Capítulo 12

40 1 0
                                    

A roupa da salsa era até que bacana, contudo sentia-me bem a usando. Tanto porque um homem não gostaria de usar uma roupa colada ao corpo. Haley tinha me dito que ela precisaria ser da cor azul marinho, por conta que deveríamos estar com a mesma cor. Não dei palpite já que gostava da cor e sabia que nela iria realçar seus lindos olhos. A presença de um demônio estava por perto, então me troque rapidamente com uma calça jeans e camiseta preta. Peguei minhas armas e fui em direção onde o encontraria.

Ele estava perto de um dos restaurantes que não funcionava mais. Transmitia a aparência de seus 35 anos, loiro, alto, mas seus olhos como todos eles tinham um tom escuro demais. A escuridão de sua alma estava nítida em seus olhar.

- Este corpo era o dono daqui. – disse gesticulando para o restaurante. -Um ser muito rico e ganancioso. Venderia sua alma a meu senhor sem nem pensar duas vezes por poder, mas não dei a chance de desfrutar das riquezas que teria e possui sem corpo mandando sua alma para o inferno. Um humano que você deveria proteger, mas que está ocupado demais para isso não é?

- Eu não quero saber de suas histórias demônio. Agora estou aqui e vamos acabar logo com isso.

- Oh quer correr para os braços da sua namoradinha. É de se espelhar ela é tão bela, tão pura.

- Limpa essa boca imunda para falar dela.

E assim saquei uma faca media. Sua luz azul imitia o tamanho do poder que ali estava. Minha família herdou as melhores armas, por sermos os melhores já que somos um 4 na escala de Gregory. Só estamos abaixo de sua própria linhagem e dos 5 que conquistaram seu poder após Gregory falecer isso há  1000 anos atrás. Esse demônio era mais forte que os outros pelo qual lutei. Ele se esquivava de todos os meus ataques e logo contra-atacando, com essa surpresa eu por pouco não teria levado um soco na cara, eles eram como rochas de tão fortes, o corpo do humano era só um molde pelo qual eles faziam mais fortes dependendo do poder no seu sangue de demônio. Já havia um bom tempo que não lutava com um dos fortes e isso me surpreendeu, porque eles não desperdiçariam um dos seus melhores em uma cidade sem nada para oferecer. Caçadorzinho vocês precisaram de reforços disse- me o último pelo qual matei e agora isso começava a fazer algum sentido.

- Ela será nossa. Já está escrito que nós a teremos. Não há nada que possa fazer pequeno caçador.

- De quem você fala?

Começou a rir:

- Como pode ser tolo, não conseguindo perceber o que acontece ao seu redor. Por isso perdeu seu irmão. Por isso ele está morto. Por sua causa.

Há 15 anos eu não ouço ninguém falar do meu irmão mais velho que morrera por ter que me proteger de um demônio. Eu era uma criança e meu irmão tinha quase 10 anos, eu odiava ser caçador e ainda odeio. Sempre quis agir como um ser humano normal e assim achava que podia continuar. Um demônio veio atrás de mim e eu não pude fazer nada. Não conseguia, mas meu irmão veio ao meu encontro para me salvar, só que ele também era só uma criança e não teria força suficiente para mata-lo. Então acabou morrendo ali na minha frente sem que pudesse fazer nada, logo depois um caçador mais velho chegou e conseguiu matar ao demônio. Só que o estrago já estava feito, meu irmão havia morrido, por eu não querer ser o que eu fui destinado a ser e por esse motivo tento ser um caçador melhor. Por ele não me tornei um renegado.

- Não fale do meu irmão, seu monstro. Vocês o mataram.

- Só você podia ter feito algo, mas não o fez. Como agora, também não consegue me matar.

Ele estava vindo pra cima de mim, com uma faca, eu estava preparado para ataca-lo quando seu corpo cai morto no chão se desintegrando em sombras.

Quando olho quem o matou, vejo uma mulher, com seus cabelos negros iguais aos meus, mas ondulados. Seus olhos castanhos escuros e um corpo curvilíneo, que já deixou muitos caras loucos para ele, mas seus encantos nunca me seduziram.

Abraçada pelas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora