• Capítulo Sessenta e um

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Chego no tal lugar e minhas mãos começaram a suar e eu parei em frente a clínica respiro fundo controlando a minha respiração não posso ter outro ataque aqui.

Começo a caminhar em direção a recepção,uma mulher de cabelos longos escuros que usava uma roupa branca me atende com um sorriso.

Atendente: Bom dia, sou a Mila, em que posso ajudar?

— Bom dia Mila, sou Vivian vim visitar um dos pacientes — Ela assente pegando uma ficha.

Mila: Preciso que preencha esse formulário Vivian — Ela me entrega uma prancheta, termino de responder todas as perguntas e entrego a mesma — Veio visitar quem?

— Izobel Araújo — Ela assente pegando um crachá colante e escrevendo o meu nome, colo no meu peito e a gente começa a caminhar sobre um imenso corredor — Qual a situação dela? Poderia me contar desde o início?

Mila: Bom, pelo seu sobrenome devo supor que são parentes, então sim, posso sim — Solto o ar aliviada — Ela deu entrada a vinte anos atrás — Arregalo os olhos — Sim eu sei muito tempo — Não é só isso moça, foi a exatamente vinte anos atrás que fui abandonada.

— E por qual motivo? Quem internou Ela?

Mila: Eu me lembro exatamente do dia que ela chegou, ela estava toda machucada, havia sofrido um acidente, havia perdido o Marido e a filha de três anos.

— Mais porque a internação?

Mila: Depois do acidente ela desenvolveu muitos problemas, e a família resolveu colocá-la aqui, pois ninguém conseguia cuidar dela, e sabiam que ela ficaria em segurança — Ela respira fundo e a gente sai em um jardim verde cheio de flores vermelhas, era enorme e podia se ver várias pessoas com roupas cor de rosa bem claro caminhando por ali — Três anos depois o marido dela apareceu, ele tinha ficado em coma, e não sabia aonde estava a filha, mais ele nunca deixou de vir visitar ela, e pelo pouco que eu conversava com ele na recepção ele ainda estava a procura dela, mais aí... — Ela para de repente, e eu paro encarando ela.

— Mais ai o que? — Ela volta a me encarar.

Mila: Eu deixei de ser a encarregada dela, no lugar colocaram uma mulher eu não me lembro muito bem do nome dela, acho que era Carlie, ca...

— Carmem?

Mila: Sim, Carmem, ele começou a vir com mais frequência, porém a ficar mais tempo com a Carmem do que com a Izzi, depois de um tempo a Carmem pediu demissão...

— E deixa eu adivinhar? Ele parou de vir? — Ela assente — Onde está a Izzi? — Ela aponta para o banquinho a nossa frente, que ficava de costas pra gente, pude ver uma mulher com cabelos escuros mais com longas mecha brancas, o cabelo já estava perdendo a cor.

Me aproximo e consigo a ver melhor, ela fazia algo de croche, sua atenção estava voltada ao que fazia que nem percebeu a minha presença.

Ao me sentar ao lado dela pude notar que eu sou extremamente parecida com ela, a boca o nariz, o cabelo até nas impressões faciais.

E por mais que eu tenha tentando segurar, não consegui comecei a chorar, esperei por tanto tempo,esse momento, então essa é a minha mãe? Essa é a mulher que me deu a luz.

Um odio me toma, por saber que o idiota do me pai distorceu toda a história, tentando me deixar contra ela, minha mãe não é uma viciada, e não parece ser uma mulher que se viciou alguma vez.

Enchugo o rosto e encaro ela que agora me olhava, o seu crochê estava de lado e ela me encarava com pena.

Izobel: Porque a moça bonita choras? — Ela leva a mão ao meu cabelo, e eu dou um sorriso de lado.

— E besteira — Eu tenho que parar de achar que tudo é besteira.

Izobel: Não é besteira se te faz chorar, qual o seu nome princesa? E o que te trás esse lugar? — Dou um sorriso de lado ao perceber a preocupação em seu rosto.

— Sou Vivian, e vim a trabalho — Ela tira a mão do meu cabelo rapidamente.

Izobel: Eu tive uma filha com nome de Vivian — Ela pega o Crochê e voltar a fazê-lo rapidamente como se aquilo fosse salvar a vida dela — Ela tinha os cabelos escuros, era tão linda — Ela da um sorriso e para de fazer fazer crochê me encarando, estava com lágrimas em seus olhos — Ela amava torta de limão e coca-cola,foi o pai dela que deu esse mal costume, eu falava que ela não podia comer muita besteira, mais você escutava? Porque ele não — O olhar dela estava distante como se aquilo fosse apenas lembranças — Ele fazia as vontades dela, ele dava o mundo para aquela menina, e eu também, eu não podia ter mais filhos, ela sem sombra de dúvida foi o tesouro mais precioso que Deus já me deu — Enchugo as lágrimas que insistiam em cair seguro a mão dela que agora estava em meu ombro.

— Sou eu mãe, sou eu a Vivian — Ela me encara por um tempo, e logo depois começa a rir.

Izobel: Não, não é, não brinque com isso.

— Não é brincadeira, sou eu — Ela respira fundo, e me encara passando a mão no meu rosto.

Izobel: Não tem como ser, minha filha tem apenas três anos — Então esse foi um dos problemas que ela desenvolveu, a perca da noção do tempo.

Apenas dou um sorriso chego mais perto colocando minha cabeça no ombro dela.

Izobel: Mais sei que vai encontrar sua mãe, você é uma garota iluminada, posso ver isso em você, eu teria orgulho de ser sua mãe — E mais uma vez as malditas lágrimas desciam sobre o meu rosto.

Continuo ali por um tempo, com ela acariciando o meu cabelo, ela estava confortável com a minha presença, e eu mais ainda com a dela.

No final do dia eu apenas a abracei com a promessa de que sempre voltaria para visitá-la. Ela apenas sorriu e disse que queria conhecer a minha filha.

Ao qual eu nunca havia sitado para ela, foi um pouco estranho, foi, mais eu amei ter encontrado com ela,é apesar de ela achar que eu não sou a filha dela.

Só de passar esse tempinho com ela me fez um bem danado.

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Penúltimo capítulo

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora