Cheryl abriu os olhos lentamente sentindo seu corpo exausto. Olhou pro lado vendo Toni sorrindo pra ela de uma maneira tão única e apaixonante.
- Bom dia, meu bem. - Toni beija a testa dela com carinho. - Estava te olhando dormir esperando você acordar para tomarmos café juntas. Olhe o que minha mãe mandou fazer.
Ela aponta para uma bandeja totalmente recheada de coisas em cima de uma mesinha. Cheryl sorriu ao ver o ato gentil da sua esposa ao trazer-lhe café no quarto. Iria se levantar rapidamente, mas parou ao se dar conta de que estava totalmente sem roupa. Ouviu o som da risada de Toni que ria das bochechas coradas dela.
- Não sinta vergonha de mim, não depois de ontem, marrenta. - Ela pega a bandeja e aproxima da cama. - Vamos comer?
Cheryl pegou e mordeu um morango sentindo o sabor gostoso e azedo em sua boca. Toni rouba-lhe um beijo sentindo levemente o sabor da fruta. As duas, depois de beliscarem as coisas da bandeja, namoraram um pouquinho. A cama ainda era muito convidativa para as duas.
- Infelizmente eu preciso ir. - Toni sela os lábios da sua amada com o coração partido. - Um pouco tarde pra começarmos uma lua de mel, inclusive no momento em que estamos. Mas prometo voltar pra você assim que der.
- Irei resolver umas coisas também. - Ela alisa o rosto de Toni com ternura. - Volte logo, estarei esperando.
Ela beija sua esposa mais uma vez e depois sai do quarto deixando-a sozinha. Cheryl vai pro banheiro e toma um banho relaxante. Arruma-se e depois pega a miniatura enfeitiçada onde tinha escondido. Aperta o objeto contra o peito e então sai do quarto com o coração cheio de esperanças. Encontra apenas Katy na mesa, bebericando café.
- Bom dia, querida. Provavelmente teve uma ótima noite. - Cheryl cora ao ouvir de sua sogra tais palavras. - Vai sair?
- Bom dia. - Respondeu rapidamente. - Irei sair sim, resolver uns problemas. Voltarei logo, cuide-se.
Cheryl saiu rapidamente antes que ouvisse mais uma frase que a fizesse corar, abraçou seu corpo ao sentir o vento chicotear seu corpo. Logo foi interceptada por Justin, um dos lobisomens responsáveis pela proteção do casarão.- Onde a Sra. vai? Tenho ordens para protegê-la e segui-la onde quer que vá. - Ele diz gentil.
- Preciso que me leve até o vilarejo Nascente, o mais rápido que puder.
Logo já estavam na carruagem, indo em direção ao vilarejo. Cheryl fez uma anotação mental, precisava vencer esse medo de se transformar mais uma vez. Minutos depois, Cheryl estava descendo da carruagem com ajuda de Justin.
- Volte daqui a uma hora, nesse mesmo local. Agora vá, proteja as mulheres e o povo do vilarejo Crescente. Aqui estarei segura.
- Sim, Sra.
Justin foi embora o mais rápido que podia, não podiam dar brechas ao inimigo. Cheryl colocou o capuz na cabeça e começou a andar até a casa de Niall. Seu coração ardia ao imaginar que iria livrá-lo de ser um sanguessuga solitário, não desejaria isso nem pro seu pior inimigo. Bateu na porta da simples casa aguardando ser atendida o mais rápido que podia. Bateu mais umas vezes e não foi atendida, estranhou. Girou a marçaneta empurrando a porta vagarosamente, torceu para que estivesse tudo bem.
- Maura? Bobby? Louia? - Chamou os nomes dos donos da casa com a intenção de que eles respondessem. - Estou entrando, vocês estão aí?
Olhou a sala inteira e não viu ninguém. Ousou adentrar ainda mais, explorando os quartos. Entrou no quarto do casal e não tinha ninguém, nem sinal de que dormiram na cama. Fechou a porta tremendo levemente, caminhou até a porta do quarto de Niall. Segurou na marçaneta e empurrou-a sentindo um calafrio estranho. Abafou um grito ao encontrar Maura jogada no chão, com o pescoço ensanguentado.- Minha Deusa da lua, o que aconteceu aqui? - Berrou ao segurar o corpo gelado de Maura.
Levou dois dedos até o pescoço da mulher constatando que ela estava morta. As lágrimas vieram nos seus olhos ao se dar conta de quem fez isso. De repente, ouve uma movimentação estranha na casa.
- Tem alguém aí? - Perguntou tremendo muito e repousando o corpo de Maura no chão.
Seu corpo não lhe obedecia muito, mas ela esforçou-se se pondo a andar. Segurou no batente da porta sentindo uma forte tontura, não estava acreditando que Maura estava morta, e ela estava grávida. Outro barulho é ouvido então ela teve certeza que vinha do banheiro. Andou rapidamente até lá e então abriu a porta com um chute.
- Louis! - Gritou horrorizada ao ver o garoto tremendo e todo melado de sangue.
Louis estava sentado no chão, com a boca, pescoço e roupas meladas de sangue e chorando muito. O garoto tremia violentamente, estava em choque.
- Eu... Eu... Minha mãe... Ela... - Nada coerente saía de sua boca.
- Não fale nada, venha aqui. - Cheryl abriu os braços chorando junto com o garoto.
- Não, Sra. Cher. - Ele recua balançando a cabeça em negação. -Eu posso...
Instintivamente, Cheryl chegou perto do garoto e abraçou seu corpo. Não aguentando mais segurar, deixou que as lágrimas inundassem seu rosto. Seu peito subia e descia de acordo com os soluços do seu choro, com Niall não era diferente. Os dois caíram de joelhos abraçados, o choro seria algo impossível de se conter. Como um filho precisando de carinho, Cheryl aninhou Louis nos braços ninando-o. As presas dele foram sumindo e então ele parecia ter se acalmado. Cheryl tirou a miniatura que estava escondida em seu decote e encostou na testa do garoto. Ele esperniou, se debateu e então desmaiou. Automaticamente a miniatura começou a brilhar, como se estivesse sido ativada.
- Minha Deusa da lua, como irei esconder isso tudo do vilarejo? - Perguntou a si própria ao encarar o garoto desmaiado.
O choro de Cheryl não deu trégua, aquela cena jamais iria sair de sua mente. Sabia que a culpa não era do garoto, ele era um inocente. Mais um inocente que Hal prejudica, mais uma vida vítima das maldades gratuitas dele. Cheryl fechou a mão com força sentindo toda raiva do seu ser emanar, ela não aguentava mais esses joguinhos do Hal. Ela tinha que dar um fim nisso, o único jeito seria ir atrás dele e acabar com tudo isso. Não hesitará em fazer isso, ela estava certa disso.
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Prometida à Alfa - Choni
Fanfiction[Finalizada] Filha do líder de uma alcatéia forte, Cheryl sempre dedicou-se a assuntos que não se referiam a lobos. Sabia que o que estava em seu DNA não podia ser mudado, mas preferia negar. Gostava de ensinar as crianças do vilarejo e ajudar quem...