• Capitulo dois •

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- Ninguém vai pra casa não, certo - disse me encarando e eu respiro fundo - se você não vai Marcela, melhor ainda, fica aí fé pra tu - disse subindo na moto enquanto a Marcela o encara feio, bem feito, sei nem como essa mulher tá em cargo de fiel, porque fiel não tem nada, e o Rd tá por fora também não, todo fim de semana é uma orgia diferente, papo reto, da nojo.

Ligo minha moto seguindo ele pra fora do morro, faço a minina ideia da onde esse povo tá indo, só queria tá na Ju uma hora dessa, jogada no sofá com o zíper do short aberto por ter me intupido de coxinha daquela veia, aí a mulher manda bem na cozinha, diferente de mim que consigo queimar um miojo.

Passamos pela entrada e ele segue pela pista, foi mais ou menos duas horas na estrada até que chegamos em uma chácara, pequena no meio do nada, acho que a essa altura já não estávamos mais no rio. Minha bunda tá quadrada e eu não sinto as minhas pernas, o bendita hora que eu fui escolher entrar pra essa bosta.

Desci da moto exausta, e fico parada esperando o RD sair do carro, essa é a pior parte de ficar na contenção, você ter que seguir cada passo do patrão, não importa o lugar, se ele for pra dentro de uma fornalha você tem que ir junto. Se ele se jogar da ponte tu vai também, óbvio que eu não iria, minha missão é proteger ele, e não me matar, mais os outros vapores não pensam assim.

Ele sai do carro e assim que a gente ia entrar na chácara ele para fazendo a gente parar logo em seguida.

- Vou ficar aqui durante três dias, vocês vão revesar pa cada um ficar um turno - ele diz para todos mais seu olhar para em mim - Magrão e Menor vocês ficam durante a noite, Princesa e Vini vocês durante o dia, peguem suas coisas e subam tem dois quartos lá em cima pra vocês - assentimos e entramos na casa, pelo menos essa ato de boa fé esse sem futuro fez, não vejo a hora de cair na cama.

Por fora parecia ser tão simples e velha, mais por dentro estava digna de uma verdadeira casa de férias, respiro fundo lembrando que não trouxe absolutamente nada, pois não sabia que teria que passar a noite, muito menos passar três noites.

Vou até o quarto onde o Vini tá e entro no mesmo encontrando o louco sem camisa. Vini apesar da idade e novo nesses bagulho tudo, é melhor amigo do Leo e vive lá na pensão da Ju, óbvio que já se pegamos algumas vezes mais são raras, acho que entre a gente é só amizade mesmo

- Cadê a porra da educação em? - Ele fala se jogando na cama, ele tem o mesmo temperamento que eu, e as vezes até a mesma ideia, trabalharmos juntos e a melhor coisa que já se viu, parece que lemos os pensamentos um do outro, por isso o Rd sempre nos coloca juntos, porém esse bagulho de relacionamento não dá certo, se eu surto ele surta também e aí já viu né? Guerra fria EUA VS Rússia.

- Deixei em casa - me jogo do lado dele - tu sabia que a gente ia ficar três dias? - pergunto e ele assente - e porque não me avisou porra? - pergunto e ele olha pra minha cara e ri.

- Princesa, o morro tá cheio de X9, patrão teve que sair porque se não ia da merda pra ele, tu acha o que? Que ele só ia ficar umas horinhas? - pergunta e eu me levanto da cama bufando - pega uma camisa minha aí na mochila, e o leozin tá vindo pra cá amanhã pede ele pra passar na tua goma e pegar teus pedaço de pano - diz com deboche e eu mostro o dedo do meio pra ele - i ala vai nessa, que não te empresto mais minha camisa - reviro os olhos e pego a camisa mais bonita dele que tinha na bolsa.

Uma da Nike preta, com o sinal enorme na frente.

- A não princesa essa daí não - disse se levantando pra vir até mim, mais eu saio correndo e vou pro meu quarto - tu me paga sua filha da puta.

- Também te amo - digo dando uma risada alta e indo até o banheiro tomar um banho, assim que termino me jogo na cama e mando mensagem pro Léo trazer roupa pra mim amanhã.

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora