• Capítulo Quarenta e oito

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Princesa narrando, Uma semana depois....

No início quando eu disse que eu fazia parte das pessoas que estavam destinadas a carregar com sigo a própria lei de Murphy eu não estava brincando.

Acho que posso ser considerada uma das pessoas mais azaradas do meu ponto de vista, nesse momento estou sentada sobre o meu balcão com um pedaço de gelo sobre o braço por ter acabado de me queimar com a Airfryer, Quem se queima com uma Airfryer?

Acontece que eu simplesmente sou péssima na cozinha,o Bagulho comigo e trabalho em campo, atirar nos cu azul, fugir da prisão ou até mesmo fazer hora com a cara de meus parceiros.

Não estou preparada pra ser dona de Casa, e acho que nunca vou estar.

Lívia está comigo a uma semana, e eu gosto disso, a presença dela é tão boa, ela já se acostumou na escola nova e me ajuda em casa todos os dias, graças a Angela ela é melhor que eu na cozinha.

Porém hoje eu queria fazer algo diferente, queria preparar o jantar, pensei em estrogonof ou até mesmo uma lasanha, mais minha pessoa não está preparada para dar passos tão grandes.

Então me contentei com steak de frango feito na Airfryer, e um arroz na panela elétrica, sim esse é o meu máximo, e eu CONSEGUI ME QUEIMAR.

Talvez eu esteja descontando a minha raiva em coisas assim só para esquecer o fato de que o Rd não bota a cara aqui a uma semana, não que não saber cozinhar seja algo mínimo, como eu sobrevivi por todos esses anos?

E como se instantaneamente acendesse uma luz na minha cabeça o nome pensão da Ju aparece na minha mente.

Esquece, eu sei como eu sobrevivi todos esses anos, tiro a Airfryer da tomada e alcanço meu celular digitando o número da Ju.

Ju: Oi meu anjo, lembrou que tem mãe filha da puta — Dou um sorriso forçado, se ela saber que eu to ligando pra ela por favor e não por saudade me mata.

— Sabe amor da minha vida, mulher maravilhosa mais querida do mundo.

Ju: O que você quer Vivian? Vou tentar esquecer o fato que você está me ligando apenas por favor, porque ce não a gente sai no tapa — Dou um risada forçada.

— Pode pedir o Leo pra mandar duas quentinha pra eu? — Escuto ela respirando fundo — Eu juro que passo ai mais tarde, mais faz essa pra mim Ju.

Ju: Ele vai levar.

— Muito obrigada Ju, de verdade...— Só ai que eu percebo que tava falando sozinha, merda.

Lívia arrumou alguns amigos no morro e saiu pra jogar futebol essa menina e pior que eu quando era criança, o que me assusta,eu não era fácil.

Pequena ficou de vir aqui já tem uns três dias e até agora nada, Mariana ficou comigo aqui a metade da semana, mais eu mandei ela pra casa, tá se desviando demais, tem que estudar nessa porra e formar nesse caralho, quero mais ninguém nessa vida não.

Porém quando ela foi embora eu desisti, porra e muito fácil se acostumar com a presença de uma pessoa, o Rd é viciante pra caralho, é bom acho que tô com abstinência.

Na primeira noite eu dormi com a Lívia, foi difícil ela tava chorando pra caralho nos meus braços, eu sabia exatamente o que ela tem passando, pois eu fiz o mesmo com a Ju.

Nos outros dias a Mariana dormiu aqui comigo, mais depois que eu mandei ela ir embora, ficou muito estranho dormir na cama sozinha.

Escuto buzinas na porta, e respiro fundo saindo de casa e abrindo o portão.

Leo: Aqui tua quentinha — Reviro os olhos — Quero saber até quando você vai sobreviver sem saber cozinhar.

— Você sabe? — Ele Revira os olhos — Tá vendo, você não sabe e tá vivo — Dou um sorriso falso pegando a sacola da mão dele — Se passar pela praça manda a Lívia vir pra casa.

Leo: Jae mamãe do ano...

— Vai tomar no seu cu Leonardo — Ele ri saindo com aquela moto barulhenta dele.

Entro em casa e arrumo a mesa, colocando as quentinha em pratos, escuto a porta da frente ser aberta, e caminho até a sala, mechendo no celular.

— Lívia, toma teu banho pedi comida pra gente — Termino de digitar um "Vem aqui pra casa sua feia" pra pequena e Desligo o celular levantando o olhar e encarando dois homens a minha frente.

Ouço a porta do fundo se abrir e eles se escondem atrás do balcão, colocando os dedos nos lábios para que eu fizesse silêncio.

Livia: Ai Vivian, fiz três gols hoje, a mãe e braba — Dou um sorriso forçado e ela olha pra mesa — Que milagre é esse? — Aponta pra comida e eu Coço a cabeça, pensando no que fazer.

Se estivesse só eu aqui em casa eu não ia pensar duas vezes antes de fazer alguma coisa, mais a Lívia também tá. Respiro fundo.

— Que bom meu anjo — Digo com um sorriso forçado caminhando até ela e dando um abraço na mesma — Sobe vai tomar banho, quando você sair e eu não tiver aqui, vai pra pensão da Ju e fala com o leo, não pergunta nada só sobe e toma banho — Sussurro no ouvido dela e me afasto ainda sorrindo — Quando eu era da sua idade era boa no futebol também, agora vai tomar banho que a comida tá pronta.

Ela me encara seria sem entender o que tá acontecendo mais sobe as escadas, quando escuto a porta do quarto dela bater os dois caras se levantam me encarando.

Xxx: Relaxa, a gente não tem nada com ela, nosso assunto é com você, mais se não for uma boa garota, talvez tenhamos que colocar ela no meio de tudo isso — Fico em silêncio é parada enquanto vejo eles se aproximando, um tira a arma do bolso, e em questão de segundos não consigo mais ver nada, e perco a consciência.

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Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora