[s/ɴ] — ғᴇᴍ (♀️);
ᴘs.
ᴏ sᴏʟ ᴅᴏ ᴘᴀɪ́s ᴛʀᴏᴘɪᴄᴀʟ ʙᴀᴛɪᴀ ᴇᴍ sᴜᴀ ᴘᴇʟᴇ, ʙʀᴏɴᴢᴇᴀᴅᴀ, ᴍᴀs ɴᴀ̃ᴏ ᴄᴏᴍ sᴜᴀ ғᴏʀᴄ̧ᴀ ᴛᴏᴛᴀʟ.
O famoso calor do meio dia já havia deixado e marcado seu corpo, mas você não tinha saído da areia. Não havia forças ou vilões que te tirariam de lá.
Parecia um sonho, todo aquele lugar, aquela emoção.
Não havia nada como a sensação da areia nos seus pés, o vento em seu rosto e o aroma que todo o lugar trazia, invadindo suas narinas e agraciando seu cérebro com dopamina. Aquela paz silenciosa. Lar doce lar.
O óculos escuro repousava em seu rosto, apesar do sol enfraquecido. O acessório completava seu visual, enquanto você contemplava a vista do horizonte, do mar, indo e voltando, dançando em meio ao silêncio do vento, com seu corpo deitado na grande cadeira confortável.
Você tirou um dos seus pés para o móvel, mas não teve a coragem de deixar de sentir a areia entre seus dedos, quando os mexia.
Era tãoo bom. Não imaginava que poderia se sentir tão bem, estando de volta ao seu país natal. Talvez a Liga estivesse puxando demais da sua rotina.
A agitação das grandes cidades norte-americanas quase te fizeram esquecer a sensação única que era pertencer ao Brasil. A culinária, a cultura, a história — mesmo com todos os seus baixos e altos —, o carisma da população.
Esquecer os tesouros escondidos, que muitos passavam a vida toda sem contemplar.
A paz, que só as praias brasileiras podiam proporcionar. A música tocando em algum lugar perto. Aquele ritmo e batida que sua mente dançava, reconhecendo tão bem. Alguns garotos batendo bola, denunciando que sim, você estava em casa.
Não havia males ou discussões quando aquelas músicas tocassem. Todos se reuniriam, e com passos não ensaiados nos pés, sentiriam a mesma boa sensação. Sem tempo e espaço para sentimentos ruins, como se fosse obrigados a sentir todo o amor e dedicação do compositor.
As memórias, que voltavam ao som. Sua nacionalidade querendo te fazer levantar e dançar ao som da música popular brasileira — mesmo que não tivesse coreografia. Apesar de todas as coisas ruins — que todos os países tinham —, você se sentia tão acolhida em casa. Havia algo mágico em estar de volta.
Ou talvez essa mágica estivesse mais forte, por culpa do perfume de sua amada. Ah, aquela fragrância que só Beatriz tinha. Que só sua presença trazia.
Seu corpo reconheceria e sentiria bem — e arrepios percorriam todo seu ser, só de imaginar ela ao seu lado. Era as borboletas que denunciavam que estava apaixonada.
E lá estava sua garota em chamas. Sentando ao seu lado, passando seus braços sedosos ao redor de seu pescoço, encostando o corpo ao seu, vestindo o mais belo de todos os seus acessórios, mais brilhante que qualquer jóia: aquele sorriso brasileiro que você caiu por amores, sem teimar.
Talvez Garota de Ipanema estivesse causando efeitos estranhos em seu corpo — ou talvez fosse o amor Eros. O amor Filos. E o amor Ágape.
Talvez, não houvesse amores suficientes para descrever sua amada.
A filosofia falhou com você, pois nenhuma dessas definições era bastante para definir a imensidão do sentimento que você sentia por Beatriz. Talvez, ela fosse a melhor melodia. A melhor canção que você decorou todas as notas e tons. Todas as escalas, todas as linhas. A canção que todos se encantariam em ouvir.
Talvez, Jovim tinha feito Garota de Ipanema pensando em uma garota como a sua.
Talvez, se ele soubesse, criaria mais cinco álbuns. Se ele soubesse dela, cantaria para tudo e todos, como você faria.
Ah, se ela soubesse que quando ela passa — com aqueles olhos que fisgavam os seus —, seu mundo inteiro se enche de graça, por causa de seu efeito, se tornando mais lindo e intenso por causa desse amor.
ᴘs.
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ᴅᴄ ᴄᴏᴍɪᴄs || ɪᴍᴀɢɪɴᴇs [ʀᴇᴠɪsᴀ̃ᴏ ʟᴇɴᴛᴀ]
Фанфик🌿 sᴏ́ ʟᴇɪᴀ ᴇssᴇ ʟɪᴠʀᴏ sᴇ ᴇsᴛɪᴠᴇʀ ɴᴏ ᴡᴀᴛᴛᴘᴀᴅ 🌻 ▪︎ ɪᴍᴀɢɪɴᴇs ᴅᴇ ᴍɪɴʜᴀ ᴀᴜᴛᴏʀɪᴀ, onde haverá estórias em que [s/ɴ] terá o sexo feminino e outros terá sexo masculino; e ainda outros onde o sexo será indefinido. ▪︎ personagens de todo o universo ᴅᴄ;...