• Capítulo vinte e oito

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— Fui cem por cento transparente com ele, falei que não queria mais nada, só que ele ficou completamente louco e começou a gritar, naquela época eu não era assim, se alguém gritasse comigo eu chora ficava com raiva mais não fazia nada, ele continuou gritando e gritando, quando eu falei que ia embora ele falou que não, então eu gelei, e ali eu percebi que quem não levanta pra bater, continua apanhando. Fechei a cara e na hora eu me virei encarando ele, que me olhava em silêncio, comecei a falar um monte de coisas, tudo que eu tinha pra jogar na cara dele eu joguei, porém ele nem ligou, e falou que aquilo não ia mudar em nada na decisão dele, fiquei naquela casa com aquele nojento por um mês, sem sair pro trabalho ou para qualquer outro lugar, quando ele enfim me deixou ir tive que arcar com as consequências, foi difícil mais eu consegui meu emprego de volta, porém semanas depois ele voltou e naquele beco ali — Nem olho pro local apenas aponto e continuo olhando pros carros que passavam — Ele me tirou o resto de esperança que eu tinha — Respiro fundo e ligo o carro — Tá com fome? — Encaro ela.

Mariana: Não - Ela diz com a voz baixa e eu Respiro fundo saindo dali - e o que você fez depois? Porque não denunciou? - Dou uma risada nasal.

- Denunciar bandido Mariana? A polícia não ia conseguir pegar ele nem por reza, e outra ele me achava antes de acharem ele, e sinceramente não quero nem lembrar mais da cara dele - Paro em frente do shopping e ela me encara - desce aí.

Desço do carro e ela desce logo após entro no shopping e ela vem atrás, começo a caminhar em direção ao Starbucks, minha lanchonete favorita.

Mariana: Mais você fez o que depois? - Respiro fundo e sinto meu celular vibrar no bolso mais uma vez.

- Bom, eu já não tinha mais esperanças de nada, então fiz o que qualquer garota burra faria, entrei pro crime, na época eu entrei por vingança, meu plano era conseguir um cargo alto, e matar o filha da puta sem sofrer nenhuma consequência, só que o tráfico muda você Mariana...

Rd: A vida não é um pote de maionese - tomo um susto assim como a Mariana e coloco a mão no peito tentando me acalmar e não meter a porrada no filho da puta do RD.

- Cara eu te juro, que se tu fizer uma porra dessas outras vez eu te mato - Ele ri e coloca a boca no canudinho bebendo seja lá o que for aquilo - Tá fazendo o que aqui? - Encaro ele, tava todo arrumadinho, com uma calça preta e uma blusa branca escrito "Malvadão".

Rd: Eu vim atrás de tu - Reviro os olhos e continuo seguindo meu caminho e ele fica pra trás junto da Mariana - Aí essa tua irmã é chata pra caralho viu - Reviro os olhos e entro na lanchonete.

Vou até o balcão e faço meu pedido com eles logo atrás, Mariana faz o dela e RD não faz pedido nenhum, sei nem o que esse embuste tá fazendo aqui.

Me sento em uma mesa e eles se sentam comigo.

Mariana: Tá começando a ficar tarde - ela olha o relógio, e eu Encaro ela.

- Depois que a gente comer eu te levo - Ela assente e o RD me encara.

Rd: Hoje não - Encaro ele com um sobrancelha arquiada - Reunião, vim atrás de tu porque a pequena que tu lá - Respiro fundo - Silas tá aí peço pra ele te levar no carro dele - Me olha com deboche e eu mostro o dedo do meio.

- Reunião sobre? - Encaro ele que dá de ombros.

RD: Se eu soubesse eu não precisaria ir - Respiro fundo.

- Vai embora vai RD, ninguém merece - Ele ri, e os pedidos chegam.

Como tudo na maior paciência vendo o RD se estressar comigo, dava até vontade de rir, Mariana terminou o dela rapidinho e eu fiquei enrolando.

Rd: Na moral vou enfiar esses Bagulho garganta a baixo tá com algum problema princesa porra - termino de mastigar e dou um gole no meu refrigerante encarando ele.

- Na verdade tô, não sei o nome dele mais tô ligada que ele responde pelo vulgo RD - Ele revira os olhos e eu termino de comer e chamo a moça pra pagar a conta.

Só que o RD é mais rápido e paga se levantando da mesa.

Rd: Vamo que a gente vai chegar atrasado - Reviro os olhos e me levanto encarando a Mariana.

- Tudo bem tu ir com o Silas? - Ela assente em confirmação e eu vou pro estacionamento com embuste ao meu lado, Mariana vai com o silas e eu entro no carro dele - Aonde que vai ser essa reunião?

Rd: Nova Holanda - Fico quieta e vejo que meu celular estava descarregando - Você é a Mariana passou o dia aonde? - Desvia o olhar rapidamente na minha direção.

- Tô tentando entender - ele franze o senho.

Rd: O que? - Encaro ele.

- Quando que isso passou a ser da sua conta porra - ele bufa acelerando o carro.

Rd: Essa tu ignorância vai te matar ainda.

- Mais antes eu vou ver você morrendo com o seu ego - dou um sorriso de lado sem mostrar os dentes e ele revira os olhos.

Rd: Teu pai tava procurando emprego.

- Pai da Mariana - Respiro fundo - É eu tinha até me esquecido disso, tô pensando em dar aquele bar que era do Chico, que ficava lá no beco dez.

Rd: Tem certeza? - Encaro ele.

- Porque eu não teria?

Rd: Fica de frente pra boca, aquilo ali vai encher de aliado.

- Vai encher de mavambo você quer dizer - Ele revira os olhos mais uma vez - É acho que isso é bom não é não? É mais lucro.

Rd: O problema é ele vai gostar disso Princesa?

- Ele tem que gostar cara, da onde ele veio ele não tinha nada no nome dele, eu dei uma casa e uma lugar da onde ele vai conseguir tirar os lucros dele, ele não tem que gostar não eu ein - Ele é ri - Que foi?

Rd: Esse teu jeito que nunca muda.

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Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora