• Capitulo Cinco •

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021 Rj
Presídio feminino
14:35 p.m.

— Me de um bom motivo RD? Qual é dessa teu problema com tua irmã?

Princesa não se deve confiar em tudo que minha irmã fala porra — Ele estava visivelmente nervoso e eu tava cagando. Eu sei que não se deve confiar no que os outros falam não sou nenhuma criança, mais até o momento ela foi a única que me deu suporte, e fez valer a palavra dela, já o Rd só me deu problema.

— Já acabou Jessica? — Ele me olhou e respirou fundo.

— Faz o que tu quiser depois não fala que eu não te avisei — Bate duas vezes na porta e o verme aparece tirando ele da sala, respiro fundo me levantando e estendendo os braços pro verme me algemar.

Volto pra sala e me jogo na cama pensando no que ele queria dizer falando pra mim não acreditar em tudo que a pequena fala. E porque caralhos ele tem uma rivalidade com a própria irmã.

— Que que tá rolando em? — Maca a garota que dividia a cela comigo perguntou.

— Não é da sua conta não pó.

— Tratamento especial pra senhorita, deve ser a bambam do negócio né? Tá ligada que eu só tenho visita uma vez na semana? Tu tem todo dia praticamente toda hora, que que tá rolando princesa?

— Tô tentando entender...

— O que?

— Quando que isso passou a ser da sua conta, se manca Macarena porra, tá te intrometendo demais porra eu ein — ela me encarou por um tempo mais logo voltou a ler aquele livro velho dela.

Tô ligada na dela po amigona lá da Jane, sem falar que é de facção rival, elas pensam que me passa a perna, deixa ela achando que eu tô de óculos.

Jane e outra falsa que passou me encarando, pelo visto não é só eu que tô tendo tratamento privilegiado.

Daria tudo pra ver o que tá rolando no morro agora, e daria tudo pra entender essa treta do RD com a pequena, porra eles não são irmãos??

Minha mente ficou bagunçada com esses papos tortos do RD, cara chato, ficou esse tempo todo bolando um plano pra me tirar daqui e cadê? Que até agora eu não sai desse inferno.

Vejo a Jane voltar pra cela e os verme abrir tudo pra gente ir almoçar, nem com fome eu tava, tu olha pra comida daqui se perde a fome total, parti pro pátio, colocar um pra subir e tentar entender toda essa merda.

Fiquei no meu canto enrolando a ceda, e olhando o movimento, algumas meninas jogavam bola, outras estavam sentadas e algumas fumando, vejo a Jane mais a alguma meninas entrarem no local, ela me encara com a cara fechada, sustento o olhar.

Porra cara feia pra mim e fome, e bom ela tomar cuidado, ela anda tanto de cara fechada que já tô confundindo a face dela com uma careta do It.

Dou mais uma tragada, prendendo e soltando logo em seguida e vendo um verme vir na minha reta, sem condições papo reto minha cara já tá quente.

Vem — Colocou as algemas em mim e saiu me puxando.

— Que porra e essa? Tortura?

— Depende po, tu tá ficando famosinha né? Tenente tá querendo falar contigo — Gelei na hora, essa porra não é confiável não, esse caralho pra me passar daqui pra outro mundo é fácil, ainda mais sabendo que eu não tô na minha área.

O verme me arrastou vários corredores tava nem entendo, lugar confuso de grande do caralho.

Ele para em frente a uma porta de metal e bate, ouvindo um "entre" logo em seguida.

Ele me empurra pra dentro daquela sala imunda, eu até estranho pensando que ia ser uma sala normal que eles ia só conversar comigo.

Minha cara foi no chão quando vi só uma cadeirinha e um monte de policial ao redor, que porra e essa covardia do caralho, dou uma risada alta fazendo eles me encararem.

— Tá rindo de que, tá vendo algum palhaço aqui? — Tenente me falou é me empurrou na cadeira amarrando meus braços e minhas pernas, covardes do caralho.

— Que que eu fale a verdade ou minta?

— A puta é afrontosa — Um outro policial fala, não faço questão de olhar pra ver quem é.

— Essa marra vai acabar rapidinho — reviro os olhos, mesmo estando amarrada eu estava totalmente largada na cadeira, cadê minha mãe aqui agora pra falar senta igual moça? A e eu não tenho.

— Vão ficar enrolando o Bagulho mermo? Solta a voz vão fazer o que?

— Primeiro — vem arrastando uma cadeira que eu nem tinha visto antes até perto de mim — Queremos informações, e você vai da pra gente de uma forma ou de outra — Ele deu um sorriso nojento de lado.

— Mais antes de qualquer coisa, cadê aquele verme de bigode que não tá aqui, achei ele mó gente boa — vejo o tenente revirar os olhos e encaro o senhor batatão de toy story no canto da sala que já estava me encarando, mais ele estava com...Pena? Que porra que vai rola aqui?

Você é muito amiga da família Rocha né? Visita da pequena, do RD, estão tramando o que?

— Nossa inteligente você né? Descobre então o sabichão — ele suspira fundo apertando meu maxilar.

Fala logo, sem gracinhas porque eu já estou sem paciência contigo.

— Não me diga, só um aviso, estão perdendo seu tempo — Ele se afasta soltando o meu maxilar que agora estava um pouco dolorido pela forma que ele apertou.

Ele caminha até a mesa que tinha no final da sala e eu mantenho meu olhar no bigodudo que ainda me encarava, ele levanta o celular discretamente, e eu o encaro sem entender.

O tenente volta com um canivete, eu dou uma risada alta, e encaro o bigodudo que agora estava gravando, então era ele o informante da pequena, que engraçado e eu aqui julgando ele, vou continuar porque ele não deixa de ser um verme.

— Meu filho tu acha que me põe medo com um canivete? Logo eu?

Não tenho ordem pra te matar, mais quem disse que a gente não pode se divertir — Os outros vermes deram uma risada e o outro lá só estava filmando, Engulo a seco já prevendo aonde essa merda iria dar — E aí vamos brincar? — da uma risada nojenta.

*Não se esqueça do deu fav e do seu comentário.

Feliz 2021 e que esse ano seja BEM MELHOR QUE 2020

ALIÁS FELIZ ANIVERSÁRIO PRA MIM❤️❤️

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora