Capítulo 11

40 1 0
                                    

Duas semanas se passaram voando e amanhã seria o grande dia. Nossos ensaios eram cada vez mais produtivos, contudo também conseguíamos nos divertir. Nathan realmente havia mudado, mas não tinha deixado ainda outras pessoas se aproximarem dele. Hoje quando estava chegando à faculdade estava me esperando no portão. Com uma camiseta do Arctic Monckeys com as ondas do clipe I Do Wanna Know toda preta. Quando me viu abriu um sorriso encantador:

- Bom dia.

- Bom dia. – respondi correspondendo o sorriso.

Conversava normalmente comigo, contudo nunca me esperou para entrarmos juntos. Ele se aproximou mais e meu coração não dava sinal de vida naquele momento. Erguendo as duas mãos até o meu cabelo, o desamarrou, deixando que as ondas caíssem em meu rosto.

- Ele é tão lindo, não o deixe preso. – disse sussurrando em meu ouvido e me senti ruborizar.

 Virei o rosto para que ele não percebesse só que nesse momento vi a cena que estávamos fazendo. Claro a garota nova e o cara misterioso. Era um show a parte para as pessoas ao redor:

- Nathan, você não pode fazer isso. Está chamando a atenção para nós.

- Me desculpe. Não consegui resistir. No primeiro ensaio seu cabelo acabou ficando solto e queria poder fazê-lo assim de novo.

- Não é por isso, mas que está só se interagindo comigo. Existem outras pessoas legais pela qual pode se aproximar.

- Ok então, apresente-me aos seus amigos.                                                         

- Você não precisa disso, sabe quem eles são.

- Só estou sendo educado Hay. – disse-me colocando um de seus braços em volta dos meus ombros.

E ele me chamou de Hay? Eu não gostava do meu nome por não ter um apelido e agora ele acabou de criar um pra mim. É bom você parar com isso garoto ou vou acabar se encantando de vez por ti. Assim nos dirigimos onde meus amigos estavam. Todos nos cumprimentaram e a Brenda com seu olhar dizia aprovar o que tinha conseguido fazer.  

Nathan foi muito agradável com todos e conseguiu ate nos fazer rir, me senti tão bem naquele momento parecia que tinha quase tudo que eu sempre quis. Só faltava minha família voltar a ser uma.

♦♦♦♦♦

Os amigos da Haley eram bem legais. De começo ficou um clima estranho, já que desdém que cheguei à cidade adquiri fama de ser um cara mal e muitos tinham medo de mim, mas com poucos perceberam que não era assim. Sempre quando olhava para a Haley a via sorrindo e me sentia totalmente preenchido por saber que a fazia tão bem. Com esse tempo juntos comecei a madurecer a ideia que esteja me apaixonando por ela, mas quem não se apaixonaria por alguém tão encantadora como ela.

- Hoje à tarde a turma vai ajudar a montar as coisas na praça. – disse Derek.

- Vamos também? – perguntei

- Sim. – disse a Haley contente por me oferecer para ajudar.

Todos iriam às 2 da tarde para praça então. Depois de sairmos da faculdade, levei a Haley ate sua casa. Chegando à porta, ficamos sem falar nada e não conseguia tirar da minha cabeça a vontade que estava de beija-la. Teria feito se não fosse seu pai saindo da pousada.

- Boa tarde. – me cumprimentou com um jeitão de pai preocupado com a filha sozinha com um cara.

- Boa Tarde, senhor.

Ela olhava dele para mim e revirou os olhos.

- Até mais tarde. – disse inclinando para me dar um beijo na bochecha.

- Até. – disse sorrindo.

Seu pai me encarou por mais um tempo enquanto ela entrava. Depois assentiu com a cabeça como despedida. Virei-me para ir embora e agora sorria porque toda essa cena parecia coisa de ensino médio. Algo que nunca pude ter antes e que agora velho estava tendo.  Realmente estava apaixonado por essa garota.

 ♦♦♦♦♦

Almoçando com a Cristina e meu pai, não teve como fugir do assunto do Nathan.

- Quem era aquele garoto com você Haley?

- Pai. – interrompi-o. – Amanhã nós iremos dançar juntos e somos amigos.

Esperava que meu pai não reparasse na mentira que acabava de soltar ali.

- Hum. – murmurou ele.

A Cristina não falava nada, mas eu já sabia por alguma razão não gostava do Nathan. Até me havia explicado que não era nada contra ele, contudo não achava que nós deveríamos nos apaixonar. Tinha lhe contado sobre os meus sentimentos, de como estava sempre tão feliz ao lado dele e ela nunca ficava animada com aquilo. As minhas amigas estavam loucamente felizes por mim e como a Brenda disse uma leve invejinha também. Viviam me dizendo que nós dois sentíamos ambas as coisas um pelo outro. Com a cena agora mais cedo comecei a acreditar mais nelas, sentia que ele queria me beijar e eu também estava querendo isso. Terminando de almoçar liguei para minha mãe cobrando o vestido que ainda não havia chegado. Não queria que nada estragasse o dia de amanhã. Ela me garantiu que amanhã cedo eu iria recebê-lo. As danças começariam às 6 da tarde. A minha estava marcada para ás 8 da noite e realmente esperava que ele não atrasasse.

Quando deram 2 horas da tarde fui para a praça e comecei a decorar as mesas com arranjos de flores. Escolhemos margaridas, tulipas e lírios brancos. Toda decoração tinha tons azuis. A praça estava repleta de mesas, cabeiras e castiçais. Luzes estavam sendo espalhadas por todos os cantos. Tudo estava indo muito bem. Vi o Nathan levando os equipamentos de som ate o palco e atrás dele o Derek levando as coisas mais leves. Era notável a diferença da força de um para o outro. Nathan sempre pegava os mais pesados sem esforço algum, já Derek até tentava carregar o mesmo peso, mas não conseguia. Fiquei divagando em minha mente dele sem camisa e como seriam seus músculos todos definidos.

- Terra pra Haley. – disse Brenda percebendo minha atenção sendo toda para o cara totalmente sexy que estava sem camisa em minha mente. Ou pelo menos em minha mente estava.

- Realmente é bonito de se olhar. Homens trabalhando são extremamente sexy. – disse Maggie. – E tu tem uma tremenda sorte por ter um dos mais totalmente na sua.

- Calma aí Maggie. Nós só somos amigos. - essa era realidade, mesmo sentindo mais do que amizade éramos só amigos.

- Meu amor, essa amizade então está com os dias contados, porque aquele ali também a come com os olhos e isso não são coisas que amigos fazem. – disse Brenda.

Eu esperava que ela estivesse certa e que minha mãe tenha feito um vestido de matar, porque agora mais do que nunca queria conquistar aquele cara.

Abraçada pelas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora