Envolvida (EM REVISÃO)

Prólogo

Quando crianças sonhamos com vários futuros diferentes, um dia queremos ser astronautas, no outro bailarina, conforme o tempo vai passando percebemos que não é tão fácil assim, eu acredito que é preciso ter um sonho para se adaptar a realidade, e quanto maior é a adaptação a realidade, maior é a necessidade de tu persistir no sonho até tu conseguir realizá-lo. A realidade? E um glorioso cemitério de sonhos.

Quando se vem da parte de baixo e difícil chegar ao topo, tem vários fatores que impedem que isso aconteça, um deles é o próprio sistema. A verdade é que eles não ligam para gente, sentem fome de poder e dinheiro, deixando a população a mercê de todo tipo de citação precária.

A prova viva são as comunidades, um aglomerado de casas em morros onde muitas das vezes não se tem água potável e rede de tratamento de esgoto, o favelado é tratado como animal, sofre todo tipo de preconceito que você possa ou não imaginar. Para uma criança que cresce nessas áreas onde o crime domina na maioria das vezes é dominado pelo crime, sendo assim mais uma vítima do sistema.

A verdade é que eles não ligam para a gente, pouco se importam, e o índice de criminalidade só vai aumentando, o irônico de toda essa história é que os mesmos que dizem lutar para acabar com o tráfico de drogas e a criminalidade nessas comunidades são os mesmos, que lutam para que ela continue.

Não se deixem enganar ninguém e verdadeiro, e foi através desses tapas na cara que a vida me deu que eu cresci, renasci e me tornei quem sou hoje, não me orgulho do que fiz, mais tenho a certeza de que faria exatamente tudo de novo.

Sou conhecida como princesa, apesar de não parecer nem de longe uma, cresci a mercê do perigo, sempre foi eu e Deus, para os mais íntimos me chamo Vivian, mais uma vítima do sistema.