Esta é mais uma história de uma garota deste mundo. Ela reencarna no corpo de uma criança elfa negra, em outro mundo, com todo o conhecimento anterior após morrer em um acidente. A criança é um menino. A confusão sobre seu novo sexo, cultura totalme...
Depois que fiz a linguiça essa noite, deixei tudo na cozinha e fui dormir. Acho que deu uns 5 quilos de linguiça dessa vez. Eu não soube cortar bem as partes, mas no final deu tudo certo. Quando acordei, após dormir um pouco, meu pai já havia voltado pra casa e estava tomando seu café da manhã. Estranhamente ele estava encarando o seu prato vazio.
- Bom dia, pai.
- ...
- Pai? O senhor está bem?
- Ha! Thalli! Foi você que fez aquilo?! - Subitamente ele se levantou e me agarrou.
- O que?! Que que eu fiz?!
- Querido! Solte o nosso filho! Oi Thalli, bom dia. Eu preparei aquela comida que você fez para seu pai. Tudo bem eu ter feito? - Minha mãe veio me socorrer.
- Ah. Ahhhhhhhh. Sim, pai, foi eu mesmo. Gostou? Desculpe por ter usado uma parte da caça, mas usei bem pouquinho.
- Não. Tudo bem. Não precisa se desculpar, mas você pode fazer mais? - Meu pai me indaga com um olhar esperançoso.
Hahaaaam. Acho que meu pai deve ter adorado. A princípio esse primeiro tinha feito para levar na viagem que eu faria, mas já que ele já experimentou, tudo bem.
- Posso sim, pai. Mais tarde eu passo a receita pra mamãe. Ela me ajudou a fazer também em uma parte.
- Hum. Muito bem. Fanar, depois de amanhã irei com Thalli nas vilas próximas para conseguirmos suprimentos. Poderia preparar nossos mantimentos?
- Sim, querido, pode deixar comigo. - Minha mãe sorriu, mas senti um tom de tristeza em sua voz.
- Errr... coloque um pouco dessa comida do Thalli também, por favor. - Meu pai diz olhando pro nada e coçando a cabeça. Parece estar envergonhado.
- Sim, querido. Huhu. - Dessa vez ela riu achando graça do meu pai.
- Thalli. Coma logo e vamos nos preparar.
- É pra já!
...
Comi meu café da manhã. Dessa vez era sopa com linguiça e pão. Então saímos para nos prepararmos para a viagem. Eu fui até a casa da senhora Finarla e verificar o estoque da vila e a rota que faria. Geralmente precisamos trocar nossos produtos por sal, trigo, utensílios de ferro, pano e linha entre outros produtos que não conseguir extrair ou produzir dentro da vila. Em troca damos nossas frutas, artesanatos e bebidas alcóolicas. Nossos artesanatos parecem ter alguma propriedade mágica porque são muito requisitadas. Vou verificar isso depois.
- Pai, poderia ir preparando o carregamento de frutas? Cinco caixas de cada um deve ser o suficiente. Eu vou verificar com o pessoal do artesanato o que podemos levar.
- Está bem. - Ele então saiu da sala e foi em direção ao porão.
- Thalli? Como está indo?
- Está tudo certo, senhora. Já verifiquei o estoque e, pelo histórico de transação que senhor Thorel registrou, podemos conseguir a maior parte na Vila de Riagorma. Senão, irei até Orahere.
A Vila de Riagorma fica a sudoeste daqui. Orahere é uma cidade anexa da Cidade das Águias, ficando logo ao sul da Cidade a noroeste daqui. A Vila de Riagorma fica no meio da estrada de Riagorma que interliga Orahere à vila portuária Mondni ao sul. A Cidade das Águias domina toda essa região da planície de Riagorma do norte ao sul. A região é limitada pelas montanhas nevadas a oeste e a floresta de Rodadanhel a leste. Senhor Thorel desenhou um mapa da região e estou me guiando com isso.
A Vila de Riagorma fica bem no meio da região toda e reúne todo tipo de produtos sendo comercializados. Todas as vilas ao redor, geralmente reúnem seus produtos em Riagorma, na grande feira. Enquanto em Riagorma acontece o comércio interno da região, em Orahere e Mondni ocorrem a importação e exportação de nossos produtos para outras regiões e Cidades.
- Está bem então. Thalli? Poderia incluir na lista os materiais necessários na caça?
- Ahhh... Já havia me esquecido... Hmmmm... Acho que sim, senhora. Esse mês estamos com folga no estoque e esse material seria necessário.
- Certo. Então da minha parte é somente isso. Obrigada.
- De nada. Vou indo então verificar os artesanatos. Até mais, senhora.
- Até, Thalli. - Ela estava na mesa dela encarando alguma folha e me acenou com a mão.
Acho que ela ainda deveria estar descansando, mas... bem... Primeiro fui ver a minha tia, Terda. Tenho que devolver as agulhas, já lavadas, e aproveitar para recolher os produtos dela. Na vila existem alguns produtores de artesanatos. Muitos fazem por hobbie entre seus afazeres usuais, então a quantidade não é muita, mas rendem uma boa troca. A minha tia, por exemplo, adora fazer bordados e acaba fazendo acessórios, vestimentas e utensílios com sua arte. Chegando lá, ela estava com uma jarra carregando para dentro de casa.
- Oi, tia!
- Ah. Oi Thalli! Venha. Entre comigo. - Entrei junto com ela.
- Ufa. Que jarro pesado. Então, o que veio fazer aqui dessa vez? Aliás como está as coisas lá com a Finarla?
- Está tudo bem, tia. No entanto terei de ir com meu pai no lugar do senhor Thorel nas vilas próximas. Então, além de vir devolver essas agulhas, vim ver se tinha produtos para levar para troca.
- Ah, sim. Obrigada, Thalli. Espere um momento que vou buscar. - Ela foi aos fundos da casa, recolheu algumas peças e voltou. - Aqui está. Espero que dê um bom valor.
- Obrigado, tia. Errr... posso perguntar uma coisa?
- Sim. O que foi?
- Eu vi que o senhor Thorel conseguiu fazer boas trocas com os nossos artesanatos. Eu acho eles bonitos, mas existe algum outro motivo pelo qual são tão pedidos?
Olá. Aqui é o Kamo. Gostaria de pedir a vocês, sugestões e opiniões referentes à minha obra. Eu não sei dizer se estou indo bem ou não, só sei que estou adorando escrever esta história. Peço que me avisem também se encontrar algum conteúdo que vale ser alertado na descrição, como já alertei sobre violência.
E eu vou deixar aqui com vocês o mapa que Thorel deixou feito e que guiará o Thalli nos próximos capítulos. O mapa não tem escala e Thorel não tem muita habilidade de cartografia, então é só um referencial de onde mais ou menos ficam os lugares por onde Thalli terá de passar... ou não. rs.
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