• Capítulo Dezoito •

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Meu celular começou a tocar descontroladamente e eu me levantei atendendo o mesmo, enquanto todos na sala me encaravam.

Ligação📲

Princesa, e o seguinte, meu irmão tá aí?

Tá, ele tá aqui sim porque?

Fala pra ele segurar esse mete fundo aí, esse filha da puta, as paranoia da Baronesa tava certinha, esse filha da puta não presta -Ela para de falar por um tempo e eu escuto outra pessoa falando com ela- fala pra ele fazer nada com esse embuste aí não, baronesa falou que esse é dela.

Okay, e a outra que eu mandei tu pesquisar?

Tu vai ter que trazer eles pro rio.

QUE, COMO ASSIM PORRA?

Olha lá em princesa, olho o tom de voz caralho, se tu quiser essa mina aí que tá contigo é o pai dela vivo tu vai ter que trazer eles pro rio.

Me explica essa história direito pow

A mina que tu me falou aí, vem de uma família direita, segundo meus informantes lá de brasilandia, o pai dela é pedreiro e tava fazendo uns bico de encanador e eletricista, mais descobriram que ele tinha alguma coisa com o FPD e meteram a porrada no cara, soltaram porque viram que ele nunca teve contado, mais tá ligado que assim que essa mina voltar, e eles descobrirem que ela foi atrás de tu, o Bagulho não vai ficar muito bonito de se ver pro lado deles não.

Jae

Se tu precisar arrumo um barraco aí no morro mermo pá tu, mais é aquilo né? Vou precisar de uns favores seus.

Pode pá, pequena depois eu resolvo isso contigo.

Jae vou ver com meu irmão um barraco com três quarto pra tu, fé aí po

Ligação📱

 —  É aí po? — RD pergunta, encaro ele, e o mete fundo que olhava alguma coisa no celular, apontei pro mesmo e sem sair nenhum som eu falei "X9", Mariana arregalou os olhos e RD fechou os punhos acertando um murro no infeliz lá que quase caiu da beirada do sofá.

Ele fechou a cara e encarou o RD.

 Colfoi chefe essa porra tá errada aí em, porra mane fiz nada — Passava a mão no rosto.

— Baronesa disse que é dela — RD suspira fundo e se levanta falando baixo no rádio, nem entendo, mais depois de uns segundo dois vapores entram na sala carregando o outro lá, e eu encaro a Mariana — Liga pa tua mãe, e fala pra ela arrumar as coisas dela e do seu irmão junto com a dos seus pais, eles vão ter que vir pro Rio — Mariana arregala os olhos, e eu dou as costas indo pra cozinha.

— Que, tem como isso não, tem a minha faculdade as coisas do meu irmão, a fisioterapia da minha mãe — Viro seria encarando ela. A verdade e que essa garota já está me tirando do serio, eu nem sei porque estou fazendo tanto esforço por ela é pela família quando na verdade nenhum deles moveu um palito por mim.

— Então decide porra, fica lá e morre ou vem pra cá é sei lá, vocês ficam vivos por mais tempo — caminho até o quarto e bato a porta forte e me sento na cama respirando fundo.

Começo a tirar minha roupa pra poder tomar banho mais nem dá tempo só escuto o barulho dos fogos e meu rádio apitando.

Bufo e coloco a blusa de novo, recarrego a glock e pego o fuzil de baixo da cama, saio do quarto e vejo a Mariana desesperada na sala.

— Vai pro quarto e abaixa lá, tá me ouvindo? — Ela me olha toda seria, e eu respiro fundo e Puxo o rádio — quem tá invadindo nessa porra?

Silas: Milicia, princesa cadê tu porra tá complicado aqui...

 Tô indo caralho — Encaro a Mariana, milícia tá atrás de mim certeza, puxo ela pelo braço e saio na rua com ela atrás de mim — relaxa e fica atrás de mim, minha casa tá marcada posso deixar ninguém lá não, porque se eles entrarem eles bate sem dó — nem fiz questão de escutar o que ela respondeu.

Desci os beco, os tiros já ficando mais alto e aí eu percebi que estavam perto e estavam vindo da minha direção.

Puxo a Mariana pelo braço e entro em um dos becos vazios e de longe eu avisto o barraco onde eu fico depois do baile quando tô muito chapada e não dá pra ir pra casa sozinha.

Dou um chute na porta e ela abre, empurro a Mariana lá pra dentro e encaro ela ouvindo os tiros mais perto.

— Entra naquela salinha e se tranca lá, só sai se ouvir a minha voz ou a do RD, tá me ouvindo? — Ela assente — Então vai porra — ela foi e eu peguei uma blusa preta minha que tinha ali e amarrei no rosto e comecei a descer o morro.

Bati com o vini e ele veio descendo comigo.

— Po tu tá ligada, que a gente vai bater de frente com eles né?

— Deixa po, e o que eu mais quero bater de frente com aquele delegado do cão, ele é meu — Vini arregala os olhos e puxa meu braço.

— Tá doida porra? Se eles verem que foi tu, ou se tu fazer isso aí mermo, tu acha que eles vão levar numa boa? Vai não princesa porra, vai só foder mais, não só você, mais as invasões no morro vão aumentar, eles não aquieta até achar quem matou caralho — Respiro fundo.

— Jae Jae — Desvio o olhar dele e percebo que os tiros pararam, do nada, Encaro ele que dá de ombros e Puxo o tadinho.

🖲️— RD? RD? RD porra o que rolou? Que que tá acontecendo.

Não tive resposta e meu corpo já se arrepiou todo, vini tava parecendo um fantasma na minha frente de tão branco.

🖲️— RD na moral mermo que palhaçada é essa?

🖲️Verme: Tem RD aqui não caralho, é se tu quiser ele vivo e bom tu vir pá quadra, te dou cinco minutos.

Fiquei quieta e encarei o Vini do meu lado, puxei meu celular que tava desligado do bolso e liguei de volta, entreguei na mão dele.

— Liga pra pequena, o contato da salvo como "Pqn" ele assente e eu caminho até a quadra.

Quando eu tava chegando bem perto já pude ouvir as vozes dele.

Verme: Pelo que eu tô vendo a princesinha não vai da vida dela por causa do traficantizinho não — Respiro fundo, e vi o idiota apontar a arma pro outro que nem fazia questão de demonstrar uma reação facial, na hora que ele ia apertar o gatinho eu apareci.

— No que lindo, todo esse povo veio aqui pra me ver? Tô famosa mesmo viu — Digo olhando pra todos os policiais que estavam ali.

*Não esqueça do seu fav e do seu comentário.

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora