Princesa narrando...
Já fazia horas que eu estava aqui dentro sozinha, pelos buracos na parede pude notar que já estava a noite.
Minha barriga roncava, a última vez que eu comi foi no almoço e mesmo assim foi pouca coisa.
Minha única preocupação é a Lívia, espero que esteja tudo bem com ela, se algo acontecer com ela eu não respondo por mim.
Ouço a porta se destrancar por fora e me encolho na cama olhando pra porta, era ele, assim como da última vez, ele me entrega um casaco, e obviamente eu visto.
O Frio que estava fazendo era de outro mundo, ele fica me encarando por um tempo e tenta de aproximar me afasto, e ele continua em silêncio tentando se aproximar.
Me encosto na parede, e ele passa a mão no meu rosto, fecho os olhos tentando segurar as lágrimas, mais e difícil.
O toque dele despertou todas as lembranças daquela maldita noite, e como se tivesse ficado difícil de respirar, o choro veio como uma bola de neve no meio da garganta, ali só esperando um momento de fraqueza.
Sua mão se afasta rapidamente e ele respira fundo, abro meus olhos e vejo ele se afastando.
Ig: Vem tiw — Ele abre a porta e me encara, me levanto da cama devagar e começo a seguir ele por aquele corredor.
Procurando alguma maneira de fugir, mais nada,o local era fechado dos quatro cantos, e sem falar na quantidade de menor armado, respiro fundo.
E ele para na porta do lugar e se vira me encarando,o que me faz dar alguns passos pra traz e encarar ele.
Ig: Se tentar fugir, eu não vou pensar duas vezes em mandarem atirar em você...
— Claro, porque coragem você não tem — Ele respira fundo.
Ig: Não me testa Vivian, só faz o que eu mandar.
— Deve ser muito idiota mesmo pra achar que eu vou te obedecer — Ele fecha a porta forte fazendo um barulhão, pode ser que eu esteja delirando de fome mais eu tenho quase certeza de que aquela parede tremeu.
Ele se vira encostando a testa na porta.
Abraço meu próprio corpo,e respiro fundo sentindo a tensão do lugar.
Ig: Eu... — Ele se vira pra mim, e me encara dos pés as cabeça, meu corpo sobe um arrepio, não quero saber o que ele tá pensando, mais que eu tenha ideia do que ele tá pensando — Vivian, me desculpa por aquele dia....eu.... — Ele respira fundo — foi errado...
— Foi errado? — Dou uma sorriso de ironia — Eu tinha dezesseis anos...
Ig: Eu sei é eu peço desculpas...
— Desculpas? So pode ser brincadeira, o que você fez não tem desculpas, e muito menos perdão, e crime, e é errado, eu queria nunca ter que olhar pra sua cara.
Ig: Vivian escuta...
— Não escuta você, eu te odeio com todas as minhas forças, você foi o culpado por eu não ter terminado a porra da escola e ter escolhido o caminho errado...
Ig: Não, eu não fui o culpado, você é dona da suas próprias escolhas...
— Não quando eu estou cega de vingança — Ele para por um momento e me analisa.
Ig: Você ia se vingar de mim?
— Você tem noção do que fez comigo? Do que causou em mim? Não só fisicamente mais emocionalmente também? Eu não ia me vingar de você Igor — Ele respira fundo — Eu vou, e pode ter certeza que vai ser da pior forma possível — Ele ri, e isso me irrita cada vez mais.
Ig: Vem comigo — Ele abre a porta saindo para o lado de fora.
Respiro fundo pensando bem antes de seguir ele, vejo o movimento fora do galpão há vários vapores ali todos armando e nenhum olhava sequer para minha cara.
Eu estava vestida com um shorts de malha curtíssimo e transparente, sem nenhuma calcinha e só agora que eu fui perceber.
Fiquei um pouco desconfortável por lembrar disso, e por saber que estou em um lugar rodeado por homens.
Saio pelo lado de fora sentindo ainda mais frio, estava vetando forte e a gente estava no meio do nada.
Respiro fundo vendo ele parado de costas acendendo um cigarra, ele vira e me encara, me oferecendo e eu viro o rosto olhando pra qualquer lugar que não seja a porra do rosto dele.
Ig: Tá tudo pronto Mota? — Ele pergunta pra um vapor qualquer que balança a cabeça em confirmação, ele se vira pra mim — Bora.
Faço uma careta e vejo ele seguir pro outro lado do galpão, assim que percebe que eu não estou indo atrás dele,ele para e se vira.
Ig: Vivian, presta a atenção, deixei tu livre sem nenhum vapor te puxando pelo braço ou te chutando até a porra do carro, faz o que eu tô mandando ou eu mudo de ideia — Abraço meu próprio corpo e continuo andando atrás dele, que volta a seguir caminho.
Logo na frente, pude ver três carros, ele vai até o carro do meio e abre a porta do carona e me encara.
Ig: Entra — Respiro fundo entrando no carro — Coloca o cinto e nem tenta fugir, que o que bem tem é vapor de olho em tu.
Coloquei o cinto e abaixei minha cabeça sobre as mãos, ele rodou o carro e entrou no banco do motorista.
Colocou o cinto e ligou o carro.
Xx: Ae patrão vamo ter que ir por dentro, a br tá quente pá nois tiw — Um vapor disse no rádio.
Ig: Jae
Os carros começam a andar e eu respiro fundo deitando um pouco a minha poltrona mais não muito, deixando ela apenas confortável.
Viro meu rosto pra janela, ele liga o rádio, fecho o olho tentando dormir, mais eu não consigo, meu sono se esvai assim que que sinto a mão dele na minha perna.
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Envolvida (EM REVISÃO)
Teen Fiction📍𝑭𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂 𝒅𝒐 𝑽𝒊𝒅𝒊𝒈𝒂𝒍 - 𝑹𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑱𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒐 Porque ela aprendeu com a vida que ser feliz é mais fácil, então ela não dá voz ao choro e aos maus pensamentos. Desobedece a tristeza dez vezes ao dia. E não pensa duas vezes antes de...