O MEU CORPO COMEÇOU A DESPERTAR E COLOQUEI MEUS PÉS NO CHÃO, SÓ depois de meio segundo lembrei que os havia torcido ontem à noite. Contudo não sentia dor nenhuma. Alaric me falou uma semana na cama, mas como poucos oito horas de sono eu estava novinha em folha. Saltando da cama ate dancei na frente do espelho. Não sentia nada. Me troquei colocando um moletom e uma blusa de manga comprida. Comi só uma maça enquanto ia para academia, poderia ser um sábado nublado o dia estava lindo para mim, estava andando normalmente sem precisar da ajuda de ninguém. Entrei na academia correndo querendo o encontrar. Parei por um segundo quando atravessei a porta de entrada tentando entender meu entusiasmo para vê-lo de novo isso era estranho e logo estava ele na minha frente. Estava carregando alguns colchonetes e luva de boxe as derrubou quando seu olhar caiu sobre o meu.
- Cinderela? Como você esta de pé? Seu tornozelo.
- Ele esta muito bem. – demonstrei fazendo a dancinha que fiz em frente ao espelho. – Graças a sua erva milagrosa.
Estava sorrindo, mas ele não sua expressão era de tudo menos de feliz. Isso me quebrou um pouco.
- Você torceu o. Não era para estar andando hoje. As ervas não tem o efeito disso, quem o fez foi você.
- Talvez a mesma coisa com as doenças aconteça com as fraturas.
Seu rosto estava confuso e o expliquei melhor.
- Desde quando era criança nunca peguei nenhuma dessas doenças, nem uma sequer gripe já peguei na vida. Meus machucados sempre curaram muito rápido era estranho ser assim quando pequena, já que doença era uma ótima desculpa para faltar a escola e eu queria qualquer desculpa para não precisar ir para lá depois do divorcio. – parei de falar para não contar sobre o buraco que existia dentro de mim. – Qualquer coisa que me fere meu corpo se cura rapidamente. Agora isso é bom, porque odiaria depender de alguém para fazer as coisas.
Seu rosto se suavizou um pouco e me disse:
- Vai para casa Princesa e descanse mais.
- Não! Eu não quero voltar para casa quero continuar treinando, eu gosto de estar aqui.
- NÃO! – me interrompeu mais serio ainda.
- Você não é mais meu professor Alaric.
- Will. – chamou o. – Olha essa aluna ontem torceu o tornozelo e hoje já quer voltar às aulas mais não pode, uma complicação pode surgir então ela tem que ir para casa, mas como não sou mais o seu professor você pode, por favor, manda-la para casa.
Assim se foi e o Will começou a passar o mesmo recado que acabara de ouvir. Voltei, mas contrariada não queria ficar em casa, nunca pensei que gostava tanto de lutar, era algo que me dizia que por fim estava viva. Que finalmente estava parando de existir e começado a viver.
✼✼✼✼✼
Enquanto eu fazia o almoço, preparava um risoto de frango, o Alaric entra com suas roupas ainda da academia, sua expressão era de pura raiva.
- Ela esta andando hoje Nathan. Andando. Que ser humano ela pode ser com essa recuperação.
- Talvez não tenha sido tão grave quanto você achou Alaric, você tem que se acostumar que às vezes nós erramos. – disse calmamente
- Você melhor do que eu deve saber disso, já que esta completamente errado em estar acreditando que ela é humana quando não é.
- Quantos demônios você matou esses dias?
Ele parou para pensar e respondi por ele:
- Nenhum, não é?
- NATHAN PARA DE FINGIR QUE VOCÊ VIVE EM UM MUNDO NORMAL E CAI NA REAL. Não é por ser uma coincidência que temos que dar mais valor a ela do que aos fatos reais que temos aqui.
- Que fatos? A que você esta apaixonado pela minha namorada? – o encarei com frieza.
- CHEGA OS DOIS, PELO AMOR DE DEUS!. – Juliette chega na cozinha se senta bancada e pega um pêssego para comer. – Vocês estão discutindo por causa daquilo. Fala serio. Alaric nós estamos muito felizes por estar aqui conosco formando a linda e feliz família que temos.
- Juliette nós não a formamos. – disse Alaric.
- Shiu! Finja por pelo menos alguns minutos ate que minha cabeça pare de doer.
- A festa devia estar boa, ouvi você chegando bem de madrugada.
- Nathan, você já deveria estar acostumado com isso, só que dessa vez peguei um pouquinho pesado com a bebida e estou com uma puta de uma ressaca. Então eu peço para que possamos estar em PAZ. Sem falar da Sem Graça. Porque não vale a pena vocês dois brigarem por causa disso. Nathan o almoço já está pronto? – disse Juliette com os dedos em suas têmporas.
Assenti com a cabeça.
- Ótimo podemos todos almoçar juntos, como em muito e muito tempo atrás.
Assim comemos em boa parte silenciosamente, quem mais falava era a Juliette e a Dora. Eu e o Alaric preferimos só assentir e ficar esperando uma nova oportunidade de colocar as coisas no devido lugar. A Haley era minha e ele não pode fazer nada para que isso mude.
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Abraçada pelas Sombras
ParanormálníHaley é uma garota que agora com seus 18 anos quer rever o pai, que não o vê há 9 longos anos que fizeram a pequena criança emadurecesse cedo demais. Muitas coisas foram escondidas dela e pouco a pouca cai descobrindo que um mundo que pensara nunca...