Maratona
02/05Princesa
—Você gosta desse RD não é? — Mariana me pergunta, encaro ela é levo uma colher da sopa até minha boca.
— Tô tentando entender — Ela me encara.
— O que?
— Quando isso começou a ser da sua conta porra, eu ein — Ela revira os olhos e eu fecho a cara — Revira o olho aí de novo pa tu vê.
— Você é muito mau humorada parece... — Ela fica quieta e eu fecho a cara.
— Parece quem Mariana? — Ela balança a cabeça em negação e eu termino de tomar minha sopa.
Eu ein garota doida.
O médico entra pela porta e eu dou um sorriso de lado.
— Vivian?
— Euzinha — Ele me olha e ri, se aproxima olhando alguns papéis que estavam na mão dele.
— Bom seu tempinho aqui no meridional vai ser curto — Ele diz e eu faço uma careta.
— Mais me falaram que eu ficar uma semana aqui ainda, comendo essa sopa sem gosto — Respiro fundo — Vontade de comer um podrão — Escuto o médico rir — Da risada não tô salivando aqui — Digo e ele se aproxima.
— Podrão por agora não pode, vou pedir para evitar coisas gordurosas — Ela diz — Bom uma vaga foi aberta no postinho do vidigal sua família pediu para envia-lá para lá — Assinto é ele da um sorriso saindo do quarto e eu passo as mãos sobre a cabeça respirando fundo.
— Família? — Mariana fala depois de um tempo, parece que tirou o dia pra me tirar do serio puta que pariu.
— Sim minha família, pessoas que estavam do meu lado quando eu mais precisei — Digo já nervosa — Leozin, silas, vini, Evilyn e Juliana — Digo e me sento na cama sentindo meu peito doer, odeio isso — Talvez quem sabe RD é pequena.
— Olha Princesa, eu só queria conversar calmamente com você, sem que você grite comigo ou aja com ignorância — Olho pra ela com deboche — e sem deboche por favor.
— Então fala po, fala aí o que tu que falar, manda logo o papo, aproveita que eu tô largada nessa cama, e fala tudo que tá entalado aí na tua garganta que eu sei que tem mais coisa, eu sei que não tem irmão doente caralho nenhum, e também sei que teu pai é envolvido, só não sei em que facção mais sei que é — Ela arregala os olhos.
— Princesa — Encaro ela cruzando os braços, e a porta se abre bruscamente, revelando um cara alto tatuado com uma blusa preta e a calça no mesmo tom, ele me encara por uns segundo, longos segundos pra falar a verdade, Mariana arregala os olhos e ele se aproxima.
E tenta encostar em mim mais eu bato na mão dele.
— Tá ficando DOIDO — grito a última palavra e ele ri.
Cara estranho completamente maluco: Gente, você é esquentada né?
— Mariana quem é esse cara? Tira ele daqui — Ela fica quieta e encara o cara que olha pra ela — Chega eu vou ligar pro RD — O cara toma o celular da minha mão — Mariana eu juro que se isso for trairagem sua e desse cara doido aí, eu mando vocês irem visitar o Lúcifer LITERALMENTE MARIANA — Ela respira fundo e se levanta.
Cara estranho completamente maluco: Faz tempo que eu não falo com o Lúcifer - ele ri e aquilo começa a me assustar ele conhece os participantes do CV, e porque que a Mariana não tá fazendo nada.
— Vivian — Ela se pronúncia e eu Encaro ela.
— Vivian e o caralho, quem é esse senhor de quarenta anos ai, e porque tu não tá fazendo nada, aí meu Deus minha pressão tá caindo Mariana — Me sento na cama e os dois se aproximam — Se afasta os dois — Coloco a mão na testa e a porta se abre revelando o médico outra vez — Pelo amor de Deus doutor tira esses dois daqui que eu tô passando mal — O médico me encara e encara os dois.
— Vou pedir pra se retirarem por favor — Mariana me encara e eu faço uma careta e ela sai da sala junto com o outro lá — O que aconteceu aqui?
— E o que eu quero saber, tem um celular aí? — Ele assente batendo as mãos no bolso do jaleco e me entrega.
Disco o número do Leo que não atende do vini, e por fim do silas que atende.
Silas: Manda po?
Manda po, vou mandar o po mermo na tua cara.
Silas: I ala qual foi, e a Princesa?
E tu tava achando que era quem Silas?
Silas: que que tu quer?
Só vem pra porcaria do hospital o mais rápido que tu puder, acho que a Mariana tá de trairagem.
Silas: Jae vou acionar o patrão, fé ai
Anda logo, fé
Entrego o celular pro médico que me olha estranho.
— Que foi?
— É que você não parece ser envolvida com essas coisas — Dou uma risada de lado.
— Essa é a intenção né doutor.
— Entrou nessa porque Princesa — Encaro ele por um tempo tá querendo saber de mais.
— Necessidades, todo mundo passa — ele não diz nada e eu agradeço por isso, fico por um tempo fitando minhas unhas e escuto ele sorrir.
— É a primeira vez que leva um tiro? — Encaro ele com deboche.
— Pode ter certeza que não — Ele ri, depois faz uma careta.
— Sabe o que eu nunca entendi — Encaro ele que me olha de volta — Até entendo o país de merda que a gente vive, mais tipo vocês entram no crime, depois de um tempo que já tem uma grana suficiente porque não deixa de lado? — Dou um sorriso de lado.
— Já assistiu homem aranha Doutor? — Ele assente — Um dos filmes dele onde uma gosma preta alienígena se apropria dele? Se tornando uma roupa preta? — Ele assente outra vez — Lembra que foi difícil pra ele se livrar dela? — Ele assente mais uma vez.
— Mais o que isso tem haver com o crime? — Dou uma risada nasal.
— Imagine que o crime é essa gosma alienígena, ou Venom como eles chamam, pensa que uma criança passa por necessidades, e precisa de alguma forma um meio de renda, o caminho que deveria ser o mais fácil que é o estudo, ao longo dos anos fica cada vez mais difícil, ou por ser em um lugar aonde a educação não é bem valorizada ou as vezes até mesmo pelo preconceito — Ele fica quieto e eu me sento na cama — Quando um jovem ou um adolescente escolhe esse caminho, e como se eles estivessem vestindo o Venom ou a gosma alienígena, e com o passar dos dias ela vai se colando ao corpo, e ao contrário do homem aranha, a gente não consegue tirar, não dá pra tirar, vai ficar ali pra sempre marcando o seu corpo e mostrando quem você verdadeiramente se tornou, você tem a escolha de entrar pro crime doutor, mais você não tem a escolha de sair dele.
*Não esqueça do seu Fav e do seu comentário.
Desculpem a demora estou sem celular, vou tentar atualizar mais escrever por notebook e muito ruim.
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Envolvida (EM REVISÃO)
Teen Fiction📍𝑭𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂 𝒅𝒐 𝑽𝒊𝒅𝒊𝒈𝒂𝒍 - 𝑹𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑱𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒐 Porque ela aprendeu com a vida que ser feliz é mais fácil, então ela não dá voz ao choro e aos maus pensamentos. Desobedece a tristeza dez vezes ao dia. E não pensa duas vezes antes de...