021 RJ
Morro do vindigal
15:26
Rd na voz.— Coe po tudo nos ajuste, quero K.o não essa porra tem que tá na tranquilidade hoje e dia de baile só quero curtir — Digo pro menor que tava na organização do baile, gosto de tudo nos mínimos detalhes, os bagulho pra mim tem que ser de qualidade.
Quinta feira po, vários aliados vão colar essa porra vai tá mec, vai ser o maior baile que eu já dei nesse caralho, só curtição e vai ter a renda no final da noite. Tem coisa melhor? Tem não mermão.
Trepei na moto e parti pra casa, não broto lá desde ontem de tarde, mulher deve tá na surtação do caralho, e pra falar a verdade já faz um tempo que eu tô querendo mandar ela meter o pé, vai pesar minha mente e eu já não tô muito bom com nada.
— TAVA AONDE RODRIGO? — ala assim que eu entro dentro de casa, o que me irrita ainda mais papo reto vai gritar na casa do caralho.
— Fala baixo porra, tava na boca resolvendo umas coisas — Caminho em direção a cozinha indo pegar um copo de água e ver se tinha alguma coisa pra comer, nada, fica o dia todo jogada no sofá mechendo no celular e me dando mulher.
— Hurrum tá, boca sei.
— Ihhh vai começar com as neurose, tô te dando o papo reto, se tu não acredita aí já não é mais problema meu rum — Passo por ela pra subir as escadas.
— Tu tava com mulher que eu sei, não adianta mentir não... — voltei pra trás na mesma hora e encarei ela serinho.
— Tava com mulher né? Tu sabe né? Me fala aí porra o nome da mulher então se tu tá sabendo, tá sabendo mais do que eu que tava com mulher e não tô ligado, já falei pra tu pra parar de me arrumar mulher porque aí depois eu arrumo na rua e tu vem de B.o pro meu lado — Subo as escadas com ela atrás, porra vai continuar com essa porra mermo? Daqui a pouco vou dar uma de maluco e jogo os cachorros em cima dela
— Ata, tu é santo né....
— Porra Marcela cala a boca tio, minha mente já tá cheia e tu vem pesar ainda mais com assunto sem fundamento po, tô bom não sem neurose se afasta se não eu vou a acabar fazendo merda...
—
Tua mente tá pesada por causa daquela vagabunda né, só foi ela ser presa tu não para mais em casa todo preocupado tentando tirar ela de lá — Pego uma muda de roupa e enfio na primeira mochila que eu vejo e desço as escadas com a dona falando a beça atrás de mim, sem tempo, e o que eu falo agora pra ela, sem tempo pra essas neuroses sem fundamento dela, sem tempo pra relacionamento, sem tempo pra nada.
— É isso aí mermo Marcela, falou, fica aí na tua, tô bom pra discussão não, cada um pro seu lado valeu? Tô vazando...
— Tu tá terminando? Não acredito, e por causa daquela piranha — reviro os olhos e saio de casa trepo na moto, já ia saindo quando ela grita — Pera aí Rodrigo vamos conversar po...
— Tem nada pra conversar não Jae, última forma só cada um pro seu lado — digo já de cara quente, Marcela faz qualquer um perder o juízo tio, porra tenho paciência pra isso não, no início ela era diferentona sabe? Mulher que eu tinha gosto de sair por aí exibindo falando que era minha e tudo mais, mais ela cresceu o olho e se deixou levar por conversa de amiga que se humilhava pra tá no lugar dela, depois disso foi só ladeira a baixo, perdi o respeito real.
Chego em outra casa que era minha, e jogo minhas coisas lá de tudo quanto é jeito, e volto pra boca dando de cara com o meu pai, fudeu.
— Coe — Faço toque com ele — Aconteceu alguma coisa coroa?
— Não po, posso visitar meu filho não? — Senhor Grego diz rindo, meu pai era um dos comandantes do FPD, se aposentou a quatro anos deixando o comando na mão da minha irmã e minha prima, desde então não para em casa, tá sempre viajando mais meus tios, acho que isso é uma forma de ajudar o tiu Lúcifer a esquecer o que aconteceu, a um tempo atrás.
Ficamos em uma conversa maneira ali eu e ele po, faz tanto tempo que eu não falo com ele, faz tempo que eu não falo com ninguém na real, desde quando eu preferi, vir cuidar do morro do que ter que fica com patente alta da FPD, se pra mim já é ruim ser o chefe aqui no morro imagina pro chefe do FPD?? Milícia cai matando po, tenho saúde mental pra isso não, ia mandar matar todo mundo, deixei com ele mesmo que sabia fazer melhor do que ninguém esses bagulho, e acabou que minha irmã e igualzinha a ele.
•••
Pai tava todo trajadão de Nike, 212 exalando, hoje eu tô pra maldade, já chego no baile arrancando olhares dos quatro cantos, subo pro camarote, encontrando vários aliados, homenagem no baile de hoje.
Fecho a cara quando olho pro lado e vejo a pequena minha irmã e comandante da FPD e a Baronesa minha prima e sub comandante, tava bom de mais pra ser verdade, caminho até elas dando um susto nas duas.
— Coe, tão fazendo que aqui? — Pergunto e a baronesa me olha revirando os olhos e finge que eu nem tô aqui, esse jeito dela que não muda nunca, ela sai e vai grudar nos braços do macho dela, balanço a cabeça em negação, dó eu tenho e dele de ter que aguentar ela o dia todo, encaro a pequena levantando uma sobrancelha.
— To esperando uma pessoa meu anjo... — ela para de falar e encara um ponto fixo atrás de mim, vejo todos olharem na mesma direção, fico até sem entender o que tá rolando aqui — e parece que ela já chegou — me viro pra trás olhando pra onde todos estavam olhando e vejo ela subindo as escadas do camarote, com o sorriso enorme no rosto.
Cabelos curtos batendo no ombro, ela tava loira o que é estranho, mas até que tava bonitinha.
Um vestido colado tomara que caia preto, até a metade da coxa, vagabundo já caia matando, todos olhando e ela seria caminhando na nossa direção, como se todos esses olhares nela não importassem, como se mais ninguém existisse, fiquei sem reação nenhuma, como isso é possível????
— Vejo que deu tudo certo — Pequena diz é da um abraço nela, que depois me encara, com... Nojo, aquilo era nojo? — seguiu tudo direitinho, e cê sabe que vai ter que ficar sumida por um tempo né? — Ela assente ainda sem tirar os olhos de mim, olho ao redor e tá todos olhando pra ela, as fiéis já ficaram possessa já querendo voar em cima, e ela nem aí, a atenção dela era em mim, me arrepio todinho — Já sabe aonde vai ficar? — pequena pergunta chamando minha atenção.
— Pra falar a verdade ainda não, acabei de sair de lá, a pista ainda tá quente pra mim, nem tive tempo de pensar nisso — ela diz e eu pude notar algumas manchas roxas em baixo do braço, da mesma, meu sangue ferve e eu sinto a raiva me consumir, pareço sair de um Djavú, e a pego pelo braço a arrastando pra fora dali.
— Como? Como isso é possível? — Pergunto assim que chegamos a um lugar mais afastado, não tinha mais nenhum olhar sobre a gente, era só nois dois agora, eu e ela, que agora me encarava com deboche.
— Quem quer, dá um jeito quem não quer, dá uma desculpa, agradeço muito a tua irmã porque sem ela eu ainda estaria lá, apanhando e sendo forçada a entregar todos vocês, não sei porque eu não te entreguei — Disse pensativa, e puxou o braço saindo andando e me deixando sozinho.
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Envolvida (EM REVISÃO)
Teen Fiction📍𝑭𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂 𝒅𝒐 𝑽𝒊𝒅𝒊𝒈𝒂𝒍 - 𝑹𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑱𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒐 Porque ela aprendeu com a vida que ser feliz é mais fácil, então ela não dá voz ao choro e aos maus pensamentos. Desobedece a tristeza dez vezes ao dia. E não pensa duas vezes antes de...