Entro no carro e Mariana logo depois, colocando o sinto passo as mãos sobre os olhos tentando relaxar e visualizar o que eu vou fazer a partir de agora.
Coloco a chave na ignição e olho mais uma vez para a casa branca aonde Lívia me encarava com um sorriso enquanto dava tchauzinho.
Mais no seu olhar dava pra ver, dava pra perceber o que ela realmente sentia, o que me faz lembrar de quando tinha a idade dela, eu já havia perdido todas as esperanças, mais ela não ela ainda tinha, e dava pra ver que isso era direcionado a mim.
Mariana me encara por um tempo e eu ligo o carro e saio dali, e Encaro a Mariana que ainda me olhava.
— Solta o verbo tiw? Tá olhando o que? — Ela faz uma careta e meu telefone toca, olho pro mesmo que estava no painel e vejo que era o RD.
— Não vai atender? — Balanço a cabeça em negação e ela assente olhando novamente pra lá pra fora. Respiro fundo.
— Foi mal fiquei nervosa — Digo sem olhar na cara dela e ela me encara incrédula — Que foi? — Continuo prestando atenção na estrada.
— Isso é um pedido de desculpas?
— Tu ouviu a palavra desculpas? — Ela balança a cabeça em negação — Então não é né Mariana — Respiro fundo e ela ri me tirando do sério.
— Você tem uma ligação muito forte com aquela garota, e muito lindo de ver — presto atenção na estrada e não respondo nada.
Meu coração ainda tá apertadinho em saber que Lívia espera alguma coisa de mim, e eu demonstrando ser a adulta que sou, não sei o que fazer.
Paro em frente a maldita lanchonete, Respiro fundo e minhas mãos começam a tremer, Mariana me encara sem entender e eu só conseguia encarar o maldito beco.
— Aos dezessete eu sai do orfanato e morei de favor a umas duas quadras daqui, ficava até tarde trabalhando nessa lanchonete — Aponto pra frente e ela encara o local — Alguns meses eu estava insatisfeita não conseguia bancar os luxos que eu queria, e foi aí que tudo começou a desandar — Respiro fundo.
— Olha Vivian — Encaro ela — Eu não sei pelo que você passou, não faço a mínima ideia, mais eu acredito que tudo que acontece com a gente na adolescência é na juventude está mais relacionada ao que a gente vai se torna do que o que a gente é, e você se tornou uma mulher incrível — Ela respira fundo, e olha para a pista — Vivian você fugiu da prisão, quem consegue fazer isso?
— Eu tive ajuda — Me concerto no banco.
— Não faça isso — Encaro ela arqueado uma sobrancelha — Não se diminua, por mais que você tenha tido ajuda você que fugiu, você ia se entregar pra salvar o RD, você é o tipo de pessoa que todos querem do lado, você já conseguiu encontrar sua verdadeira essência, e acho que é por isso que todos gostam de você, você é você mesma sem ligar se alguém vai falar mal ou simplismente ir embora...
— Mariana, não é bem assim — Encaro a lanchonete mais uma vez — Eu namorei um cara, por cinco meses — Não tiro o olho da lanchonete — Ele era gente boa sabe, vinha todos os dias me pegar de carro, me lembro como se fosse hoje, ele tinha uma santa fé branca, e o nome dele era Igor, ele parava exatamente aqui a onde a gente tá, meu sorriso era enorme e dava pra ser visto a milhares de quilômetros quando eu saia daquela maldita lanchonete e via o carro dele, porém um dia eu sai e ele não tava, e isso foi acontecendo com frequência, quatro semanas depois ele apareceu, falou que teve problemas com a família e pediu várias desculpas — Encaro a Mariana — Mariana eu sou uma pessoa horrível, mais uma coisa eu te digo, nunca, nunca Abaixe a cabeça para homem nenhum tá me ouvindo, nunca deixe as coisas passarem dos limites, se ele gritar alto com você, grite a mesma altura que ele, se ele te meter o tapa chuta o saco dele, e se não conseguir revidar, ele for mais forte do que você, aja naturalmente e na primeira oportunidade saia da vida dele.
— Não tô entendendo, o que aconteceu de verdade? — Dou um sorriso irônico e me viro pra frente outra vez.
— Ele era traficante, o problema que ele tinha com a família, foi a fiel que tava começando a descobrir que ele tinha outra, a mulher em casa com dois filhos e ele na rua comigo, quando eu descobri eu surtei, eu queria matar ele, mais simplesmente ignorei, ele apareceu na lanchonete, e tentou conversar comigo, agi naturalmente como uma atendente reage a um cliente, e acho que foi isso que o deixou com mais raiva, minha indiferença — Respiro fundo, encarando ela outra vez — Um dia ele me esperou na saída do trabalho, assim que eu saí ele falou pra mim entrar no carro, ignorei e continuei meu caminho, ele parou o carro e correu até ficar na minha frente, abriu a porta do carro e falou que a gente precisava conversar, entrei e ele entrou logo em seguida, dando partida no carro coloquei o cinto e fiquei em silêncio apenas olhando o caminho seja lá qual for o lugar que ele tava me levando. Ele parou em frente a uma casa enorme linda falou pra mim descer e eu desci, ele entrou na casa e eu não queria entrar mais ele me encarou e falou pra mim entrar, eu entrei, Mariana a casa era linda tipo casa dos sonhos tá ligada, Ele se sentou no sofá e ficou me encarando, naquele dia ele me mostrou a foto de toda a sua família, e dos seus dois filho inclusive a fiel, falou que não tinha mais nada com ela, mais mesmo assim eu não queria mais nada com ele, acho que depois dele ter me enganado eu não conseguia mais ficar com ele da mesma forma...
Continua...
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Envolvida (EM REVISÃO)
Teen Fiction📍𝑭𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂 𝒅𝒐 𝑽𝒊𝒅𝒊𝒈𝒂𝒍 - 𝑹𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑱𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒐 Porque ela aprendeu com a vida que ser feliz é mais fácil, então ela não dá voz ao choro e aos maus pensamentos. Desobedece a tristeza dez vezes ao dia. E não pensa duas vezes antes de...