• Capítulo Quarenta e cinco

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Princesa narrando...

Encaro ele por um tempo, depois volto a olhar pro quarto, me dói de verdade saber que ele ia fazer aquilo, tudo bem, ele tem as diferenças com ela e tals

Meu Deus, porque que eu tô me importando tanto com isso? Porque eu tô me importando tanto com tudo?

Ele chega mais perto e eu desvio dele, ia descendo as escadas quando ele puxa o meu braço me predendo contra a parede.

Rd: Qual a fita? — Ele passa a mão no meu rosto tirando uma mexa de cabelo.

— Porra de fita — Empurro ele é desco as escadas ouvindo ele vir atrás de mim.

Rd: O Vivian papo aqui real, fala qual e dos bagulho po tô te entendendo não.

— Não e nada Rd eu só tô — Respiro fundo e ele para atrás de mim encostado na parede.

Rd: Você tá?

— Vou visitar a Ju, não sei que horas volto — Digo pegando meu celular e ia saindo pela porta quando ele puxa meu braço de novo.

Catalho eu odeio que fazem isso e ele sabe, olho pra mão dele e ele percebe tirando ela.

Rd: Se a gente quer que isso de certo, a gente tem que conversar entre si princesa, não dá pra no primeiro problema você ir desabafar com outra pessoa, o problema é comigo? Vamo lá desabafa po, não tamo morando junto? Não tamo construindo nossas coisas? Qual é do bo, o que tá de incomodando po? — Respiro fundo, e volto pra sala me jogando no sofá.

— Você quer realmente isso?

Rd: Depende, isso o que?

— Sei la, morarmos juntos, adotar a Lívia, você realmente quer ter essa responsabilidade comigo? — Dessa vez ele que respira fundo e se senta no sofá do meu lado.

Rd: Isso é porque eu não fui com tu ver a garota? — Fico quieta, ele se encosta no sofá colocando as mãos sobre a barriga e olhando pra cima — Quando eu era menor, e perdi as minhas duas tias, uma pro pcc, tia suzi e tia Mary, minha mãe sumiu, não deu certo com o meu pai, deixou eu e minha irmã com ele e sumiu no mundo, sempre fui desses que não acredita muito em sorte, acho que sempre acreditei que fui um desses caras que nasceram com a lei de Murphy, que nada ia dar certo, confesso que quando eu chamei você pra morar comigo eu não tinha certeza, foi no impulso tá ligado não pensei direito. Eu fiquei com medo, medo de que desse errado e eu perdesse você — Ele para por um estante e começa começa a rir se sentando direito no sofá — Caralho me senti mó gay agora — Dou um sorriso de lado.

Eu me sentia assim, a pessoa mais azarada do mundo, só que aprendi a olhar as coisas boas, depois que eu saí da cadeia, eu ficava tempo demais me importando com a família que eu não tinha.

E me esquecendo de olhar pra família que eu ganhei, eu me preucupava demais olhando os meus problemas do passado que esquecia do presente, e tudo ia virando uma bola de neve.

Rd: Se você tá preocupada, achando que eu não quero isso, que eu não quero criar uma família com você, fica tranquila princesa, eu nunca quis tanto uma coisa na minha vida — Dou um sorriso de lado e ele me beija, mais para derrepente — Da próxima vez que tu falar daquele jeito comigo na frente de quem for não vou aliviar pá tu não, ainda sou seu chefe princesa caralho.

— Meu filho isso é você que pensa, todo mundo já sabe que quem comanda esse morro sou eu — Ele se levanta estressado e eu dou risada.

Rd: Esse teu jeito que não muda nunca.

— Ihhh foi você que se apaixonou por ele, posso fazer nada, e outra se envolveu comigo sabendo que eu era assim agora se vira o Ken de Cherno...

Os barulhos de folgos são escutados no céu. Vou te falar viu favelado não tem um minuto de paz.

Eu ia me levantar pra pegar o fuzil mais o Rd me para, era o que me faltava.

Rd: Você fica...

— O caralho, tenta me impedir pá tu vê —Ele respira fundo e eu pego o colete passando o fuzil pelas costas e pegando uma pistola.

Saio de casa com o Rd atrás de mim e o bonde da contenção dele atrás. As ruas estavam desertas aqui pra cima, o Bagulho tava rolando lá pra baixo mermo.

Vou descendo os becos,já tinha me afastado do Rd. Tava sozinha.

Vou descendo e bato de frente com o Leozin e o Vini, leozin em silêncio aponta pra frente e faz sinal pra gente seguir junto.

O barulho já tava até parando isso era estranho pra caralho po, nunca tinha rolado um bagulho desde por aqui. Mó sinistro.

Chegamos na metade do morro e os tiros são ouvidos mais uma vez agora bem mais alto e perto.

Silas: Ai pow desce geral desce geral e upp  nessa merda batendo de frente com o patrão, reforço nesse caralho.

Grita no rádio e eu encaro o leozin e o Vini e a gente começa a descer rápido, Leo aponta pro Vini continuar descendo e aponta pra cima da lage pra mim, e ele curva em outra direção.

Pego impulso no muro subindo pra Lage e começo a pular de Lage em Lage até chegar no lugar aonde tava ocorrendo a troca.

Me abaixo me posicionando em um lugar aonde não dava pra ser vista e sento o dedo no gatilho.

A troca durou mais ou menos umas duas horas quando os cuzao dos bota saiu daqui carregando o corpo do comandante no braço, filha da puta, acha que são os bonzão.

Da até graça bateu com a tropa do CV e tiro no cu azul tudo dois passa nada.

*Não se esqueçam do seu fav e do seu comentário.

Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora