Capítulo 55

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Depois de limpa outra vez, Cheryl adormeceu. Já era madrugada, Toni saiu do quarto e foi até a sala. Colocou um pouco de bebida no copo e sentou afim de relaxar. Ouviu passos e direcionou seu olhar para saber quem era.

- Insônia? - Betty pergunta sentando um pouco perto de Toni.

- Preocupação. - Respondeu bebendo um pouco do líquido ardente. - Deverias estar dormindo. Dizem que as grávidas se pudessem hibernavam.

, Não é o meu caso. - Ela sorri e depois endurece a expressão. - Vi a Bernadete levando uns panos cheios de sangue pra lavar. A Cheryl piorou?

Toni respirou fundo bebendo mais um pouco da sua bebida. Sentiu lágrimas surgirem nos seus olhos e passou a mão rapidamente para impedi-las de molhar seu rosto.

- Ela está doente, eu acho. - Sua voz saiu entrecortada. - Quando amanhecer irei pedir pra Hope vim aqui. Eu estou tão perdida, tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo...

Betty aproximou-se mais e tocou no ombro de Toni em forma de apoio. Ela via nitidamente o quão perdido ela estava.

- Eu não lembro de muita coisa, mas sei que a cheryl me salvou. Ela arriscou a própria vida e ao do bebê de vocês pra salvar a mim e ao meu filho. - Betty suspira e depois dá um sorriso amável. - Eu não tenho dúvidas de que ela e o bebê vão ficar bem. A Deusa da lua não permitirá que nada aconteça. Fique tranquila.

Toni assentiu e então Betty voltou pro seu quarto. Ela conseguiu ver a diferença em Betty, ela só podia estar hipnotizada mesmo. Terminou sua bebida e voltou pro quarto, para os braços da sua mulher.

                                              ...

Hal não tinha mais a Betty como uma boa espiã. Sabia que ela era importante, ela contava tudo nos mínimos detalhes, coisa que ele adorava. Seu plano estava indo como ele queria, teve que mudar um pouco, mas nada que destrua tudo que ele arquitetou.

- Austin! - Gritou em plenos pulmões. - Austin, seu inútil!

Imediatamente Austin apareceu na frente de Hal dando uma leve curvada no corpo em sinal de respeito. Hal revirou os olhos ao olhar pro rosto de Austin e perceber a sua inutilidade.

- Deseja algo, Mestre?

- Sim, vá ver se as feiticeiras prepararam o que eu lhes solicitei. Só volte aqui com notícias boas. - Ordenou virando as costas. - Faltam poucas horas para o meu tão sonhado encontro com a minha Penélope.

- Se me permiti, o nome dela é Cheryl, Mestre.- Com medo, Austin o corrigiu.

- Eu sei, seu imprestável, eu sei. Agora vá logo!

Austin sumiu como fumaça e então Hal pode ficar em paz. O que ele achava que iria durar muito, acabou não sendo do jeito que ele imaginava. Um servo entrou na sala avisando que a mulher que Hal tinha pedido pra chamar tinha chegado. Hal sorriu, levantou-se e ordenou que ela entrasse.

- Ora ora... - Sussurrou ao ver a mulher. - Pensei que encontraria resistência para trazê-la até aqui.

- E então? Não vai me dizer o que quer que eu faça pra destruir o casalzinho sem graça?

Hal sorriu e então apontou para uma cadeira sugerindo que a sua visita sentasse. Para ele, tudo iria ser muito interessante.

Assim que o sol raiou, Cheryl se mexe desconfortável. Toni, que não dormiu direito, despertou com o movimento da mulher na cama.

- Bom dia, meu bem. Algo te incomoda? - Perguntou ao ver Cheryl abrir os olhos.

- Meus dentes doem. - Sussurrou sentando-se. - Veja se há algo errado.

Cheryl abre a boca e então Toni vizualiza os dentes de Cheryl mudados. Era como se ela estivesse transformada.

- Seus dentes são de lobo. É como se você tivesse transformada, só que com os dentes menores. - Constatou assim que ela fechou a boca. - Eu vou chamar a Hope.

- Eu estou com medo, Toni. O que pode ser?

- Não sei. Vou mandar Ágata preparar algo pra você comer.

Toni trocou-se e então saiu do quarto. Cheryl aproveitou e foi tomar banho. Toni apareceu na sala encontrando seu pai e alguns lobos da alcatéia em uma reunião. Passou diretamente para a cozinha pedindo que Ágata preparasse um café reforçado para Cheryl. Pediu também a Bernadete que fosse chamar Hope, caso urgente. Ao voltar pra sala, Toni encontra Anne, Clifford e Selena.

- Vieram ver a Cheryl? - Perguntou encarando Clifford.

- Você que não foi. - Anne responde. - Onde Cheryl está?

- Seu humor não muda, é incrível. - Toni ironiza com um sorriso cínico nos lábios. - Cheryl está um pouco indisposta. Certas coisas andam acontecendo, querida cunhada. Verei se ela pode recebê-los.

- Não precisa, Toni. Bateremos na porta. - Clifford sobe a escada juntamente com o resto.

Toni bufa encarando seu pai e então sobe atrás dos convidados. Cheryl estava penteando os cabelos sentindo-se faminta. Ouve o batido na porta e a voz de Anne anunciando que era ela.

- Anne! - Exclama assim que abre a porta. - Selena! Pai!

Cheryl abraça cada um dos seus convidados totalmente emocionada pela visita. Pede para que todos sentem-se e assim iniciam uma conversa amigável. Toni se encosta na porta do quarto apenas para observar a expressão contente no rosto de Cheryl.

- Eu sabia que vocês não iriam ficar longe uma da outra por muito tempo. - Cheryl não esconde a felicidade ao saber que sua irmã e Selena estavam se entendendo.

- Mas você sabe que a Anne precisa casar com uma filha de outro líder, Cher. Não sei até quando esse namorico vai durar. - Clifford, totalmente inconformado com o assunto, alfineta assim que vê possibilidade.

Selena e Anne reviram os olhos demonstrando tédio com o comentário de Clifford. Elas estavam dispostas a viver um dia de cada vez e se caso resolvessem casar, não seria uma simples tradição que iria impedir isso.

- E como você está, filha? - Clifford muda de assunto.

- Estou melhorando. Acho que a Hope já deve estar chegando. Espero que minhas indisposições não seja nada com meu bebê.

- Que diria hein, Cher? - Selena se manifesta. - Pra quem queria ficar longe da loba pegadora, acabou engravidando dela rapidão.

Cheryl assume uma expressão de vergonha e então todos na sala riem. Inclusive Toni, que sempre achou a Selena uma linguaruda.

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora