Abraçada pelas Sombras

Capítulo 26

ACORDEI COM AS BATIDAS NA PORTA DO MEU QUARTO.AI COMO MINHA CABEÇA dói, até parece que foi pisoteada por uma dúzia de rinocerontes.

- VAI EMBORA. – gritei.

- Haley pode abrir esta porta AGORA. – era a voz da Brenda.

Mas o que fazia em plena olhei para o relógio na cabeceira. 11 horas da manhã, merda esqueci que tínhamos marcado tomar café juntas já que a Maggie foi pra casa da mãe dela.

Levantei e abri a porta e cai na cama novamente ela estava tão boa hoje.

- Você esta péssima. – disse-me

- Obrigada.

- O que aconteceu com você? Eu vi o Alaric saindo do seu quarto a poucos minutos atrás.

- O QUE?

- Corta essa Haley. Ele passou a noite aqui e você não se lembra?

Realmente eu não me lembrava de nada e nem dei uma resposta para ela indo em direção ao quarto da frente pedir satisfação. Nem bati na porta o que foi um erro já que estava nu.

- VISTA- SE. – disse irritada.

Só que seu guarda roupa era bem ao lado onde eu estava e senti seu corpo quente perto de mim por alguns segundos enquanto pegava uma roupa.

- Pode virar Princesa.

Mas ele não tinha posto uma camisa. Peguei qualquer uma e joguei para ele.

- Não consegue se concentrar comigo semi nu? – enquanto vestia a camisa de cor azul marinho.

- Prefiro que esteja com roupa, quando talvez ontem à noite você pudesse estar sem no meu quarto.

- Só disso você se lembra Cinderela? – com aquele maldito zombeteiro.

- Eu não me lembro de nada, mas descobri que você saía do meu quarto mais cedo e quero saber o que estava fazendo lá?

- Não vou lhe dizer. Se não lembra é melhor deixar assim.

Agora ele me irritou profundamente sabia como odiava que me deixasse sem saber as coisas.

- Você vai me contar. – disse chegando mais perto dele e sempre quando estava assim sentia nossos corpos sempre estavam em uma mesma sintonia.

- Não vou, já disse. Você fez as suas besteiras noite passada. É ate melhor que não saiba nada.

- E entre você e e-eu? Aconteceu alguma coisa? – disse atrapalhada.

- Vou deixar pra você responder essa. O que acha?

O que eu achava? Caralho como eu saberia, eu estava com uma puta ressaca e não me lembro de nada. Descubro que um cara como ele saiu do meu quarto de manhã, assim sendo passando a noite comigo. Como saberia? Então comecei a bate-lo sabia que não fazia muito efeito agora que sabia que ele era um caçador e assim sempre seria mais forte. Segurando meu braço me disse:

- Serio Princesa? Que realmente me aproveitaria de uma garota bêbada para transar? Eu não preciso, elas sempre me querem quando estão lucidas.

Eu não sabia de mais nada. Não conseguia me lembrar de nada e nem de confiar nele, talvez eu nunca mais consiga confiar em alguém.

- Como eu posso confiar em você? TODOS MENTIRAM PARA MIM. – começando a gritar.

- Eu nunca menti, desde o primeiro dia que a vi tinha dito que descobriria quem você era.

- Mas NUNCA FOI TOTALMENTE SINCERO DEPOIS VOCÊ SIMPLESMENTE PAROU DE FALAR ISSO E PRONTOACABOU COM VOCÊ TEM UM MISTERIO E EU VOU DESVENDAR.

- EU NUNCA PAREI DE PROCURAR O QUE VOCÊ É. NAQUELA NOITE EM QUE TORCEU O PÉ EU A VI COM OUTROS OLHOS. E ME CONFUNDIA CADA VEZ MAIS. SABIA QUE TE CONFRONTAR NÃO ADIANTARIA NADA. POR ISSO PAREI DE IR DIRETO À FONTE. – disse gritando agora comigo.

- E conseguiu alguma coisa? NÃO. E mesmo assim jogou tudo em cima de mim como se eu aguentasse saber que eu estava VIVENDO EM UM MUNDO DE MENTIRAS.

- Você sempre viveu como a verdadeira princesa que você é Haley. Sempre acreditando nos felizes para sempre.

- Eu não acredito nos felizes para sempre. – interrompi o. – Só queria poder ser feliz. Ter as pessoas que amo ao meu lado. Mas tudo esta destruído agora POR SUA CULPA.

- Minha culpa. – riu da minha cara. – Você que é um ser que ninguém sabe a origem. E não destruí porra nenhuma da sua vida, porque bem se me lembro VOCÊ- se aproximando mais de mim. - QUE VEIO ATRAS DE MIM NA FLORESTA. QUERENDO DESCOBRIR O QUE EU SOU. E AGORA VOCÊ TEM O QUE TANTO QUERIA, ENTÃO FIQUE SATISFEITA.

Me virei de costas para ele e respirei fundo, não queria chorar na sua frente.

- Eu odeio você. – disse olhando segurando minhas lágrimas.

Seu rosto continuava o mesmo, só ele me afetava com suas palavras eu não provocava nenhuma dor nele. Seu coração sempre foi de pedra e continuara sendo.

- Você precisa de proteção. – enquanto abri a porta para ir embora dali. – Eu vou rodear a casa e indo ao mesmo local que você, para garantir que eles não a peguem.

- Você e nem ninguém precisa me proteger. Eu me virei por esses 18 anos e vou continuar.

- Esse é meu trabalho, preciso garantir a sua segurança.

Virando para encara-lo disse:

- Então realmente é por minha causa que você esta aqui. Mas agora você já tem certeza que sou eu quem os trás para cá. Pode ir embora.

- Eu não posso. – disse com um pouco de sentimento em sua voz, mas que se quebrou quando continuou. - Não posso deixar que os demônios tivessem o que eles querem. Não posso deixar pegarem-na

Eu era só um objeto que ele precisava proteger.

- EU. ODEIO. VOCÊ. Nunca vou deixar você perto de mim. – agora minhas lagrimas saíram de tanto raiva.

Saí dali batendo a porta e voltei para meu quarto querendo desabar em lágrimas, mas a Brenda estava ali e ouviu que estávamos discutindo. Só esperava que não tivesse entendido a conversa. Eu só queria ficar sozinha naquele momento, mas não a queria dispensa-la, tínhamos marcado de passar o dia juntas.

- Vamos para a minha casa. Lá a gente toma um pote de sorvete enquanto assistimos a nova temporada de The Vampire Diaries. Vai é um convite irrecusável. Ver Damon Salvatore faz o dia de qualquer um melhorar.

Troquei de roupa e fomos para sua casa e assistimos a vários episódios e realmente me fez bem estar ali com a minha melhor amiga, sem precisar pensar em nada.