• Capítulo Trinta E Cinco

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Maratona de 20k de vils
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Chego em casa e ajudo a Mariana a descer do carro, resolvi vir pra minha casa, porque tenho certeza que se ela for pra dela vão encher ela de perguntas, e nesse momento a Mariana precisa de descanso.

O RD me acompanha até dentro de casa, vou com a Mariana até o banheiro do corredor e ele vai para a cozinha, Mariana estava se tremendo suas mãos suavam, de longe se dava pra perceber que ela tava nervosa.

Deixo ela sentada na privada e vou até o meu quarto pegando um short meu de malha leve e um blusão que eu ainda não sei se é do vini ou do Leo. Do silas não é porque não adianta quantas vezes eu lave as blusas dele ainda vai ter o cheiro daquele perfume enjoativo.

Vou até o banheiro trancando a porta é ajudando ela a tirar a roupa, amarro meu cabelo em um coque bagunçado ligo a água colocando minha mão embaixo do chuveiro esperando ela ficar quente.

Ajudo ela no banho e a se vestir, caminho até o quarto de hóspedes e a sento na cama, ela em nenhum momento dizia nada, me sentei atrás dela e peguei uma escova e o secador de cabelo e comecei a secar o cabelo dela.

Terminei e continuei penteando, ela não falava nada e isso me dava um angústia, o medo de ter feito coisas piores com ela me atinge, eu passei por coisa parecida e é horrível, não tô comparando ambas situações são horríveis, mais eu não imagino mais ninguém passando por isso.

A porta se abre e O RD entra colocando uma bandeija com misto quente e suco em cima da penteadeira ele encara a Mariana por um tempo respira fundo e sai.

Assim que a porta se fecha a Mariana começa a chorar, Puxo ela para um abraço e nos duas deitamos na cama, era uma onda de choro forte, como se ele ainda estivesse em desespero, como se nada conseguisse acalmar ela.

Abracei ela bem mais forte e Consertei nossa posição na cama, ela soluçava chorava tanto que eu tenho quase certeza que se eu levantar agora minha blusa vai pingar.

Depois de algumas horas ela caiu no sono, Respiro fundo e me levanto devagar para que ela não acorde, caminho até a janela fechando a mesma, me lembro que quando foi comigo, acordar e ver as janelas e a casa trancada de alguma forma me ajudava muito.

Fecho as cortinas e ligo o ar deixando a luz da temperatura ligado, o que deixava o quarto bem claro.

Saio do quarto encostando a porta e vou pro meu pegando uma roupa no guarda-roupa, olho pra minha cama vendo o RD jogado nela mexendo no celular.

— A casa já é sua né, não preciso nem chamar mais, que isso? Apropriação? — Ele não ri muito pelo o contrário se levanta e caminha até mim me abraçando forte, aquilo me confortou de uma forma que eu vou te falar viu — Você acha que...

Rd: Vamos falar disso agora não beleza? — Ele diz ainda sem me soltar, Respiro fundo abraçando ele de volta, sentindo o corpo quente dele — Vai tomar banho, fiz misto quente.

— Tô começando a achar que tu só faz isso — Digo na brincadeira mais paro assim que olho pra cara dele — Tá zuando que tu só sabe fazer isso? — Ele coça a cabeça e eu balanço a cabeça em negação.

Rd: Vai tomar banho vai princesa, para de encher o saco — Dou um sorriso de lado é ele volta a se deitar na Cama.

Tomo um banho, como é dou uma olhadinha na Mariana no quarto, ainda dormia Respiro fundo e volto pro meu quarto me deitando ao lado do RD.

Ele me abraça, para que ficássemos de conchinha mais eu me viro e abraço ele de volta, e não consigo controlar o choro, ele percebe e me abraça mais forte ainda.

Rd: Vai ficar tudo bem okay? — ele diz contra o meu coro cabeludo depositando beijos ali — Eles não devem ter feito nada, e se fizeram, ela tem você Vivian, você é forte, você é a pessoa mais forte que eu conheço, ela é sua irmã, ela também é forte, tenho certeza que vai superar seja lá o que aconteceu.

— Eu não sou forte — Escuto e sinto a respiração profunda dele — Eu só tento ser, eu não sei o que eu faria se descobrisse que fizeram alguma coisa com ela, eu não sei como reagir eu não sei, eu não desejo o que eu passei pra ninguém Rodrigo, ninguém, e saber que isso acontece muito nesse país de merda só me dá nojo, e medo, me dá muito medo, porque na maioria das vezes o culpado não leva o que merece, na maioria das vezes eles conseguem se safar — Eu chorava desesperadamente nos braços dele enquanto ele me abraçava cada vez mais forte, como se de alguma forma nosso corpo fosse fundir e virar um só.

Ele beija a minha cabeça várias e várias vezes, sem me soltar do abraço meu rosto estava encostado no peito nu dele, que agora já estava todo molhado.

Rd: Vamo dormir okay? Amanhã é outro dia e vocês duas conversam melhor sobre isso — ele joga coberta por cima da gente mas ainda continua me abraçando.

Realmente não saberia o que fazer eu não sei o que fazer se a Mariana chegar para mim amanhã, e falar que realmente foi violentada, eu não consigo imaginar nenhuma mulher passando por isso.

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Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora