ᴅᴄ ᴄᴏᴍɪᴄs || ɪᴍᴀɢɪɴᴇs [ʀᴇᴠɪsᴀ̃ᴏ ʟᴇɴᴛᴀ]

🏮 ᴊᴀsᴏɴ ᴛᴏᴅᴅ | ᴀs ғʟᴏʀᴇs ǫᴜᴇ ᴇsǫᴜᴇᴄɪ [ ɪɪɪ ]

[s/ɴ] — ғᴇᴍ (♀️);

ᴘs.

— Você ainda não está vomitando flores — a pior parte de toda aquela conversa era encarar os cristais azuis de Bruce e saber que não estava zangado. Não estava incomodado por toda a problemática do assunto. Era sentir que aqueles olhos sabiam exatamente o que Jason estava passando — Talvez... seja melhor que você se afaste da Justiça Jovem.

Os olhos do Robin se arregalaram em espanto.

— O quê?! Nem ferrando! Sabe o que isso vai significar para mim?! — toda a humilhação que seu estúpido órgão estava lhe causando só fazia o pobre garoto querer arranca-lo mais brutalmente, enquanto tentava controlar seus olhos para impedir de derramarem.

— Eu sei, Jason — a voz de Bruce aumentou, mas estava claramente contendo raiva. Suas mãos apertadas uma contra a outra o denunciava, junto a seu olhar afiado — Você não vai se afastar totalmente e nem de uma vez. Aos poucos. Se me demonstrar que isso está no seu controle, eu não irei proibi-lo de permanecer com eles. Mas caso não, você sairá da Justiça Jovem — não era uma condição, não era uma ordem. Era uma fato.

Ele não tinha para onde correr. Seu coração batia dolorosamente em seu peito, ao ponto que sua alma sofria.

Eu não quero perder minha vida por causa de outra pessoa.

Sua frase o atingia, mais que fazendo sentido; revelando sua realidade.

Era ridículo. Como algo tão bobo podia ser tão mortal. Tão arriscado.

Tão melancólico.

Jason olhou o livro ao lado do morcego e pensou em como não valeu de nada aquelas palavras. Palavras como uma víbora, mentirosas, peçonhentas.

Não pela dor. Mas pela alegria. Não era um amor intenso que Jason sentia, como os que lia — um amor como dois lados da espada; um que valia lutar e um que faria sofrer. Era somente um amor maligno. Um sentimento solitário.

Onde estaria o livro que descreveria o que o garoto estava sentindo? Onde estaria o livro que ninguém iria querer ler?

Mais do que tudo, Todd queria agora ser forte. Demonstrar que era forte o suficiente para lidar com aquilo, para que seu mentor visse. Por isso não se permitiu chorar. Não permitiu apostar suas dores em frente a Bruce. Talvez o Batman o tirasse o manto.

Por ser tolo. Por ser despreparado.

Mas Jason Peter Todd não sabia de muitas coisas. Várias delas passariam despercebidas por sua vida. Coisas que valiam a pena saber.

Como aquele amontoados de páginas, perto de Bruce.

O Robin encontraria o livro que buscava no terceiro daquela trilogia, sendo o primeiro escrito por uma mulher de letra delicada, mas ansiosa, que escreverá até metade do segundo livro, tendo continuidade pela caligrafia caprichosa de um homem — manchada com o que parecia lágrimas em algumas páginas — que contava o resto da estória. Era, de fato, confuso saber do que se tratava.