The Love We Share - Livro 1

27 - O autocontrole de um alfa

🚫⚠️ Antes de começarem a leitura, estejam cientes que esse capitulo contém conteúdo de violência, uso de arma de fogo, porrada e sangue do início ao fim ⚠️🚫  mas espero que gostem ❤

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Ter as emoções reprimidas era algo natural dentre aqueles que viviam pela máfia; como se fosse necessário ser frio na hora de puxar o gatilho e indiferente ao ver alguém morrer, não havia piedade e nem misericórdia. Era como uma regra. Uma regra que não se aplicava a Aoyama Yuga.

Seu coração batia forte contra o peito, como quando aos 16 anos ganhou sua primeira arma personalizada; preta com detalhes em ouro puro no cabo e no cano do revólver. A adrenalina correndo por todo seu corpo ao efetuar os disparos. Seus olhos brilhavam e os dentes mordiam o lábio inferior, que estava  curvado em um sorriso de canto. Sua expressão era de pura excitação ao ver Kirishima Isao jogado ao chão, grunhindo e se contorcendo de dor.

Aoyama não havia atirado para matar; claro que não, não seria tolo de dar a Isao uma morte rápida com um tiro certeiro. Os anos estudando o corpo — principalmente o dos híbridos —  lhe dera a certeza de não atingir nenhum ponto que fosse de risco; acertando a raposa com três tiros na coxa, um no ombro e outro um pouco abaixo da clavícula. Mas o sangue se derramando e manchando a pequena estrada de terra entre os campos de arroz, o fazia ansiar por mais. O fazia querer tirar cada gota de sangue do corpo de Isao.

Porém, antes que pudesse fazer qualquer outro movimento, Aoyama teve seu corpo sendo agarrado e levado de encontro ao chão no mesmo momento em que disparos foram feitos em sua direção. Aoyama resmungou  devido ao impacto contra o chão, sentindo suas costas doerem. Mas ao abrir os olhos ao ouvir mais de perto o barulho de disparos sendo feito, Aoyama sentiu cada parte de seu corpo se arrepiar ao ver Tokoyami sobre sí, sentado em seu colo segurando sua pistola com ambas as mãos; os olhos semicerrados, ombros e braços firmes, a cabeça levemente inclinada para o lado e suas orelhas abaixadas para amenizar os ruídos do barulho ao atirar contra os homens de Chisaki. Era uma péssima hora para se sentir excitado.

Mas antes que se perdesse em devaneios, uma movimentação por de trás de Tokoyami lhe chamou a atenção, fazendo-o ter que agir rapidamente. Em um impulso rápido,  Aoyama se levantou, agarrando a blusa de Tokoyami e o puxando para sí; deixando a cabeça sobre seu ombro e erguendo o braço na lateral do corpo de Tokoyami, mirando em cada um dos três homens que se aproximavam e efetuando os disparos. Chisaki havia sido esperto, tinha que admitir,  deixando  alguns de seus homens na espreita para emboscá-lo por trás e para que agissem só quando fosse necessário. Mas Aoyama não se deixaria ser vencido, não tão facilmente.

— Tem mais deles vindo! — avisou Tokoyami,  saindo rapidamente do colo de Aoyama e se pondo de pé; ajudando-o a se levantar quando seus homens voltaram a sacar suas armas e trocaram tiros contra os subordinados de Chisaki que não paravam de chegar. Tokoyami passou o braço em volta de seu corpo, o mantendo perto de sí para fazer sua proteção, enquanto o guiava para perto do carro. — Fique abaixado!

Aoyama apenas bufou irritado, se sentando no chão e apoiando as costas na porta do carro; abriu o tambor de sua Cased Colt que havia herdado do avô, tão antiga quanto o mesmo. O cano e o tambor eram feitos da mais pura prata, todo coberto por desenhos de rosas, o emblema da família, claro, e o cabo em detalhe branco. Era uma bela arma, e havia apenas três munições.

Toda aquela confusão estava começando a tomar um rumo muito diferente do que havia planejado.

Mas nada estava perdido e Aoyama sabia disso. Seus homens conseguiriam sair daquela situação, mesmo que tivessem que usar como escudo, os homens que haviam conseguido render, para evitar as baixas de seu lado. Chisaki também se mantinha protegido por de trás de um de seus carros, sendo acompanhado de dois seguranças; que haviam cessado fogo ao que Tokoyami começou a atirar em sua direção e conseguido se esconder. Aoyama sabia que podia contar com o apoio de Tokoyami em lhe dar cobertura e confiava que seus homens poderiam cuidar do resto. Aoyama só precisava de uma única munição e agir no momento certo.