Abraçada pelas Sombras

Capítulo 36

- NÓS TEMOS QUE IR. – DISSE BRENDA TODA ANIMADA.

 - Lá é casa da minha mãe Brenda e eu já passei uma semana lá e não tem nada de divertido.

- Para Maggie. Você ficou lá presa dentro daquela casa e agora nós vamos estar ao ar livre. Pô em Fox do Iguaçu tem as Cataratas e seria incrível eu e o Jeferson nos beijando naquele lugar maravilhoso. Vamos gente seria nossa primeira viajem com todo mundo.

- Okay não estou muito animada, mas acho bom termos uns dias fora daqui e que eu consiga um tempo com o Nathan.

- Perfeito. Amanhã nós estaremos acampando meninas vai ser muito divertido.

- Oh se vai. – disse Maggie sem animo nenhum.

No banner mostrava como era o local, cercado de arvores e no gramado via-se varias barracas. Gostava muito da natureza e parecia ser um belo lugar para passar um fim de semana.

Depois da Faculdade fui ate a casa do Nathan falar com ele sobre a viagem. Fazia alguns dias que ele não ia estudar, mas eu sabia que ele esta pela cidade procurando demônios. Quando abriu a porta quem estava lá era a Juliette.

- Ah é você. O Nathan não esta em casa. – disse quase fechando aporta.

- Eu vou esperar. –disse segurando a porta e entrando.

Ela revirou os olhos e foi para o corredor resmungando alguma coisa. Sentei no sofá e vi um caderno de capa marrom com as iniciais NS. Nathan Scott. Uma parte de mim queria abri-lo e ver o que continha nele, mas outra sabia que isso era errado, nele tinha coisas pessoais. Só que no fim não conseguia parar de encara-lo e o abri. Na sua prima pagina tinha uns desenhos de dois gatinhos brincando com uma bolinha eram tão perfeitos, conseguia sentir o quão real o animal era. Nas outras também continha imagens de animais, um urso, um leão, um gavião, ate um dragão o Nathan tinha feito com tantos detalhes que deveria ter demorado dias para conclui-lo. Todas eram datadas e me surpreendi de ver um anos 2000 nelas, que uma criança com apenas 7 anos teria feito aqueles belos desenhos. Os outros já começaram a ser rostos de pessoas desconhecidas, mas um deles não era muito reconhecido. Com longos cabelos loiros que estavam com a impressão de voarem em meio seus rosto, que continha uma expressão tanto feliz quanto triste. Os olhos verdes- azuis se destacavam um brilho estonteante.  Nem reparei quando ele se sentou ao meu lado e disse:

- Você me desenhou. – disse ainda admirando-o.

- Sim, na primeira vez que eu te vi e estava concluindo quando você veio na minha mesa me perguntar por que estava te vigiando. Hoje você já sabe que estava te protegendo daquele demônio, mas na época eu precisei te afastar disso e fiz com que você pudesse me odiar a partir daquele dia.

- Eu nunca poderia odiar você Nathan. – depois de tanto tempo me sentindo estranha ao estar perto dele, sem saber o que fazer ou o que dizer para que não começasse uma nova discussão, era realmente bom estar aqui relembrando o passado e pensar no homem que estava lá não importando com o que eu pensaria dele, se assim eu estivesse segura. – Por que você me desenhou?

- Eu não sei exatamente o porquê, só sabia que eu não poderia ter você Hay e precisava de algo seu para poder chamar de meu, talvez seja por isso que tenha a desenhado. – ele ficou em silencio por um tempo e voltou a falar. – Eu sinto muito por essas semanas Haley, mas desde que eu a conheci precisava te proteger, ate me afastar de você eu o fiz para que assim você estivesse longe desse mundo. Todos nós nos sacrificamos pelo bem da humanidade, isso pode ate ser glorioso para alguns caçadores, mas não quando perdemos a chance de viver uma vida a proteger todos os outros, isso pode soar egoísta, mas todos deveriam ter a chance de ter uma vida de verdade e serem felizes. E é isso que eu quero para você Haley. Para nós. Contudo não é assim que as coisas são, nem eu e nem você somos humanos para viverem livres, temos os nossos deveres, mesmo você ainda não sabendo quais são eles. Eu amo você Hay e quero continuar ao seu lado.

Ouvi-lo dizer tudo aquilo fazia o meu coração pesar. Não tínhamos mais a mesma sintonia que antes, não queríamos mais as mesmas coisas e isso me fez muitas vezes o julgar me prender a ele. Mas também tinha esse medo em todas as pessoas ao meu redor, muitas poderiam estar correndo perigo por estarem perto de mim e outra por não saberem como me protegerem. Eu tinha dois homens me protegendo de uma forma tão diferente e tão igual de certa forma, porque os dois haviam se apaixonado por mim e agora estava entre dois irmãos que ou se juntam por uma mesma causa ou de se separam de vez. Odiava isso, mas não existia nada que eu poderia fazer. Eu amava o Nathan, só que também existia algo entre mim e o Alaric.

Eu o abracei querendo livrar aquele peso dentro de mim de fazer com que o meu coração percebesse que eu pertencia ao homem que estava aqui me abraçando.

- Eu quero te convidar para algo.

- O quê?

- O pessoal da faculdade conseguiu para a gente uma pré-férias. Organizaram uma viagem para Fox do Iguaçu onde tem um acampamento e que possamos passar esse final de semana lá. O que quer dizer amanhã e domingo. A Brenda esta super animada para ir, por conta dela e do Jeferson estarem completando um mês de namoro. O que me deixou querer ir por dois motivos. De não estar dando muito atenção aos meus amigos com todo esse problema de demônios e de querer estar mais perto do meu namorado. Um fim de semana sem termos que nos preocupar com demônios ou pelo menos não 100%.

- Se é para passar um fim de semana inteirinho com a minha namorada naquele belo lugar é lógico que eu vou.

Lhe deu um beijo e depois de um tempo sem dizer a ele disse:

- Eu amo você Nathan.