Abraçada pelas Sombras

Capítulo 57

 ACORDEI SEM SABER ONDE ESTAVA. A ESCURIDÃO DOMINAVA O LOCAL E ME perguntava como diabos vim parar aqui. Fiz esforço para me lembrar do que aconteceu antes e me lembrava vagamente de lutar contra Balam conseguindo mata-lo com uma estaca improvisada, depois de caminhar ate encontrar o caminho de casa encontrei uma senhora vendo comida e ela me ofereceu uma garrafa de água mesmo não tendo dinheiro para paga-la, mas foi aí que tudo ficou perto. Ah eu me lembrava de algo antes, Astaroth estava láe conversara normalmente com aquela senhora mesmo sabendo que ele era um demônio. Luzes acenderam e me vi presa a uma cadeira sem poder usar minhas mãos e pés. Tentei tirar as amarras, mas minha pele queimou e não foi como antes. Senti uma dor infernal e ouvi dele:

- Não faria isso se fosse você Haley. – disse Astaroth enquanto se aproximava de mim. – as cordas têm o meu sangue, o que ira fazer um belo ferimento onde for tocado e tenho certeza que não gostaria de machucar suas belas mãos, não é Ari?

- Mas sem minhas mãos não a como trazer Lucifer para a Terra. Você terá que me soltar, mas isso é um pouco arriscado sabendo que matei um dos seus demônios mais poderosos. – disse com ar de superioridade.

- Como ficou tão tola desde que desceu para a Terra. Você já viu demônios muito piores do que Balam, ou meus servos ou ate a mim mesmo. Isso será só o começo Ari porque logo a Terra estará sendo governado por meu Deus com a ajuda de meus irmãos.

- Isso se eu permitir. O que é algo que nunca faria.

- Talvez devesse pensar melhor sobre isso Haley. – disse uma voz vinda das sombras, mas que já a ouvi há anos atrás.

Vejo seu cabelo preto com olhos de avelãs marcantes em um rosto com traços bem desenhados e um corpo estrutural, que faria qualquer mulher se apaixonar. Como minha tia se apaixonou.

- Carlos. – pronunciei, mas quase que não saiu.

- Sim minha querida sobrinha.

Não conseguia entender o que ele estava fazendo ali ate que eu percebi o que tanto não gostava dele desde criança. Ele não era humano.

- Eu sempre pensei que de alguma forma sabia o que eu era. Já que nunca queria estar perto de mim e demostrava isso ferozmente quando tentava me aproximar. Sua tia achava que era birra e ciúmes por ter você ter que dividi-la comigo, mas no fundo eu compreendia que mesmo não sabendo o que acontecia ao seu redor e o tendo esquecido o que você é, algo aí dentro te dizia para ficar longe de mim por não ser uma pessoa boa. Bom na verdade não sou uma pessoa como agora pode perceber, já havíamos nos conhecido antes na sua forma de anjo Ari, mas com certeza não ira se lembrar da sua vida como anjo. Então digamos que antes de você ser encarregada a viver entre humanos e que há muitos, milhares de anos atrás eu fazia esse serviço a Jeová. Só que fui tentado pela palavra do meu Senhor de que por que eu não posso me deitar com uma humana e sentir os sentimentos dos humanos? E assim o fiz criando uma nova raça na Terra de Nefilins que foram exterminados por Jeová quando viu o grande erro que cometi ao me deitar com as mulheres e com Lúcifer hoje temos um Inferno que será libertado através de suas mãos. – ele me olhava com expectativa de que entendesse o que estava falando, mas não conseguia compreender o porquê de falar que era um anjo antes. – Você não sabe ainda quem sou eu não é? Como a vida humana te enfraqueceu Ari.

- Porque me chama por um nome que não me pertence mais?

- Existe poder nos nossos nomes e no seu há muito. Sendo o Leão enviado do Céu para ser algo grande e poderoso, mas que perdeu toda a sua magnitude estando em uma família que não te deu o merecido ensinamento. Você se tornou fraca ao perder anos de conhecimento por conto daquele seu pai. – falou com nojo ao pronunciar sobre meu pai. Isso fez meu sangue ferver.