Abraçada pelas Sombras

Capítulo 16

A noite passada foi uma das piore que já tive. Eram 6 horas da manhã e sabia que tinha de levantar para ir à aula. Fui ao banheiro escovei meus dentes e lavei meu rosto. Trocando meu pijama por uma bata bege e um uma calça preta, peguei minha bolsa e quando vi que tinha chegado uma mensagem do Nathan.

Me perdoe  Hay mas ainda não vou poder voltar para casa. Prometo fazer tudo que você quiser quando eu voltar. Beijos.

Mais um dia, suspirei.

Saindo do meu quarto. Dou de encontro com meu novo “vizinho“. O quarto em frente ao meu foi adquirido por nada menos do que o irritando do Alaric.

- Tá de brincadeira com a minha cara – murmurei.

- Bom dia, Cinderela. – disse com um sorriso de orelha a orelha.

Estava usando uma calça azul escura e nada em cima. Hoje se notava muito melhor seu corpo, que realmente era incrível. Tinha muitas tatuagens e oh não ele tinha o bendito do V. Infernos como ele era muito sexy, Haley para de devaneio e de ficar olhando para esse lugar. Balancei minha cabeça e pelo sorriso dele percebi que tinha reparado o que estava apreciando.

- Tenho algo para você. – disse indo pegar algo em seu quarto, mas o quê?

Voltou com o meu sapato prata que havia perdido ontem.

- Não é a toa que te chamo de Cinderela. É uma pena não ser de cristal.

- E claro que nessa historia você gostaria de ser o príncipe.

- Não, eu não nasci para ser o bonzinho da historia. Que vamos combinar o cara mal é muito mais interessante do que o príncipe encantado. – disse me prendendo na parede. Eu tentei sair, mas seus braços formaram uma barreira.

Estando nessa posição era obrigada a olhar para seus olhos, já que se abaixasse meu olhar iria direto naquele lugar.

- Princesa, será que hoje você vai colaborar comigo?

- Eu não sou nenhuma princesa, então pare de me chamar assim. Não vou colaborar com uma pessoa que aparece do nada dizendo que escondo alguma coisa. E tanto porque se se escondesse não era problema seu.

- É aí que você se engana. Os seus atos geram consequências graves para nós.

- Quem são esses nós?

- Por favor, não se faça de desentendida. Você sabe de quem estou falando.

- É minha vez de dizer que você está enganado. Quem agi misteriosamente aqui é você. Não escondo nada por Deus, para de me perseguir com isso.

Nessa hora começou a ter um ataque de risos e com isso consegui sair de perto dele. Dirigindo-me ao refeitório ouvi o dizer:

- Espero depois você possa me apresentar à cidade.

- Você consegue se virar muito bem sozinho e também não tenho dúvida de que muitas garotas amariam uma proposta dessas, mas eu não sou uma dessas. – disse ainda de costas.

Chegando ao refeitório o aroma de café e bolo de fubá invadiu o local.

-Assim é impossível resistir as suas delicias Cris.

Respondeu-me com um belo sorriso, que sempre fazia quando a elogiava. Tudo estava indo muito bem até que ele apareceu para tomar café e se sentou ao meu lado dizendo:

- Bom dia. – com o mesmo sorriso de antes.

- Uau não sabia que tínhamos hospedes novos. – disse sorrindo encantadoramente para ele, o que me encheu de raiva.