• Capítulo Cinquenta

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Rd narrando...

Me encosto na pilastra da lage e Sopro a fumaça do cigarro olhando o céu, já estava escurecendo.

Passei a última semana aqui na boca dormindo no sofá mo desconfortável da salinha.

Tô evitando a Princesa no máximo, eu não sei o porque mais eu tô me sentindo envergonhado pra caralho.

Vacilei feiao po, mais eu tava confuso eu tô confuso, minha relação com meu pai não foi das melhores.

Claro ele tava presente, e eu sei que sou peivilegiado por isso, muitos nunca nem viu o rosto do pai, porém, do que adianta tá lá? Se tu não e presente.

A presença no dia a dia sem trocar uma ideia, ele sempre se preucupou com o comando, e a unica preocupação comigo e com a pequena sempre foram os treinos.

"Auto defesa e tudo" era o que ele sempre dizia, mais amor paterno também é, principalmente quando é só ele tá ali pra gente, nossa mãe nunca soube o que ouve com ela.

Até uns meses atrás quando descobri que ela morreu por causa de câncer, ele nunca nem tocou no nome dela, só sei por causa da minha identidade.

Tenho medo das pessoas colocarem muita fé em mim, tenho medo mermo po não tenho vergonha de assumir não.

Essa parada aí de ter uma pessoa pra cuidar mexe com tua cabeça, tu tem que tá ligado nas suas ações qualquer passo em falso não é só tu que cai no buraco não é essa pessoa também.

Vi algumas vezes de longe a princesa passando com a garota pra lá e pra cá, elas pareciam felizes, e eu e que não vou atrapalhar isso com os meus problemas....

Leo: Rd irmão — Sobe na lage desesperado e eu jogo a bituca do cigarro no chão me virando e encarando ele, mais meu corpo trava no mesmo instante em que eu vejo a garota com ele.

— Tá loco porra trazendo a mina pra boca de fumo, como que a princesa não contou teu pescoço ainda — Ele coça a cabeça, e eu respiro fundo já entendendo tudo.

Encaro a menina que tava com uma calça moletom e um cropped que só tampava os seios, frio pá porra e ela usando uma porra dessa.

Tiro a blusa de frio e começo a caminhar na direção dos dois, entrego a blusa de frio pra ela que pega na hora e eu encaro o leo.

— O que tá rolando com a princesa — Desco sa lage vendo eles descerem atrás de mim, e me sento na porcaria do sofá que foi minha cama por semanas.

Leo encara a garota que respira fundo e passa a mão no rosto, e logo ela me encara.

Lívia: Eu tava na praça jogando com os meninos, aí mandaram eu voltar pra casa porque a Vivian tava me chamando, quando eu cheguei em casa ela tava diferente...

— Diferente como?

Lívia: Ela parecia assustada, e com medo, aí eu falei que tinha feito uns gols e até brinquei e ela a todo momento sorria forçado, então do nada ela me abraçou, eu até estranhei, enquanto me abraçava ela Sussurrou pra mim ir tomar banho e depois que eu saísse se ela não tivesse em casa era pra mim procurar o leo.

— Ela Sussurrou? — A garota assente.

Leo: Porque ela sussuraria se só tinha vocês em ca... — Ele para e me encara.

— Tinha mais alguém em casa Lívia?

Lívia: Não que eu tenha visto, só tinha nos duas — Balanço a cabeça em confirmação.

— Leva ela pra pensão da Ju, ou pra Mariana Leo, quero ela em boca de fumo não — Me levanto pegando o radinho e a pistola em cima da mesa  e ia saindo da boca quando ela grita.

Lívia: Por favor, não deixa nada acontecer com ela, é tudo o que eu tenho — Encaro ela por um tempo, tava na cara que segurava o choro, respiro fundo e encaro o Leozin.

— Leva ela, e toma cuidado — Volto a encarar a garota que me olhava ainda triste — Te garanto que nada vai acontecer com a sua mãe, não enquanto eu estiver vivo — Ela assente e o Leo sai com ela.

Vejo o dois entrarem no carro e descer o morro, puxo o radinho do bolso.

— Ae família, quem na contenção hoje?

Maozinha: Fala patrão.

— Subiu alguém no morro, um carro estranho ou algo do tipo?

Maozinha: Po patrão acabei de assumir o plantão ligado, sei de nada não, mais que por enquanto que eu tava aqui não subiu ninguém não.

— Quem tava na chefia antes de tu?

Maozinha: Gl po.

— Gl?

Maozinha: E po, Gael menor da doze — Respiro fundo quem deixa um menor que acabou de entrar pros bagulho no comando da segurança?

Jae maozinha, seguinte, toque de recolher nesse caralho, não quero ninguém entrando e nem saindo do morro, se for o caso de emergência me passa o rádio, e revista geral, principalmente se tiver de carro.

Maozinha: E se tiver mina patrão? Manda a Princesa descer pra ajudar nos po.

— Esse é o problema caralho.

Mãozinha: Que? Coe? Tendi não.

— Levaram ela caralho, quero saber de ninguém saindo ou entrando não, revista carro revista tudo, enquanto a esses bagulho de mina , chama alguém e depois fala que eu dou a meta aqui na boca.

Maozinha: Jae patrão, fé.

— Fé.

Jogo o radinho de lado e respiro fundo, pego a chave da moto e trepo na mesma partindo pro beco da doze.

Chego e já bato na porta da casa do tal gl, quem abre e uma senhora.

— Gael tá aí? — Ela fica calada por um tempo mais logo assente, ela olha pra dentro chamando pelo garoto e depois me encara.

Xxx: Vai atrás dela meu filho, tô sentindo que as pessoas que estão com ela não são boas — Faço uma careta, e vejo o moleque aparecer depois de um tempo.

Gl: Fala patrão — O garoto parecia ter uns dezesseis dezessete no máximo, respiro fundo e me sento na calçada ele vem e se senta do meu lado.

*Não se esqueça do seu fav e do seu comentário.

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora