• Capitulo seis •

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021 Rj
Presídio feminino
01:40 a.m.

Tento me movimentar naquela cama minúscula, só agem na covardia nesse caralho, tô toda dolorida e pra variar me jogaram em um quarto horrendo e sem nenhum tipo de higiene.

Po mano me bateram me cortaram, tentando arrancar qualquer coisa de mim, ficaram cada vez mais irritados já que eu não falava nada, desmaiei duas vezes, na primeira jogaram água em mim, na segunda eu acordei na solitária.

O ódio que eu tô, o gosto de vingança, principalmente daquele tenente nojento, se eu não me engano é tenente Augusto, o filha da puta tá marcado.

Deixa só ele acha que vai sair em pune.

Tento me sentar na cama mais uma vez sentindo dores em partes do corpo que eu nem sabia que existia.

Consigo me sentar e encosto as costas na parede encarando o cubículo do quarto a minha frente. Vejo a porta se abrir e o Bigodudo entrar me encarando, ele fecha a porta e caminha até mim com um celular tijolão.

Chamada📲

Princesa? - Era a pequena.

Solta o verbo.

Seguinte, quero que tu me fale tudo que rolou contigo lá dentro, sem omitir nada detalhe por detalhe, fala por fala tudo que fizeram com você lá dentro.

-comecei a contar tudo que rolou-

Seguinte, três dias pra eles tirarem você daí de dentro, quero que tu procure uma tal de gasolina, e fica na cola dela tá me entendendo?

Tô po

Não sai da cola dela pra nada, vou invadir essa porra e esculachar esse tenente pra mídia, quero só ver qual é a deles agora, fé aí princesa e não esquece do que eu te falei.

Pode pá, fé.

Chamada📱

— Me chama de MT, Lili vai cantar princesa — diz o Bigodudo e ia saindo, dou um sorriso de lado que estranho.

— Espera! — grito e ele volta me encarando — Você é realmente um delegado? — ele dá uma risada nasal mostrando os dentes e se aproxima, tirando o bigode falso — Sério isso? Eu gostava tanto do seu bigode — ele ri negando e se afasta.

— Não eu nunca fui delegado, tava aqui fazendo um trabalho pra pequena, já era pra mim ter sumido a bastante tempo, só que aí tu entrou e eu precisei ficar mais um pouco — Assinto, e ele sai da sala me deixando sozinha nesse lugar.

Então esse cara tava o tempo todo do meu lado, que engraçado eu a todo momento queria enfiar ele em uma trituradora, me deito na cama com dificuldade e encaro o teto.

Lili vai cantar caralho, quero só ver quem vai me impedir nesse caralho. Me viro na cama encarando a parede, a sala era totalmente apertada, tinha uma cama de solteiro uma pia e um vaso, não tinha mais nada, nem grades era parede mermo, até a porta era ferro puro.

Acabo caindo no sono, sem poder me movimentar já que eu tava toda machucada, nesse lugar você só tem a iluminação da lâmpada, da nem pra saber se é dia ou noite, Bagulho doidão, se tu não tiver cuidado tu acaba enlouquecendo.

°°°°

Acordo com um barulho era aporta se abrindo e entrando dois verme na sala, me algemaram e me levaram de volta pra cela, ainda tava toda dolorida mais já tinha passado um pouco mais a dor, eu dormi tanto que agora parece que tô ligada no 220.

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora