ᴅᴄ ᴄᴏᴍɪᴄs || ɪᴍᴀɢɪɴᴇs [ʀᴇᴠɪsᴀ̃ᴏ ʟᴇɴᴛᴀ]

🤸🏻‍♂️ ᴅɪᴄᴋ ɢʀᴀʏsᴏɴ | ᴀᴛᴇ́ ǫᴜᴇ sᴇᴜ ᴇɢᴏɪ́sᴍᴏ ɴᴏs sᴇᴘᴀʀᴇ

[s/ɴ] — ɢᴇ̂ɴᴇʀᴏ ɪɴᴅᴇғɪɴɪᴅᴏ;

 ɴɪɴɢᴜᴇ́ᴍ ɴᴜɴᴄᴀ ɪʀɪᴀ sᴀʙᴇʀ. Não, ninguém se importaria. Não é?. Você era só o amigx, o que sempre estava na sombra dele. Não é? Por que você ainda se importava? Por que ainda continuava em insistir nele?

 Por que o amava? Era um perguntava que sempre voltava a assombrar sua mente. Assim como a imagem dele sorrindo. Assim como seu corpo, sua pele e sua boca, causando arrepios lhe tocando.

 Você era uma das melhores amizades de Dick Grayson possuia. Não era anormal serem vistos colados um no outro. Todos desconfiavam que havia algo a mais. E, por um lado, estavam certos. Ou meio certos.

 Seus olhos não escondiam o desejo por ele. E aquelas irís cristalinas sabiam disso. Sabiam pela forma que te encaravam de volta. Dick era tão estúpido que sabia e brincava sobre isso. Mas você não. Seus sentimentos não eram brincadeira.

 Era algo bem claro, mesmo que vocês nunca tivessem pronunciado uma palavra sobre isso. Era algo de loucos. Era como uma bomba em contagem regressiva para explodir.

 Grayson nunca demonstrava pensar em algo real com você assim. Pelo menos, não sóbrio. E isso era algo perigosamente viciante. Como se toda vez que sua boca encontrasse a dele, sangue molhava e caia de seus lábios, mas não sentia a dor, até que ele se afastava e só restasse você e a sensação dolorida, junto a um vazio.

 De dia, ele era o galinha que todos conheciam. De noite, estava em cima de você, sua boca reivindicando a sua, torturando em poucos toques.  De noite, ele demonstrava querer você loucamente.

 E você se rendia a isso. Deixava que explorasse cada parte da sua pele, se rendia as sensações. Até que não tinha mais graça. Não havia mais sentido.

 Era errado, porque ele estava bêbado — ou parecia assim — e não consegui dizer nada a língua dele. Sempre que Dick tinha algum problema, era você que ouvia, que estava ao lado. Mas cada vez mais ele queria se aliviar na sua cama, mas nunca comentando sobre o que acontecia no dia seguinte; e isso estava lhe deixando doidx.

 Lhe deixava confusx, depois deixava uma sensação ruim, enjoativa; e no estágio final, lhe irritava. Raiva, era o que sentia.

 Então, lá estava Richard, apaixonado por uma garota. Parecia perdidamente apaixonado. Mas também parecia perdido nas ondas do seu corpo quando a lua estivesse no céu, então aquilo também deveria ser falso. E você quase não o enxergava quando ele dizia que estava louco por ela. 

 Soava totalmente falso, mais falso que a utópica meritocracia. Mas ele parecia acreditar na própria mentira.

 E então — bum — ele estava namorando. Okay, sem mais toques, você pensou.

 Mas não, não foi isso que aconteceu. Por um momento, realmente acreditou que tudo tinha acabado. Que essa brincadeira de criança encontrou seu fim. Mas não. Algo assim, em uma amizade que um dia foi tão forte, seria realmente deixado para trás como cinzas ao vento?

 Uma noite — mais uma noite —, ele veio parar na sua porta. Havia brigado com a então namorada — em menos de dois meses de relacionamento. E estava com uma garrafa de bebida na mão, um sorriso fodido no rosto. Então Dick se aproximou — perigosamente — de você, com os olhos vermelhos.

— Grayson, não... — ele não ouviu e quebrou a distância e iniciou o contato entre vocês. Um beijo tão doloroso e afetivo. E novamente sua boca estava sangrando, de gosto inicialmente doce, que escondia o amargo metálico.

 Por mais que seu lado racional encontrou um consenso, seu corpo ainda tinha uma memória ativa. Se lembrava bem que, querendo ou não, ele tinha experiência. Talvez fosse a única coisa que ele tinha. O toque era entre vocês ainda era necessário. Isso não seria paixão? Ou só o resto pútrido de algo platónico e sem valor? 

 Vocês não deveriam estar apaixonados um pelo outro? Não era isso que tudo isso significava no fundo?

 Ou não. Ou ele só estava bêbado e com libido maior. Por que se ele realmente o/a quisesse assim, não teria essa problemática. Se realmente houvesse algo em seu coração, ele não iria tão fácil, como vinha.

 Ele não estaria namorando. Não estaria aqui só quando álcool estivesse no seu organismo. Vocês falariam sobre isso. Nem que fosse a porra de uma amizade colorida.

 Ou... na pior das hipóteses, por baixo daquela máscara sorridente dele, estaria alguém que só estava brincando com sentimentos alheios. Que fosse ralo, fútil e desprezível; ou de coração quebrado.

 Porque, se ele se importava tanto como dizia, se ele tivesse o pingo de consideração somente por sua amizade, por que no dia seguinte Dick lançaria um olhar cúmplice enquanto segurava sua namorada na cintura depois de um beijo apaixonado? O mesmo beijo que ele parecia lhe dar?

 Você — por acaso — era o/a amigx de alívio noturno dele? Ele era tão frustrado com a vida assim?

 Ele não via o olhar frio que você o mandava quando ele passava por você exibindo a namorada? Não via que vocês já haviam acabado? Ele sabia que aquela foi a última noite? Teria feito diferente? 

 Não importava mais.

ᴇssᴇ ғᴏɪ ᴇ ʀᴀ́ᴘɪᴅᴏ, ᴍᴀs ᴇsᴘᴇʀᴏ ǫᴜᴇ ᴀᴘʀᴏᴠᴇɪᴛᴇᴍ ᴍᴇsᴍᴏ ᴀssɪᴍ 🌼♥️