguém do nada cai todo estabanado com uma bandeja no chão. Dou uma bela gargalhada não só pela queda e sim pelo susto que levei, mas logo desfiz quando eu vi quem era no chão.

Mano qual é?! Dá um descanso!

Com ajuda das merendeiras, ele levanta mancando e ele olhando um pouco confuso para mim enquanto eu dava um sorriso forçado, bem forçado. Quando ele chegou mais perto e sentou perto de mim e eu já estava pronta para dizer alguma coisa, ele se vira pra mim e falamos ao mesmo tempo.

— Por que você está me perseguindo?! — falamos enquanto nós olhavamos fixamente um para outro.

My Dreams Are Strange Because Of YouOnde histórias criam vida. Descubra agora