• Capítulo nove •

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Rd: VOCÊ NÃO VAI SAIR DAQUI — grita passando a mão na mesa e derrubando tudo que estava em cima, nem me movi, se ele tá achando que eu tenho medo dele tá absolutamente enganado, medo eu só tenho de um dia não ter dinheiro pra bancar meus luxo, caso contrário eu tenho pena.

— Sério? Vai fazer o que? RD eu não sei se você sabe, mais sou uma mulher maior de idade, e faço o que eu quiser, não vai ser você que vai me impedir de fazer o que eu quero...

Rd: Você não vai — Vem até mim e segura meu maxilar, esse filho da puta tá achando que e quem? — Só sai daqui por cima do meu cadáver — Encara olho no olho e me faz arrepiar, Tento passar por ele, e caminho em direção a porta — Po vamo brigar não morena — Diz mais baixo com a voz rouca por ter gritado.

— Quero saber da onde que surgiu tanta intimidade? Porque eu mesma não dei ousadia — Ele me encara por um tempo, e se aproxima respiro fundo.

RD: Tu vai tomar conta da contabilidade e eu triplico teu pato se tu ficar, aí já e contigo, eu não tenho mais nada pra dizer, você e a dona de si né, faz o que você quiser — Fala sem olhar no meu rosto e sai de perto, me deixando sozinha com a cabeça a mil.

O que rolou aqui? Porque ele não quer que eu saia? E porque essa generosidade assim do nada?

Volto pro baile encontrado a pequena e a Baronesa.

Baronesa: po vou meter o pé — Encaro ela, nem tava com cara de cansada tá mais pra desapontada ou preocupada e difícil saber o que a baronesa realmente tá sentindo, ela e fechada demais.

— Já??

Baronesa: Dona Susana mandou mensagem, linda tá meio febril — Da um sorriso de lado e se despede de mim indo se despedir dos outros também.

Puxo uma puro malte do isopor e me encosto na grade olhando o movimento, vejo o RD me encarando de longe.

Viro meu rosto pra outro lado e a pequena se aproxima.

Pequena: Não sou de fazer fofoca não, mais o que tu tem com meu irmão? — Arregalo os olhos encarando ela, pequena não tinha nada haver com o Rd as vezes me pergunto se eles são realmente irmãos, pequena e ruiva enquanto o Rd tem os cabelos pretos, pequena tem a pele branca e e bem baixinha, já o Rd tem a pele escuta e e alto pra caralho. São o oposto um do outro.

— Oxi loca, tenho nada não, teu irmão que e um sem futuro e fica no meu pé — Ela ri e eu viro o líquido da garrafa na boca

Pequena: Pode falar o que quiser mais eu conheço o meu irmão — Ela pisca pra mim e da um sorriso de lado se afastando. Na cara de que e daquelas que solta a bomba e sai correndo, no caso só planta a sementinha e deixa tu tendo que cuidar do resto.

Balanço a cabeça em negação e desço as escadas do camarote, atravessando aquele mar de gente e saindo em uma área escura e completamente vazia.

Começo a subir o morro, o tanto que eu estava com saudades desse lugar, do lugar onde eu passei parte da minha vida, um lugar aonde eu aprendi tudo que eu sei hoje.

Subo o morro em passos lentos apenas sentindo a briza fria do vento bater contra o meu corpo me causando arrepios, e tão bom você ter liberdade, tô me sentindo uma drogada, depois de cheirar umas quatro carreiras de cocaína, dou um giro no meio do nada rindo. Eu amo a sensação de estar liberta.

Bom de certa forma, porque eu sei que daqui pra frente liberdade vai ser uma coisa bem limitada, até porque Eu fugi da prisão não e mesmo?

Minha vida daqui pra frente nunca mais vai ser a mesma e eu tô ligada disso, mais eu não aguentava mais ficar naquele lugar, aquilo estava acabando comigo e com a minha sanidade mental.

Paro em frente a minha antiga casinha, sei que passei meses longe mais e como se fosse anos, a brisa fria bate mais uma vez me fazendo encolher e envolver os meus braços no meu corpo.

Abro o portão com a chave que eu deixava escondida ali perto (sim sou dessas que sai de casa e esconde a chave perto do portão).

Entro no quintal fechando o portão, e caminho até a porta da frente, respirando fundo olhando ao redor.

Coloco a chave na maçaneta da porta abrindo a mesma e entrando na minha casa, mais ao contrário de sentir aquele cheiro de casa, aquele calor aconchegante que só a nossa casa nos passa, eu começo a tossir com o tanto de poeira que tinha ali, a casa estava uma bagunça.

Bom do jeitinho que eu deixei, eu não podia passar a noite nessa casa assim né?

Respiro fundo fazendo um coque no meu cabelo e andando pelo pequeno corredor parando no meu quarto, coloco minha bolsa no criado mudo e tiro meu casaco jogando ele na cama.

Vou até o quartinho de limpeza pegando alguns produtos de limpeza e indo pro banheiro, começando pelo mesmo.

Seria uma longa noite...

08:40 do outro dia...

Acordo contra gosto ouvindo me chamarem no portão, fui dormir tarde ontem, mais a casa ficou com cheirinho de Ypê.

Limpei lugares que eu não limpava a Anos, e depois de um banho eu caí na cama e apaguei bonito, feito pedra, nunca dormi tão bem na minha vida.

Levanto da cama nem vou no banheiro tô disposta a xingar quem veio me acordar de madrugada.

Abro a porta e vejo o embuste mechendo no celular em frente o meu portão.

— A e você — Cruzo os braços me encostando no batente da porta encarando ele com deboche.

Ele guarda o celular no bolso e me encara.

RD: A gente pode conversar?

— Tenho nada pra conversar contigo não, pode dar meia volta e voltar pra puta que pariu — Ele pula o muro que nem era tão alto assim, nem sei pra que tinha aquela merda e vem até mim — RD quero briga não Jae? Será que tu pode parar de encher meu saco? — Ele da de ombros e eu entro dentro de casa e ele vem atrás.

RD: Casa maneira po — Encaro ele seria já perdendo a paciência.

—Vai falar o que tem pra falar? — Me encosto na parede cruzando os braços vendo o filha da puta no maior aconchego na casa... Que não e dele.

RD: Vai voltar pra boca? — Encaro a cara de sínico dele, filha da puta arrombado do caralho.

— Não sei, não ganho nada com isso — Cruzo os braços me encostando na parede e vendo a careta horrorosa que ele faz.

RD: Tu quer mais o que filhona? Já aumentei te salário, disse que não precisa ficar na contenção, tá querendo mais o que? Uma viagem pra Disney?

— Seria uma boa — Coloco a mão no queixo fingindo estar pensando e ele me encara feio — Tá eu vou voltar o sem futuro — Ele faz outra careta e eu vou pro banheiro escovar os dentes, eu já iria ficar de qualquer forma, minha vida e nesse lugar, minha família tá aqui, se eu saísse iria ficar sozinha, e a vibe solitária não e muito minha praia, vou pra cozinha, vendo o outro lá jogado no meu sofá.

Folgado do caralho.

Pego uma maçã e começo a comer olhando pro nada, sabe quando você friza em um ponto específico e não consegue parar de olhar pra lá? Poisé era eu nesse momento.

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Vocês não sabem o prazer que e está de voltaa

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Envolvida (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora