ᴅᴄ ᴄᴏᴍɪᴄs || ɪᴍᴀɢɪɴᴇs [ʀᴇᴠɪsᴀ̃ᴏ ʟᴇɴᴛᴀ]

🗡 [s/ɴ], ᴅᴀᴍɪᴀɴ | ᴄᴏɴᴛʀᴀ ᴍᴇᴛᴀᴅᴇ

[s/ɴ] — ᴍᴀʟᴇ [♂️];

ᴘs.

 ᴀ ʟᴜᴀ ɪʟᴜᴍɪɴᴀᴠᴀ ᴏ ᴄᴇ́ᴜ ɴᴏᴛᴜʀɴᴏ — ᴇᴍ ᴍᴇɪᴏ ᴀ ɴᴀᴛᴜʀᴇᴢᴀ — ᴛʀᴀᴢᴇɴᴅᴏ ᴀ ɢʀᴀɴᴅɪᴏsᴀ ᴠɪsᴀ̃ᴏ ǫᴜᴇ sᴇᴍᴘʀᴇ ᴀᴍᴏᴜ. Nada se comparava a magia que aquele satélite emanava. Mesmo que não fosse seu tipo de encantamento totalmente, amava sentir o poder. Amava admira-la.

 Em meio ao céu estrelado, com sua coloração hipnotizante e dançante, você sentiu a presença tão conhecida perto. Ele estava vindo em sua direção, mas seus olhos não puderam parar de encarar a magnífica visão acima. Era como se as cores e as estrelas cantassem sua própria canção.

 Damian sempre trouxe uma magia única junto a sua presença. Era como ver o fogo queimando de sua alma, em seus olhos. Sua determinação, um espírito que alcançaria o céu e se tornaria eterno. Todos podiam sentir que ele era especial, que iria longe — mas você sempre soube disso, antes de todos.

 Talvez fosse algo herdado de família.

 Mesmo sabendo o que ele tinha feito, não podia odiá-lo. Sequer lhe passou tal pensamento. Nunca deixaria de admirar seu irmão mais velho. Sua outra parte.

 Ele saiu da sombra da árvore e você pôde ver sua mudança. Um de seus olhos, antes esmeralda, se tornou escarlate. De suas bochechas a orelhas — que se tornaram ainda mais pontiagudas —  havia novas marcas. Novos desenhos e padrões.

 O olhar desafiador e intimidador que seu irmão já possuía, se tornou ainda mais poderoso. Mais perigoso e assassino. Mas ele estava lá. Seu irmão, e seu amor — como suspeitava — não havia mudado. Nem uma gota.

 Não importava o que diziam. Não importava os avisos. Nem o que seu pai ou irmãos falariam. Tanto você quanto Dick ainda veria somente Damian ali e nada mais — mesmo que sua aura tivesse mudado totalmente. Que sua magia tivesse tocado o poço sombrio do poder.

 O garoto imaculado Damian Wayne havia partido. Agora, algo novo tinha nascido.

— Eu gostava mais do seu visual antigo — disse, retribuindo o forte olhar.

— Esse se adequa a minha nova fase — sua voz saiu firme. Aquela mesma voz de seu irmão sempre teve.

— Ainda a tem? — ergueu seu pulso, deixando Damian ver a marca que vocês compartilhavam.

— Sim — também erguendo seu pulso, mostrou que não havia renunciado a seus sentimentos.

 No seu pulso, uma lua. No dele, um sol. Para lembrar que sempre um teria o outro — como uma promessa. Marcas feitas da mais pura magia: o amor.

 Nada havia mudado. O ar continuava confiável. As memórias jamais seriam perdidas.

 Os momentos em que assistiram o pôr ou nascer do sol juntos. Os treinos que enfrentaram com Talia. As primeiras magias, as primeiras dores. Um sempre ao lado do outro, nos melhores e piores momentos, sempre suportando junto.