Quanto vale a liberdade? A resposta é: depende. Para ganhá-la vale uma moeda de ouro, mas para perdê-la vale uma moeda de prata. Os mais éticos diriam que é absurdo, que liberdade não tem preço, ou ainda, que liberdade é direito de todos, entretanto, em meio ao caos, para qual umbigo você olharia? Se importaria com a liberdade alheia quando a sua está em xeque? Numa circunstância assim, ligaria para a liberdade de alguém que você não conhece? Frieda Falkenberg descobriu as respostas para essas perguntas bem cedo, ainda criança, ela recebeu violência em vez de amor por parte de seus pais, encarou a morte de frente, viu "morrer" o seu mundo, a menina estava impotente na plateia assistindo seu espírito se quebrar a tal ponto que estava morta demais para dizer que estava viva e viva demais para afirmar que estava morta. Tudo parecia perdido, mas a casualidade nos provém tempos de trevas e dias de paz. Heinrich Falkenberg surgiu como um príncipe em um cavalo branco, disposto a salvar quem já não se interessava por algo como a salvação, veio para mostrar a ela o amor parental e um mundo além do cinza. Como alguém que perdeu tudo, pode ela se reerguer como um pássaro cujas asas foram curadas? Pode Frieda encontrar a felicidade e a verdadeira liberdade em um mundo tomado por misteriosas criaturas que ameaçam a existência humana? Pode uma criança santa, outrora rejeitada por não ter poder, se tornar o pilar da sobrevivência da humanidade? O tempo dirá, porém nos resta a certeza de que quando um pássaro aprende a voar nem mesmo uma forte ventania o fará tremer. Dizem que o sobrenatural só é belo nos contos de fadas, mas uma ventania como essa não fará Frieda, o falcão peregrino, temer. Capa by @Oprazeretodomeu
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