• Capítulo Vinte e quatro •

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Maratona
03/05

Princesa🌪️

Semanas depois...

Me sento na cama encarando o embuste a minha frente que só sabia rir da minha cara, filha da puta arrombado do caralho, a sorte dele é que no momento eu não estou aguentando um soco, caso contrário já tinha socado a cara do filha da puta.

— AÍ na moral tu tá feiona — Rd para pra rir e eu fecho a cara — Mó cara de caneca — Ele começa a gargalhar alto e eu mostro o dedo do meio.

Só porque eu fiquei a semana toda no hospital, não consegui cuidar do meu cabelo, muito menos passar uma maquiagem agora esse arrombado fica rindo da minha cara.

Me levanto da cama arrumando o cabelo em um coque bagunçado, hoje eu vou sair desse lugar e parar de comer essa sopa sem gosto, sinto uma ardência na minha bunda e me viro encarando o seboso na minha frente.

— RD na moral minha paciência contigo já foi pra casa do caralho, eu vou te meter a porrada po —  Ele ri se levantando da cadeira e me abraçando por trás — tô nem entendendo dessas Confiança.

— A e? É o que eu tenho que fazer pra recuperar essa confiança em? — Diz no meu ouvido mordendo o lóbulo da minha orelha e descendo os beijos pro meu pescoço.

Ele me vira de frente pra ele me enchendo de celinhos, e a porta se abre bruscamente, e eu me afasto dele vendo o doutor Alexandre, o doutor Emanuel parou de me atender assim que eu saí do hospital e vim pro postinho aqui do vidigal.

— Bom, você só precisa assinar aqui — Me mostra o lugar exato aonde eu deveria assinar, faço o que ele pede e entrego pra ele, a enfermeira já tinha vindo aqui tirar a agulha do soro.

Ele me fala que já estou liberada e sai da sala, pego as minhas coisas, e saio daquela sala o mais rápido possível querendo sentir o ar poluído do rio de Janeiro.

Assim que piso na recepção vejo a Juliana e a Evilyn.

Elas ficaram malzonas por não ter vindo antes — Rd sussurra no meu ouvido, e eu assinto entregando minha bolsa pra ele e abraçando forte a Juliana.

— Meu Deus Vivian minha vontade é de te matar caralho, que me matar do coração? — Dou risada me afastando e dando um beijo na testa dela.

E abraço a Evilyn, vendo o RD se aproximar.

— Que isso Ju, se sabe que a gatinha aqui tem mais de sete vidas — Ela ri balançando a cabeça em negação.

— Vou te falar viu, esses meninos me deixam de cabelo branco, não é senhor silas? — Encaro meu amigo que havia acabado de entrar no postinho.

— O que o Silas aprontou dessa vez? — Pergunto curiosa, quando e sobre mim eu não gosto, mais dos outros eu amo uma fofoca.

— Inventou de arrumar fiel, tu acredita? Agora vive tendo briga no morro por conta desse sem futuro — Dou uma risada alta, e estranho o fato da Evilyn estar quieta no canto dela.

— A gente tem que conversar sobre essa Bagulho de briga no meu morro — Rd aponta pro Silas que coça a cabeça rindo.

Saio do postinho depois de praticamente uma hora conversando com elas, me despeço da Juliana e da Evilyn que precisaram fazer não sei o que lá, e o RD aquele viado também me deu perdido falando que ia pra não sei aonde.

Entro no carro encarando o Silas que mexia no celular.

— É aí? — Ele me encara, com um sorriso malicioso no rosto — Não começa eu não vou dar pra você — Coloco minha bolsa no meu colo e ele liga o carro rindo alto.

— Mariana falou que era pra você passar lá... — Ele fica quieto por um tempo e engole a seco, tenho a total certeza que Silas me esconde alguma coisa — Pra conhecer...e bom — Ele se atrapalha nas palavras — Caralho doido, como que eu falo, conhecer tua família ou a família dela um?

Fico quieta, não tava nem afim de ir lá ver a cara da Mariana, e muito menos daqueles que me abandonaram na rua, e agora precisam da minha ajuda, hipocrisia não?

— Pode ir — Decido de última hora, e bom aparecer pra ficar de olho, minha curiosidade falou mais alto e eu com certeza quero olhar na cara deles e ver se tem pelo menos um pingo de arrependimento.

Depois de alguns minutos ele para em frente a casa ao qual meus olhos brilharam assim que coloquei meus olhos nela.

Não acredito em amor a primeira vista não com seres humanos, agora com bens materiais acontece comigo o tempo todo, mais tive que abrir mão dela por causa desse povo.

Respiro fundo descendo do carro com o Silas logo atrás, Respiro fundo e silas aperta a minha mão me encarando, ele passa na frente e eu vou logo atrás.

Bate na porta e a Mariana abre, me encarando com um pequeno sorriso no rosto, continuo seria, ainda não confio nela, e vai ser bem difícil dela conseguir confiança minha.

—  Entra aí gente — Ela diz, Silas entra na frente e eu logo atrás reparando em cada canto da casa, sim sou bastante materialista.

Mariana fecha a porta passando na minha frente e caminhando até a sala, sigo ela parando na enorme sala vendo dois caras sentados em um sofá, um eu já conhecia, o Beto, e o outro aparentava estar entre seus 47 anos.

Mais perto da janela tinha uma mulher em uma cadeira de rodas, seus cabelos eram curtos, e da mesma cor que os de Mariana, parecia ser bem mais nova que o outro cara.

Ela estava de costas e digitava alguma coisa em seu notebook, Encaro o Silas e respiro fundo.

— Gente essa daqui é a Vivian — Mariana finalmente fala, os homens já me encaravam. Mais a mulher que estava de costas fecha o notebook e se vira me encarando, não digo nada apenas Encaro cada um naquela sala — Vivian esse aqui é o Emerson, meu pai — Ele faz uma aceno com a cabeça e eu continuo quieta — Esse você já conhece e o Beto, e aquela é a Carmen minha mãe — Ela da um sorriso de lado me encarando e também faz um aceno, continuo quieta.

— Ninguém do morro podem saber que vocês tem alguns laço comigo, se já tão em perigo isso só vai ferrar mais com vocês — Digo escutando o Radinho do Silas tocar, e sorriso da Carmem sumir de vagar pelo meu jeito de falar —Mariana você que conhece bem o morro se eles precisarem de algo os levem — Ela assente — sobre emprego eu vou ver isso ainda...

— É o RD ele tá falando pra tu ir pra boca imediatamente — Silas fala depois de escutar o radio, encaro ele assentindo.

— Você é envolvida? — O tal Emerson fala, encaro ele é depois Encaro a Mariana.

— Pensei que tinha falado que eles sabiam.

É sabíamos só que depois dessas semanas no hospital pensamos que iria sair disso — A Carmem corta a fala da Mariana, ela tinha uma voz doce, era uma mulher atraente.

— Sempre me sustentei assim, não terminei os estudos, não teve como, iria largar tudo e me sustentar com o que? — Ela ficou quieta — Qualquer coisa Mariana me liga — A garota assente e eu saio da casa com o Silas atrás.

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Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora