Capítulo 25

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EU SÓ CONSEGUIA PENSAR EM COMO MEU MUNDO DEU TANTAS VOLTAS. AGORA  minhamente conseguia juntar todas as peças do quebra cabeça. Em como eu fui atacada pelo ruivo com olhos de escuridão naquela noite e como nós chegamos à pousada no mesmo dia, isso não podia ser coincidência, ele estava atrás de mim. A mulher da biblioteca falando sobre eu precisar saber as minhas origens, meu Deus como fui burra por não perceber que havia algo importante naquelas palavras. Em como o Alaric dizia que eu escondia algo e em como sempre pensei que eu fosse um livro aberto, oh que ódio dele estar certo. Vendo de novo aquele sorriso cafajeste na minha mente enquanto ele cuspia as palavras que eu não era normal e que os demônios estavam atrás de mim por alguma razão, sendo que eu não sabia o que eu tinha e muito menos o inferno do que eu poderia oferecer aquelas criaturas sombrias. Eu não podia aguentar tudo aquilo, em pensar como todos a minha volta mentiam pra mim. Meu pai, minha mãe, Alaric e... Até a pessoa que eu mais consegui confiar e amar. Nathan. Isso me matava por dentro por eles saberem que eu não era normal e achando que minha vida seria mais fácil sem saber. Comecei a esboçar risos altos com esse pensamento. Em como minha vida tinha se tornado uma merda e quando eu achei que eu estava conseguindo melhorar me soltam essa bomba cheia de confusão. Era muito para aguentar sóbria então peguei um vestido preto no armário e fui direto para o banheiro. Tomei um banho rápido e me vesti. O vestido caiu justo em meu corpo com algumas curvas. Meu cabelo estava encharcado de água, os sequei com a toalha e os penteei com um pente. Peguei um batom vermelho e os passei em meus lábios. Com a minha pele branca o batom se contrastou muito bem em meu rosto. Coloquei meus saltos azuis marinhos e caminhei até a fora da pousada. Quando passei em frente a uma vidraçaria pela primeira vez me vi diferente. Em como eu vestida daquele jeito me deixou me sentindo tão bonita como as pessoas tanto diziam que eu era e que nunca conseguia acreditar. O preto do vestido realçou a cor dos meus olhos que os azuis-verdes e meus cabelos já estavam começando a secar ficando com um tom bagunçado com os cachos nas pontas. Realmente eu estava para arrasar e seria isso que eu faria. Descobrir realmente quem é Haley dentro de mim. Consegui o endereço do bar onde o Alaric dizia que era a única coisa que prestava nessa cidade. Urgh Alaric. Porque diabo pensava tanto naquele cara tão... Insuportável. À noite já estava começando quando entrei no bar, ele realmente era interessante por dentro. Eu nunca tinha havido entrando em um bar antes, mas esse era diferente, pois parecia mais com uma boate com um amplo espaço para as pessoas dançarem. Estava tocando uma música Trash que parecia impossível resistir a dança-la, mas antes de cair na pista de dança fui pegar uma bebida. Um cara careca que aparentava seus 25 anos, com um corpo todo cheio de músculos com uma regata branca onde demonstrava ainda mais o seu corpo totalmente definido, ele tinha um sorriso muito sedutor e eu sabia que a minha aparência o tinha agradado então lhe deu um sorriso revigorante em resposta ao dele enquanto me aproximava mais do balcão onde ele disse:

- O que vai querer gata? – sua voz era tão forte e sedutora. Eu nunca bebi mais do que uma taça de vinho só que nessa noite eu queria poder esquecer-se de tudo.

- Uma tequila, por favor. –disse num tom de voz bem tranquilo. Ele me soltou mais um sorriso e se virou para pegar a bebida, nesse momento eu só conseguia pensar em como eu estava parecendo a Juliette, como ela gostava de dizer que eu não era nada demais, gostaria que ela estivesse aqui hoje para ver que eu já tinha tudo demais. O bartman voltou e se inclinou um pouco pelo balcão e sussurrou em meu ouvido:

- Vai com calma princesa.

 - Eu não sou nenhuma princesa. – disse sussurrando em seu ouvido. E virei o copo de tequila. Que desceu na minha garganta queimando só que aquela sensação era muito boa. Eu pedi mais uma dose. E cada vez que eu virava o copo queria outra. Quando eu tinha chegado à sétima dose o barman disse que eu já tinha bebido muitas tequilas, então mordi meu lábio inferior e me dirigi até a pista. Me sentia tão leve, já começando a me esquecer de todos os problemas. Que eram quais mesmo? Enquanto mexia cada parte do meu corpo vi que minha dança atraiu alguns olhares de homens altos, morenos e fortes. Um deles veio até a minha direção e começou a puxar minha mão para o meio da pista. Onde envolveu sua mão na minha cintura e disse ao pé do meu ouvido:

Abraçada pelas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora