• Capitulo onze •

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— Não sei da onde vocês acharam que eu eu ia gostar da brincadeira, não gostei, e não quero sa...

Mariana: Não e brincadeira, eu tô sendo sincera com você, sou sua irmã...

— Tá se isso for verdade o que você quer? — Ela coça a cabeça, dou uma risada — E grana não é?

RD: Talvez você deva resolver isso em particular...

— Cala a boca RD — Encaro a menina na minha frente, meu semblante continuava fechado apesar da minha mente estar em uma constante guerra.

Mariana: Nosso pai...

— Seu pai, não venha achando que temos intimidade, porque não temos, não tenho pai, não tenho mãe, minha vida toda foi eu por mim, não vai ser agora que isso vai mudar, quer dinheiro? Trabalhe, faça um faculdade, da teus pulos, ninguém e quadrado — Ela me encara séria.

Mariana: Só escuta o que a gente tem pra falar, não tivemos escolha...

- NÃO TIVERAM ESCOLHA??? — RD se aproxima colocando a mão no meu ombro, e eu tiro bruscamente — Não tiveram escolha e resolveram me abandonar na rua? Deixar uma criança de três anos na rua? Vocês não sabe o que eu passei, não sabem da metade dos meus problemas, e nem vão saber, nem faço questão de dizer, ao invés de ficar lamentando, eu levantei e fiz acontecer, e eu aconselho você e o SEU pai a fazer o mesmo — Respiro fundo esse assunto e muito delicado pra mim — tira essa garota daqui por favor.

Saio de lá deixando todo mundo e subo o morro, nunca tive ninguém ao meu lado, sempre que eu precisei de ajuda, só tinha eu lá pra me ajudar.

Nessa vida a gente nasce sozinho e vai morrer sozinho.

Paro em frente um barzinho e me sento de frente pro balcão mesmo, e a dona Rosa vem me atender, o bar e dela até porque se eu ir pra pensão da Ju e capaz de ela me bater por tá bebendo uma hora dessa.

Rosa: Minha filha você voltou — Dou um sorriso de lado encarando ela, e eu voltei.

— Já tava na hora né? Esse meninos do morro não são nada sem mim — Ela ri.

Rosa: E aí vai querer o que?

— Me vê uma puro malte.

Rosa: Uma hora dessas garota?— Dou uma risada.

— Preciso dona, tentar engolir meu problemas — Ela balança a cabeça em negação e me joga uma latinha de Brahma.

Já se passava das duas da tarde e eu estava na mesma posição no bar, quase caindo da cadeira e tropeçando nos meus próprios pés.

Acho que exagerei dessa vez, olho para a porta vendo o RD entrar e de quebra bater o olho em mim, reviro os olhos me virando pra garota do meu lado ao qual eu não fazia a mínima ideia de quem era.

— Conhece o RD? — Ela assente um pouco tímida, já sabia que ele tava do meu lado, mais na hora a gente não consegue controlar nada né? — Ele e chato pra caralho, aí trabalha pra ele não Jae? O cara não dá nem férias momaneradax.

RD: I ala, tá achando que é quem po? Me difamando aí? E e férias remuneradas ou — Se senta do meu lado me observando e eu viro pra menina de novo, que tava segurando o riso de não sei do que.

— Tá vendo? Até na maneira de falar o cara se intromete, vou te falar viu, a gente não tem um sossego — Ouço a risada do RD, e encaro ele que estava com aquele sorrisinho cínico no rosto, que pela primeira vez me chamou a atenção.

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora