Capítulo 65

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Cheryl abre os olhos preguiçosamente, estava com a cabeça no peito de Toni. Mexeu-se o mínimo que pode e assim foi fazer suas higienes matinais. Ficou um bom tempo admirando sua barriga no espelho. Estava sentindo-se bem, disposta. Estranhamente estava feliz. Até contarolou durante o banho. Ao voltar pro quarto, percebeu que Toni estava encostada na cabeceira da cama com apenas um lençol fino cubrindo um pouco abaixo da barriga.

- Que visão! - Exclama Cheryl ao admirá-la em total.

- Isso soa muito Selena. - Toni gargalha. - Parece de bom humor.

- Estou sim e muito faminta também. Vamos descer? - Cheryl veste-se.

- Vá na frente, vou tomar um banho primeiro. - Toni levanta deixando o lençol de lado e fazendo Cheryl erguer as sobrancelhas. - Pare de fazer essa cara. Está uma tarada.

- Nem eu estou me conhecendo. - A jovem sorri deixando o quarto.

Cheryl anda pelo corredor e dá de cara com Betty e Veronica abraçadas. A presença da jovem fez o casal assustar-se.

- Cheryl... Oi. - Veronica passava as mãos nas laterais da calça. - É...

- Não fiquem assim, por favor. - O sorriso de Cheryl estava tão grande que era estranhamente bem-vindo. - Vocês são livres e solteiras. Espero que sejam felizes. Bom dia.

Cheryl passou pelo casal deixando Betty em especial totalmente desacreditada. Chegou à mesa vendo uma mesa farta e colorida.

- Bom dia. - Cumprimentou os sogros. - Tem suco de limão?

- Tem sim, Sra. - Bernadete responde indo buscar a jarra.

Thomas e Katy sorriram ao ver a pequena barriga de Cheryl tão redondinha. Ela estava tão radiante. Toni aparece à mesa juntamente com Veronica e Betty. O café da manhã foi regado à varios assuntos empolgantes. Cheryl parecia interessada em todos.

- Você não vai comprar o enxoval do bebê, Cheryl? - Betty pergunta mordendo um pedaço de mamão.

, Tanta coisa está acontecendo que me esqueci... - Respondeu alisando sua barriga. - Mas irei em breve. Talvez precise de ajuda.

- Eu posso ir com você, meu bem. - Toni toca em cima da mão da sua mulher. - Quando quiser ir pode me chamar.

Cheryl assentiu e então saiu da mesa indo para o jardim. Estava com saudades das flores que lembravam sua mãe. Estava com saudades da sua mãe.

- Você está triste e feliz em pouco espaço de tempo. - Toni abraça Cheryl por trás. - Quer conversar?

- Hal me disse que o nosso bebê vai ficar bem, mas não garantiu nada em relação a mim. - Explicou pesarosa. - Essa felicidade toda é disfarce. Estou com o coração apertado, muito.

- Pressente alguma coisa?

- Talvez sim. - Cheryl vira-se para olhá-la melhor. - Mas eu sei que ficarás bem, você e nosso bebê.
Toni calou Cheryl com um beijo. Ela estava cansada de falar daquele assunto, doía. Era como se Cheryl estivesse se despedindo a todo tempo.

- Vou precisar ir até a casa da Hope. Preciso de notícias. Se cuida, meu bem. - Beijou-a mais uma vez.

- Me cuidarei.

Toni foi embora e Cheryl caminhou ao redor do Casarão. Viu uns lobos andando, mas não se aproximou. Encarou o céu e depois as árvores. Ao se dar conta, Cheryl estava dentro da floresta que fica perto do Casarão. Olhou em volta assustada por não ter se dado conta de que estava indo tão longe.

- Você sempre virá até mim. - Hal surge na frente da jovem. - Está triste? Talvez o que eu tenha te dito ontem ficou martelando nessa sua cabecinha de borboleta.

- Você não pode estar aqui...

- E não estou. Sou fruto da sua imaginação. - Gargalhou. - Vim acalmar seu coração. Você me acha muito mal, quero te provar que não sou.

Cheryl tenta se afastar com medo de qualquer reação louca que o homem à sua frente tenha.
- Calma. Não vou te machucar. - Sua voz sai branda. - Quero te dar duas opções: Você quer saber do moleque e o pai dele ou você quer saber quem é que vai morrer por esses dias?

Cheryl arfou tentando controlar o nervosismo que tomou conta de todo seu corpo. O ar começou a lhe faltar e a mesma tentou procurar algo pra se apoiar. Falhou. Acabou tombando, mas logo se recompôs.

- Isso é provar que não é mal? - Perguntou com a voz entrecortada. - Não me faça escolher... Eu preciso saber das duas opções.

Hal aproxima-se com o puro olhar de luxúria pra cima da jovem. A mesma percebe, mas não recua. Sua cabeça estava dando voltas.

- Você quer um tempo pra pensar? - Sua mão toca o rosto dela. - Te dou uns minutos...

- Você não presta!

- Olha aqui... - Ele segura no braço de Cheryl com brutalidade e raiva. - Sua mãe fazia esses mesmos charmes pra mim e me amava. Você precisa parar de querer imitá-la ou eu vou te dar o mesmo fim que dei a ela.

Lágrimas desceram tão quentes e pesadas pelo rosto de Cheryl ao ouvir tais coisas. Essas pressões psicológicas usando a sua mãe estavam destruindo-a. Hal a solta assim que vê o que fez com ela. Apertou muito e por ser vampiro, acabou danificando o braço dela.

- Eu não estou suportando mais... - Caiu de joelhos aos prantos. - Por favor, para. Eu vou enlouquecer desse jeito...

- Eu... Não...

- Você me obriga a fazer coisas que não quero, a me sacrificar pelos outros estando grávida... Eu só queria ter o bebê. Depois você me mata, só não me tortura.- Cheryl estava deixando Mathew desesperado. - Não faz isso enquanto ela estiver aqui dentro, por favor. Eu te imploro... - Ela toca nos pés dele totalmente desesperada. - Para! Para!

Cheryl acaba desmaiando pela forte emoção que teve. Hal olha pra seu corpo estendido no chão e pragueja a vida. Pega a mesma no colo e caminha até perto do Casarão.

- Você nunca vai entender. - Ele alisa o rosto dela ao deitá-la no chão. - Me encontre hoje a noite no mesmo lugar. Ainda precisamos resolver algumas coisas. - Beijou sua testa. - Eu te amo.

Alguns lobos viram Hal se afastando, correram atrás do mesmo, mas ele sumiu. Justin pegou Cheryl nos braços e caminhou até o Casarão. Veronica ouviu a movimentação e então foi ver o que era lá fora. Encontrou Justin na porta com Cheryl nos braços. A mesma estava com o rosto totalmente inundado de lágrimas. Pegou sua cunhada nos braços e agradeceu ao lobo que a carregou.

- Não sei quanto mais ela vai aguentar... - Disse assim que chegou na sala com a garota em seus braços.

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora